O presidente Jair Bolsonaro foi o
primeiro a líder a discursar na 74ª Assembleia Geral da ONU,
em Nova York, nesta terça (24). Por tradição, um
representante do Brasil tem sempre a fala inaugural
Senhor Presidente da
Assembleia Geral, Tijjani Muhammad-Bande, Senhor Secretário-Geral da ONU, António
Guterres, Chefes de Estado, de Governo e de Delegação, Senhoras e Senhores,
Apresento aos senhores um
novo Brasil, que ressurge depois de estar à beira do socialismo.
Um Brasil que está sendo
reconstruído a partir dos anseios e dos ideais de seu povo.
No meu governo, o Brasil vem
trabalhando para reconquistar a confiança do mundo, diminuindo o desemprego, a
violência e o risco para os negócios, por meio da desburocratização, da
desregulamentação e, em especial, pelo exemplo.
Meu país esteve muito próximo
do socialismo, o que nos colocou numa situação de corrupção generalizada, grave
recessão econômica, altas taxas de criminalidade e de ataques ininterruptos aos
valores familiares e religiosos que formam nossas tradições.
Em 2013, um acordo
entre o governo petista e a ditadura cubana trouxe ao Brasil 10 mil médicos
sem nenhuma comprovação profissional. Foram impedidos de trazer cônjuges e
filhos, tiveram 75% de seus salários confiscados pelo regime e foram
impedidos de usufruir de direitos fundamentais, como o de ir e vir.
Um verdadeiro trabalho
escravo, acreditem...
Respaldado por entidades de
direitos humanos do Brasil e da ONU!
Antes mesmo de eu assumir o
governo, quase 90% deles deixaram o Brasil, por ação unilateral do
regime cubano. Os que decidiram ficar, se submeterão à qualificação médica para
exercer sua profissão.
Deste modo, nosso país deixou
de contribuir com a ditadura cubana, não mais enviando para Havana 300 milhões de
dólares todos os anos.
A história nos mostra que, já
nos anos 60, agentes cubanos foram enviados a diversos países para colaborar com a
implementação de ditaduras.
Há poucas décadas tentaram
mudar o regime brasileiro e de outros países da América Latina.
Foram derrotados!
Civis e militares brasileiros
foram mortos e outros tantos tiveram suas reputações destruídas, mas vencemos
aquela guerra e resguardamos nossa liberdade.
Na Venezuela, esses agentes
do regime cubano, levados por Hugo Chávez, também chegaram e hoje são
aproximadamente 60 mil, que controlam e interferem em todas as áreas da
sociedade local, principalmente na Inteligência e na Defesa.
A Venezuela, outrora um país
pujante e democrático, hoje experimenta a crueldade do socialismo.
O socialismo está dando certo
na Venezuela!
Todos estão pobres e sem
liberdade!
O Brasil também sente os
impactos da ditadura venezuelana. Dos mais de 4 milhões que fugiram do país,
uma parte migrou para o Brasil, fugindo da fome e da violência. Temos feito a
nossa parte para ajudá-los, através da Operação Acolhida, realizada pelo
Exército Brasileiro e elogiada mundialmente.
Trabalhamos com outros
países, entre eles os EUA, para que a democracia seja restabelecida na
Venezuela, mas também nos empenhamos duramente para que outros países da
América do Sul não experimentem esse nefasto regime.
O Foro de São Paulo,
organização criminosa criada em 1990 por Fidel Castro, Lula e Hugo Chávez para difundir e
implementar o socialismo na América Latina, ainda continua vivo e tem que ser
combatido.
Senhoras e Senhores,
Em busca de prosperidade,
estamos adotando políticas que nos aproximem de países outros que se
desenvolveram e consolidaram suas democracias.
Não pode haver liberdade
política sem que haja também liberdade econômica. E vice-versa. O livre
mercado, as concessões e as privatizações já se fazem presentes hoje no Brasil.
A economia está reagindo, ao
romper os vícios e amarras de quase duas décadas de irresponsabilidade fiscal,
aparelhamento do Estado e corrupção generalizada. A abertura, a gestão
competente e os ganhos de produtividade são objetivos imediatos do nosso
governo.
