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Mostrando postagens de abril, 2014

Pessoas Especiais

Existem pessoas que tem um brilho próprio, parecem iluminadas.  Elas nos encantam sem pedir permissão.  Aonde entram,  mudam o ambiente, trazem uma nova energia positiva para o espaço, e todos sentem a diferença.  Aquela freirinha encantadora, que parece que nunca teve uma dor de dente ou qualquer outra contrariedade. Que, quando chega as crianças se aproximam alegres, e ela distribui ainda mais alegria. Aquele líder que carrega um aura de competência e tranquilidade, que quando se apresenta todos ficam tranquilos, com a certeza de que tudo vai dar certo.  Aquela monge budista que irá dar a palestra para cerca de 500 pessoas que já o aguardam. E, quando ele entra naquele auditório, todos ficam em silencio respeitoso e passam a sentir uma paz, uma completitude que raramente tiveram oportunidade de sentir. E isso só por ver, estar próximo, daquela figura humilde em sua grandeza. Quem são essas pessoas?  Por que são assim? Difícil dizer. Mas, sabemos que elas tem algo em co

Sonhos

Um sonho, um ideal,  dá força,e ajuda a lutar, a superar o que tiver que ser,   enfim, a vencer.   A falta dele, muito pelo contrário. Para concretizar qualquer sonho é necessário determinação,  planejamento e esforço. E, num determinado momento, mergulhar, arriscar, acreditando, tendo fé, que tudo dará certo. O sonhador é isso, é alguém que consegue passar para uma outra dimensão para atingir seus objetivos.  Diferencia-se assim da maioria das pessoas que se submetem a apenas caminhar, pisando no solo seguro das certezas racionais. Quanto maiores forem os sonhos, maior a ambição, maior a chance de frustração. Mais prudente é correr um risco calculado,  procurando  'voar'  a uma altura tal  que, em caso de queda, não se machuque muito, o que poderia comprometer o alcance do objetivo.  Um voo tranquilo, ‘de cruzeiro’,  permite que, em caso de queda, se possa recompor rapidamente, e continuar  a viagem. Se os sonhos tivessem forma, deveria ser a de uma escada - um son

Guerra

Individualmente, desde que nascemos começamos a disputar, a ter atitude para conquistar ‘nossos’ espaços: no berço, no seio da mãe, no meio familiar, na escola, entre os colegas, no emprego,...  É da nossa natureza. Enfim, desde sempre estivemos em estado de guerra com alguém, havendo ou não conflito. Repudiamos e consideramos nosso inimigo quem não reconhece os méritos que julgamos ter, quem não nos dá passagem no trânsito, aquele condômino ou síndico  que, nas reuniões de condomínio, não te escuta ou não respeita suas opiniões, o colega que te sabota  na empresa, o chefe que não reconhece efetivamente a sua importância, e por aí vai.  Entre se sentir prejudicado e ir à luta, há um espaço muito pequeno. Esse espaço, felizmente, quase nunca é ultrapassado, limitados que somos pela razão, pela consciência das consequências. Além disso, nem todos se sentem assim ao mesmo tempo - o estresse de um é anulado pela tolerância do outro, e assim vai. Pouco a pouco, com a experiência de

'O Homem que Matou o Facínora'

'O Homem que Matou o Facínora', foi a obra prima de John Ford. O enredo é baseado  num conto da escritora Dorothy M. Johnson. Filmado em preto e branco, em 1962, foi indicado para o Oscar de 1963 na categoria ‘Melhor Figurino’.   Elenco composto por John Wayne (Tom Doniphon), James Stewart ( Ransom Stoddard), Vera Miles (Hallie Stoddard) e Lee Marvin (Liberty Valance).  Tom é o maior fazendeiro local, típico vencedor do velho Oeste - habituado a violência e a natureza inóspita. Insensível, não hesita em eliminar os fracos. Ele tem intenção e atitude no sentido de conquistar a 'mocinha' da história (Hallie). Ramson, por seu lado, é um pacato cidadão, vindo do Leste, que, eventualmente,  enfrenta e 'vence', em duelo, o temido vilão e arruaceiro (Valance), que aterrorizava a típica vila do velho Oeste americano onde eles viviam. Ele, com a fama conquistada, casa-se com a Hallie, é eleito Senador, e vai para Washington. Anos mais tarde, ao ficar sabendo

