Controlar os outros é força, controlar-se a si próprio é
verdadeiro poder.
Pelo que entendo, o mundo preconizado pela filosofia
budista não prevê que seus seguidores se isolem, se afastem das coisas e das
pessoas que os incomodam.
As coisas e as pessoas boas, bem como as ruins, fazem parte de algo que todos
somos, e que não devemos ignorar ou renegar.
Devemos fazer o que estiver ao nosso alcance para que
tudo seja como julgamos que deva ser. Depois, aceitar tudo o que for, o que
tiver que ser, como parte de nós, deixando-nos envolver pela sua energia.
Se positiva, potencializá-la, reverberá-la para o maior
número possível de pessoas. Se negativa, inspirá-la, assumir nossa
responsabilidade pela sua existência, sofrer a mesma dor, a mesma injustiça, de quem sofre, de quem é
injustiçado, e expirar, liberando tudo o que ela representa, deixando essa energia ruim ir embora, fluir
como um rio de correnteza, que leva tudo o que encontra no seu caminho..
Só contribuindo para a geração da paz podemos ficar em
paz.
Assim, cumprindo nosso destino, na corrente espiritual
do bem, seremos levados para uma outra dimensão, para um mundo melhor, além
daquilo que podemos perceber, criado, principalmente, por aqueles que agem
desta forma.
Lá, todos se
reunirão no finalmente para celebrar a realização do ser humano idealizado, do
encontro com o divino que existe dentro de cada um de nós.