Estamos abrindo a economia e
nos integrando às cadeias globais de valor. Em apenas oito meses, concluímos os
dois maiores acordos comerciais da história do país, aqueles firmados entre o
Mercosul e a União Europeia e entre o Mercosul e a Área Europeia de Livre
Comércio, o EFTA. Pretendemos seguir adiante com vários outros acordos
nos próximos meses.
Estamos prontos também para
iniciar nosso processo de adesão à Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE). Já estamos adiantados, adotando as práticas mundiais
mais elevadas em todo os terrenos, desde a regulação financeira até a proteção
ambiental.
Senhorita YSANY KALAPALO,
agora vamos falar de Amazônia.
Em primeiro lugar, meu
governo tem um compromisso solene com a preservação do meio ambiente e do
desenvolvimento sustentável em benefício do Brasil e do mundo. O Brasil é um
dos países mais ricos em biodiversidade e riquezas minerais.
Nossa Amazônia é maior que
toda a Europa Ocidental, e permanece praticamente intocada. Prova de que somos
um dos países que mais protegem o meio ambiente.
Nesta época do ano, o clima
seco e os ventos favorecem queimadas espontâneas e criminosas. Vale ressaltar
que existem também queimadas praticadas por índios e populações locais, como
parte de sua respectiva cultura e forma de sobrevivência.
Problemas qualquer país os
tem. Contudo, os ataques sensacionalistas que sofremos por grande parte da
mídia internacional devido aos focos de incêndio na Amazônia, despertaram nosso
sentimento patriótico.
É uma falácia dizer que a
Amazônia é patrimônio da humanidade, e um equívoco, como atestam os cientistas,
afirmar que a nossa floresta é o pulmão do mundo.
Valendo-se dessas falácias,
um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da mídia e se portou
de forma desrespeitosa, com espírito colonialista.
Questionaram aquilo que nos é
mais sagrado: a nossa soberania!
Um deles por ocasião do
encontro do G7 ousou sugerir aplicar sanções ao Brasil, sem sequer
nos ouvir. Agradeço àqueles que não aceitaram levar adiante essa absurda
proposta.
Em especial, ao Presidente
Donald Trump, que bem sintetizou o espírito que deve reinar entre os países da ONU: respeito à
liberdade e à soberania de cada um de nós.
Hoje, 14% do
território brasileiro está demarcado como terra indígena, mas é preciso
entender que nossos nativos são seres humanos, exatamente como qualquer um de
nós.
Eles querem e merecem usufruir dos mesmos direitos de que todos nós.
Quero deixar claro: o Brasil
não vai aumentar para 20% sua área já demarcada como terra indígena, como
alguns chefes de Estados gostariam que acontecesse.
Existem, no Brasil, 225 povos
indígenas, além de referências de 70 tribos vivendo em locais isolados. Cada povo ou tribo
com seu cacique, sua cultura, suas tradições, seus costumes e principalmente
sua forma de ver o mundo.
A visão de um líder indígena
não representa a de todos os índios brasileiros. Muitas vezes alguns desses
líderes, como o Cacique Raoni, são usados como peça de manobra por governos
estrangeiros, na sua guerra informacional para avançar seus interesses na
Amazônia.
Infelizmente, algumas
pessoas, de dentro e de fora do Brasil, apoiadas em ONGs, teimam em
tratar e manter nossos índios como verdadeiros homens das cavernas.
O Brasil agora tem um
presidente que se preocupa com aqueles que lá estavam antes da chegada dos
portugueses. O índio não quer ser latifundiário pobre, em cima de terras ricas.
Especialmente das terras mais ricas do mundo. É o caso das reservas Ianomâmi e
Raposa Serra do Sol. Nessas reservas, existe grande abundância de ouro,
diamante, urânio, nióbio e terras raras, entre outros.
E esses territórios são
enormes. A reserva Ianomâmi, sozinha, conta com aproximadamente 95 mil km², o
equivalente ao tamanho de Portugal ou da Hungria, embora apenas 15 mil índios
vivam nessa área.