Saber

Quando deixamos de esclarecer alguma lenda, algum Conto de Fadas, para uma criança, o fazemos para preservar a sua visão de um mundo encantado e infantil, no qual sempre há um final feliz, no qual o bem prevalece sobre  o mal. Será que estamos agindo corretamente?  No fundo, no fundo, estamos preocupados com elas ou conosco mesmo? Afinal, esse mundo não é o das crianças. É o mundo de sonho dos adultos. Para pensar. Para uma criança, Deus é o Papai Noel.  Ele é poderoso, é eterno – no sentido que sempre existiu e continuará a existir - e que a sua aparência não muda, independentemente do tempo passado. Faz coisas que nem podemos imaginar e mora em algum lugar que ninguém nunca viu ou conseguiu chegar, e seus ajudantes são seres ‘encantados’, extraordinários. Se ela, criança, for ‘boazinha’:  estudar, respeitar os mais velhos, não brigar com as coleguinhas, dormir e acordar na hora certa, obedecer pais, mães e professores, etc., será premiada, ganhará presentes. Está certo. A pi

Como o Tempo Passa

Para as pessoas muito jovens e para os mais idosos, as horas passam muito devagar. Entretanto, os anos passam voando. Essa percepção da passagem do tempo é mais sentida quando não se tem muito a fazer. Quando se está envolvido em alguma tarefa ou missão, parece que passa mais rápido. A explicação é que as atividades a que nos dedicamos nos distraem  acabamos por não ver o tempo passar.   Será que deveríamos ter menos atividade para aproveitar melhor o tempo da vida?  O tempo, certamente. Porém, a vida não. O aproveitar a vida está exatamente em fazer coisas: viagens, relações, construção de nossa história, aprender, ensinar, etc. Quanto mais fazemos, mais fácil fica fazermos, de forma que no final nem nos distraímos mais com os detalhes, antes tão trabalhosos e importantes. Com a experiência, aproveitamos mais os fatos novos que surgem quando estamos em ação, quando nos expomos, justamente porque podemos nos ater ao fundamental ao invés de perdermos tempo com o trivial.   

Riqueza

Um interessante exercício de matemática, realizado por minha filha quando cursava o ensino fundamental (hoje ela é uma feliz profissional de Jornalismo, atuando no RJ), plantou a semente deste texto. Seu então professor, certamente buscando desenvolver o raciocínio lógico e a relação de causa e efeito, propôs o seguinte trabalho: a partir de alguns parâmetros disponíveis (desde o custo da maternidade até a última mensalidade do colégio), calcule quanto cada um de vocês custou até hoje para sua família. Foi um alvoroço na classe. Eram muitos dados, muitos cálculos e uma verdadeira incredulidade ao final com os resultados: a grande maioria, incluindo Renata, ficou assombrada com o vulto do valor calculado. Uma exorbitância! Ao buscá-la no colégio, ouvi todo o detalhamento do exercício no caminho de casa, que terminou com a singela e definitiva sentença: “Pai, como você seria rico se não me tivesse!”. Na hora não pude deixar de rir muito com sua franqueza e conclusão. Não me re

Portas

Nosso mundo, muitas vezes, se parece com aqueles corredores de um prédio de escritório, cheio de portas fechadas, uma atrás da outra. O único diferencial aparente entre elas é o seu número, a sua identidade. Mas, cada porta daquelas é uma vida, guarda um mundo próprio de esperanças, de dificuldades, às vezes de dramas, tragédias e, às vezes de alegria, ou apenas de uma rotina cansativa, ... Basta entrar para perceber que nenhuma porta é a do paraíso ou a do inferno. Nada do que acontece ali é definitivo,  nada está morto – tudo está cheio de vida, com tudo o que isso representa. Por exemplo, atrás de uma delas é o escritório de um negócio que pertence a  um senhor que já está beirando aos setenta anos. Sua saúde, nesta fase de sua vida, está meio prejudicada; não se dá bem com o sócio já há mais de 20 anos;  tem dois filhos adultos que não se interessaram pelo negócio; e tem dois netos, ainda crianças, cuja responsabilidade pela criação ele assumiu. Atrás da outra, é a o es

Ser Humano Idealizado

Controlar os outros é força, controlar-se a si próprio é verdadeiro poder. Pelo que entendo, o mundo preconizado pela filosofia budista não prevê que seus seguidores se isolem, se afastem das coisas e das pessoas   que os incomodam.   As coisas e as pessoas boas, bem como   as ruins, fazem parte de algo que todos somos, e que não devemos ignorar ou renegar. Devemos fazer o que estiver ao nosso alcance para que tudo seja como julgamos que deva ser. Depois, aceitar tudo o que for, o que tiver que ser, como parte de nós, deixando-nos envolver pela sua energia. Se positiva, potencializá-la, reverberá-la para o maior número possível de pessoas. Se negativa, inspirá-la, assumir nossa responsabilidade pela sua existência, sofrer a mesma dor, a mesma   injustiça, de quem sofre, de quem é injustiçado, e expirar, liberando tudo o que ela representa,   deixando essa energia ruim ir embora, fluir como um rio de correnteza, que leva tudo o que encontra no seu caminho.. Só contribuindo