As palavras
significam muito. Elas refletem o que sentimos - as nossas esperanças,
realizações, frustrações, contentamento, amor, ódio, paz, guerra... E, quando
escritas, deixam registrados todos esses sentimentos para serem liberados, e poderem influenciar os sentimentos, pensamentos e atitudes de outras pessoas. Pode ser no momento oportuno - quando ainda há a possibilidade de alteração da situação -, ou em uma outra época, quando então serão ouvidas / lidas sob uma perspectiva mais imparcial, histórica, mas com poder de transformação do futuro.
Um autor
quando escreve uma crônica, uma história, ele registra mais do que sentimentos.
Ele registra algo que nos fará chegar a um determinado ponto, conclusão. Registra
o início, o meio e o finalmente.
As palavras,
principalmente as escritas, são como pedras jogadas para compor o calçamento da
estrada pela qual já caminhamos no passado, estamos caminhando, ou vamos caminhar. É descrita
a partida, os meios utilizados para avançar, e como alcançamos um determinado
destino. As palavras têm sentido, e o
sentido é onde elas nos fazem chegar.
Muitas vezes o
autor da história não tem noção, não tem consciência, do que ele está compondo,
e da importância que suas palavras terão na vida dos seus ouvintes ou leitores. Mas sempre terá. Se todos – afinal todos somos autores e ouvintes
ou leitores - tivéssemos essa consciência, o comportamento geral seria mais
responsável, e o resultado final seria mais conveniente para todos.
As palavras, após terem sido faladas ou escritas, adquirem vida própria. Elas despertam sentimentos que podem
levar as pessoas a agir desta ou daquela maneira. Poderão alterar os rumos da
vida de algumas pessoas, de um povo, e até da humanidade. Tudo depende de como são colocadas, do que for dito,
de quem ouve ou lê, e do momento. Podemos
dizer que somos o que somos hoje, por conta das palavras ditas ou escritas, que pronunciamos/escrevemos, ou ouvimos/lemos.. Ou
seja, as palavras são muito importantes.
Como educadores, quando falamos ou esrevemos, devemos nos preocupar em preparar, principalmente os jovens, a pensarem, a
avaliar o meio e as circunstâncias em que vivem, e os incentivar a se
manifestarem – a favor ou contra do que considerarem certo ou errado,
para manter ou alterar determinada situação. Não é aceitável a passividade ou omissão, principalmente
em situações de crise, que poderão comprometer o futuro do próprio individuo, dos seus, e da sua comunidade. Isto é inaceitável, irresponsável.
"Falar ou
escrever é como fazer amor: você nunca terá como saber se está fazendo direito, nem como a outra parte está se sentindo Mas, não podemos
deixar de fazê-lo, sob pena de perder a razão, a oportunidade de viver o nosso momento."
Imagem: Paul Cocksedgep - Palavras escritas
(JA, Out17)