Ele trabalhava numa multinacional
alemã, na área de sistemas e métodos.
Eram vários analistas separados pela área de atividade em que
atuavam, mas muito próximos pelo interesse comum e pela convivência diária. Eram jovens
mas tinham acesso a todos os níveis da empresa e, normalmente, eram muito bem
recebidos, aceitos, pelo seu conhecimento e pela importância
do que faziam. Tinham as mesmas dificuldades, mais ou menos a mesma idade e
formação, almoçavam juntos quase todos os dias e, eventualmente, se
socializavam fora do horário do expediente.
Um deles era o Buckman. Um cara muito
comunicativo, alegre, sempre muito boa companhia. Entretanto - sempre tem um
entretanto -, embora casado, era muito mulherengo. Isso era de conhecimento
geral e este fato o ajudava no processo
de conquista – ter acesso a muitas mulheres significava para as demais que ele
tinha algo especial e, além disso, despertava o espírito competitivo muito
comum entre muitas mulheres disponíveis nessa parte. Era um ótimo marketing,
como ele próprio dizia. Dava aula numa
faculdade à noite, e se comentava que era para facilitar o contato, se
relacionar com as ‘menininhas’.
Num determinado dia, o grupo estava
almoçando numa mesma mesa, no restaurante da empresa. Passaram pelo eles duas
moças loiras, muito bonitas, novas no pedaço, dirigindo-se ao bufê. Depois ficaram sabendo que eram duas irmãs,
recém chegadas da Suécia. Alguém perguntou, apontando as garotas:
¾
Então
Buckman, já chegou aí? Ele respondeu:
¾
Já. Todos
zoaram, não acreditando. Ele disse:
¾
E
com as duas.” A zoada foi maior ainda.
¾
E juntas!’
¾
Ah! Não! Você está brincando?! Ninguém
acreditava...
¾
Vocês
são muito tontos. Vejam, quando tenho oportunidade, que aliás as crio, faço normalmente
dez tentativas com diferentes garotas. Me dou bem em duas. Ou seja, 20%. E
vocês? Vocês fazem duas tentativas em média, esporadicamente. Mantidas a
proporção, vocês não conseguem, não ficam com nenhuma. Certo? Então ...
Todos tiveram que concordar com a sua
lógica e, daí em diante, todos passaram a respeitá-lo mais. Sua teoria ficou
sendo conhecida como a ‘Lei de Buckman’.
Por que ele se lembrou disso
agora, tantos anos depois? O que lhe ocorre é que agora está
tendo uma dificuldade fundamental para deslanchar a sua vida profissional. Está
tendo dificuldade para conquistar clientes, convencer as pessoas das suas
ideias, enfim para vender o seu ‘peixe’.
Será que ele está agindo como um
tonto, será que não está aplicando a Lei de Buckman: fazendo marketing pessoal, frequentando
ambientes onde estão os clientes em potencial, aumentando a quantidade de
contatos? Certamente não está. Então? Então vamos mudar, vamos aplicar a Lei, vamos
conquistar.
Algumas lembranças especialmente
boas, são como um tesouro, que guardamos
com muito carinho dentro do nosso peito. Nada consegue apagá-las. Recorremos a elas de vez em quando. Mas,
principalmente, quando elas querem nos dizer algo no presente.