Pistoia, uma cidade italiana, a meia hora de trem de Florença, abrigou entre 1945 e 1960, os corpos de 465 soldados brasileiros mortos na II Guerra Mundial. Em 1960 seus restos foram trasladados para o monumento então inaugurado no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Hoje, no antigo cemitério de Pistoia, junto a uma bandeira do Brasil e uma pira eterna, ergue-se uma elegante peça de concreto, com formas que lembram uma tenda, ou, melhor ainda, um baldaquino. Desenhado pelo arquiteto modernista Olavo Redig de Campos, 1906-1984, o monumento lembra os brasileiros caídos em combate e serve de abrigo ao soldado desconhecido: um último pracinha, encontrado no campo de batalha de Montese depois do traslado dos demais e nunca identificado, repousa entre suas esguias colunas. Num local retirado, junto a uma estrada de pouco movimento e na vizinhança de plantações de oliveira, o Brasil assinala aqui uma presença silenciosa e honrosa. A participação do país na guerra vai desaparecen