No Natal, em Jerusalém, não se celebra apenas a fé cristã. Judeus e muçulmanos também atribuem a essa região um forte caráter religioso –que é, inclusive, motivo de alguns dos conflitos mais sérios que temos nos nossos tempos (reforçados recentemente com a iniciativa controversa do atual presidente americano em reconhecer Jerusalém como capital de Israel). Nada dessa tensão, no entanto, podia ser percebida ali, no último dia 24,, quando a maior ameaça parecia ser a chuva. Jerusalém em si parecia tranquila, senão um pouco agitada, com seu comércio todo aberto na véspera de Natal. Alguns cartazes pela cidade agradeciam a iniciativa do governo americano (‘God bless Trump, from Jerusalem DC’, ou ‘Deus abençoe Trump’, com o ‘DC’ fazendo referência direta à capital americana, Washington DC). De resto, a atmosfera era de pura comunhão. Na cidade antiga, uma garoa, no final da tarde, deixava escorregadias as velhas pedras –com marcas de bigas dos tempos romanos. A luz do dia qu