Ultimamente, de forma
recorrente e cada vez mais frequente, tenho me lembrado dos meus velhos –
aqueles parentes próximos, tão marcantes na minha vida, mas que já se foram.
Sinto a presença deles
agora mais forte do que antes. Isto é reconfortante nesta minha atual fase
de ‘baixa’, de pouca esperança, poucas alegrias.
Obrigado, queridos. É
bom sentir que vocês estão por perto,
certamente solidários nesta hora.
Então, fico imaginando o
que vocês me aconselhariam fazer para me superar, ganhar aquele impulso
salvador que liberta. Entretanto, não recebo nenhum sinal, nenhuma
resposta satisfatória. Não posso dizer: “É
mesmo! Esse é o caminho!”.
Diante disso, peço a
vocês perguntarem às “autoridades” aí de
cima, qual seria a resposta. Tenho
certeza de que a minha superação será o
melhor, não só para mim, mas também para
todos os nossos que ainda estão por aqui.
Refletindo, percebi uma
falha básica no meu raciocínio. Estava
imaginando vocês como eram antes, quando estavam aqui, convivendo comigo. Mas,
na verdade, embora sejam os mesmos em
essência, estão atualmente numa outra
dimensão – evoluíram, estão num plano
superior.
Sua compreensão do universo é, certamente, maior do que era,
e do que é a minha hoje. Além disso,
estão onde o tempo é relativo, onde a
palavra “quando” não significa nada,
pois não há distinção entre o passado, o
presente e o futuro. Tudo é agora.
Portanto, ao contrário do
que disse antes, acredito que vocês
tenham capacidade, e saberão como me
orientar na escolha do melhor caminho, mesmo que eu não tenha consciência
disso, para que minha luz continue a
brilhar, para eu ser quem ainda posso e devo
ser.
Vamos que vamos.