Num desses últimos domingos ele teve
oportunidade de compartilhar alguns momentos na vida de uma família, na casa de
um casal amigo. Lá estavam alguns parentes desse casal: irmãos, cunhados, filhos, sobrinhos,
encontrando-se, interagindo, descontraídos, num estado de ‘não cobrança’, ‘à
vontade’, ‘em casa’, pondo a conversa em
dia.
Ele se lembrou com saudade outras ocasiões
como essa que viveu com membros da própria família. Já fazia muito tempo que nem se lembrava mais
de quando foi a última vez. Por que
tudo acabou? A verdade é que alguns dos seus
parentes mais próximos se afastaram compulsoriamente. Mas, certamente, esta não é a única causa. Outros,
como irmãos, demais primos e sobrinhos, estão vivos... Por que não deram
continuidade ao costume? Os almoços de
domingo...
É claro que cada qual tem seus
afazeres, suas responsabilidades, seus problemas, e o tempo disponível para
fazer tudo que tem que ser feito é curto,....
Será que é só isso? Crê que não. Deve
haver mais algumas outras explicações: relacionamentos prejudicados, situação financeira,
doenças, enfim tantas coisas ... Entretanto,
isso vale para todos. Por que isto não impede que alguns ainda tenham essa vida
em família?
Foi com isto na cabeça que ele saiu
daquela casa naquele dia e, até hoje, não achou uma explicação definitiva.
Porém, desenvolveu uma hipótese que fez
questão de registrar e compartilhar com os amigos que lhe proporcionaram
aqueles momentos, quando foi levado de volta a momentos felizes do próprio
passado, que hoje não existem mais. Seu objetivo foi, além de agradecer a
oportunidade de se sentir parte de algo especial, fazer com que aquela família
se conscientizasse do porque se sentiam tão bem juntos, para que preservassem
isso, evitando que situações aleatórias pudessem prejudicar essa relação tão
especial.
“As famílias que permanecem unidas
têm algo em comum: seus membros se estimam, se aceitam, querem e promovem o bem
uns aos outros, enfim, se amam, independentemente das divergências e da
reciprocidade.
E, é nesse dando, sem a preocupação
de receber, que as pessoas passam para o que chamo de ‘estado do bem’, ficam mais felizes. Este estado
gera uma energia positiva que é captada, principalmente pelos mais próximos,
aumentando ainda mais o prazer de se estar junto, o prazer da vida em família.”