Todo ser humano tem vários 'lados'.
Um lado é quem pensamos que somos; o outro,
é o que os outros pensam, e o
terceiro é quem somos de fato. Para os colegas de trabalho, do bar ou do clube,
para a família, para os amigos do passado, para os amigos do presente, somos pessoas
distintas.
Afinal, quem somos? Somos uma pessoa
com tantas faces como um cubo? Talvez. Entretanto não podemos esquecer que o
cubo, mesmo tendo tantas faces, é uma figura singular.
Podemos ser todos aqueles e mais, ao
mesmo tempo, dependendo das circunstâncias, das expectativas, interesses, e das nossas experiências que não param de se
acumular.
Portanto, é evidente que a rotulação das pessoas, que
estamos habituados a fazer, rápida e
intuitivamente, por uma questão de segurança,
de conforto, é, no mínimo, simplista.
Como evitar isso? Não estou certo se
devemos evitar porque trazemos em nossos genes ancestrais alarmes de
autodefesa, criados com base em experiências passadas, que não devem ser renegados.
São eles que nos alertam e ajudam a
prever e a evitar perigos potenciais, a
nos defender de situações, de pessoas, que possam nos colocar em risco ou aos
nossos.
Entretanto, é necessário se ter consciência que esse
alerta não é totalmente confiável. Para minimizar o erro, a injustiça, é recomendável deixar sempre um espaço reservado
para a dúvida. É bíblica a fala que diz que aquilo que precisamos ouvir pode vir a ser dito pela boca ou pessoa, a menos provável.