Há algumas horas, passei
por uma das mais movimentadas avenidas do bairro - a Giovanni Gronchi -, indo
no sentido da Av. Morumbi. Passei ao lado do palácio do governo do Estado de
SP, e parei, aguardando a abertura do semáforo.
Ocupando uma das ruas
laterais da Praça Vinicius de Moraes - a
que dá para o palácio, vi um aglomerado de gente. À primeira vista era composto
apenas por homens, entre 30 a 40 anos.
Temperatura agradável, sol
de fim de tarde, o pessoal animado conversando alto, alguns soltando rojões,
rindo. Vários veículos estacionados nessa rua - caminhões, ônibus, vans. Ao
lado, meio que assim, uma viatura da Policia Militar, com uns policiais aparentando
indiferença, dando plantão.
Os 'manifestantes'
estavam protestando contra o atual Governador se São Paulo Geraldo Alckmin, reivindicando
aumento salarial - deu para ver um grande cartaz onde ele aparecia com o nariz
do Pinóquio.
Vi aquilo e o que me
ocorreu, não foi um sentimento emocionado por
estar presenciando um momento glorioso, quando cidadãos comuns,
indignados, sentindo-se prejudicados saem espontaneamente do seu dia a dia e, com
muita coragem, a custa de sacrifício, vêm
reivindicar democraticamente seus direitos naturais como cidadãos. Pelo
contrário - senti-me incomodado, e me
ocorreram as seguintes perguntas:
¾
Todo
esse pessoal não trabalha?
¾
Quem
será que está por trás desse movimento.
¾
Quem
está financiando tudo isso?
¾
Qual o interesse?
Então, o semáforo abriu,
e eu segui meu caminho.