Isso demonstra que os que nos
atacam não estão preocupados com o ser humano índio, mas sim com as riquezas
minerais e a biodiversidade existentes nessas áreas.
CARTA
A Organização das Nações
Unidas teve papel fundamental na superação do colonialismo e não pode aceitar
que essa mentalidade regresse a estas salas e corredores, sob qualquer
pretexto.
Não podemos esquecer que o
mundo necessita ser alimentado. A França e a Alemanha, por exemplo, usam mais
de 50%
de seus territórios para a agricultura, já o Brasil usa apenas 8% de terras
para a produção de alimentos.
61% do nosso território é preservado!
Nossa política é de
tolerância zero para com a criminalidade, aí incluídos os crimes ambientais.
Quero reafirmar minha posição
de que qualquer iniciativa de ajuda ou apoio à preservação da Floresta
Amazônica, ou de outros biomas, deve ser tratada em pleno respeito à soberania
brasileira.
Também rechaçamos as tentativas
de instrumentalizar a questão ambiental ou a política indigenista, em prol de
interesses políticos e econômicos externos, em especial os disfarçados de boas
intenções.
Estamos prontos para, em
parcerias, e agregando valor, aproveitar de forma sustentável todo nosso
potencial.
O Brasil reafirma seu
compromisso intransigente com os mais altos padrões de direitos humanos, com a
defesa da democracia e da liberdade, de expressão, religiosa e de imprensa. É
um compromisso que caminha junto com o combate à corrupção e à criminalidade,
demandas urgentes da sociedade brasileira.
Seguiremos contribuindo,
dentro e fora das Nações Unidas, para a construção de um mundo onde não haja
impunidade, esconderijo ou abrigo para criminosos e corruptos.
Em meu governo, o terrorista
italiano Cesare Battisti fugiu do Brasil, foi preso na Bolívia e extraditado
para a Itália. Outros três terroristas paraguaios e um chileno, que viviam no
Brasil como refugiados políticos, também foram devolvidos a seus países.
Terroristas sob o disfarce de
perseguidos políticos não mais encontrarão refúgio no Brasil.
Há pouco, presidentes
socialistas que me antecederam desviaram centenas de bilhões de dólares
comprando parte da mídia e do parlamento, tudo por um projeto de poder
absoluto.
Foram julgados e punidos
graças ao patriotismo, perseverança e coragem de um juiz que é símbolo no meu
país, o Dr. Sérgio Moro, nosso atual Ministro da Justiça e Segurança Pública.
Esses presidentes também
transferiram boa parte desses recursos para outros países, com a finalidade de
promover e implementar projetos semelhantes em toda a região. Essa fonte de
recursos secou.
Esses mesmos governantes
vinham aqui todos os anos e faziam descompromissados discursos com temas que
nunca atenderam aos reais interesses do Brasil, nem contribuíram para a
estabilidade mundial. Mesmo assim, eram aplaudidos.
Em meu país, tínhamos que
fazer algo a respeito dos quase 70 mil homicídios e dos incontáveis crimes violentos
que, anualmente, massacravam a população brasileira. A vida é o mais básico dos
direitos humanos. Nossos policiais militares eram o alvo preferencial do crime.
Só em 2017, cerca de 400 policiais militares foram cruelmente assassinados.
Isso está mudando.
Medidas foram tomadas e
conseguimos reduzir em mais de 20% o número de homicídios nos seis primeiros meses de
meu governo.
As apreensões de cocaína e
outras drogas atingiram níveis recorde.
Hoje o Brasil está mais
seguro e ainda mais hospitaleiro. Acabamos de estender a isenção de vistos para
países como Estados Unidos, Japão, Austrália e Canadá, e estamos estudando
adotar medidas similares para China e Índia, dentre outros.
Com mais segurança e com
essas facilidades, queremos que todos possam conhecer o Brasil, e em especial,
a nossa Amazônia, com toda sua vastidão e beleza natural.
Ela não está sendo devastada
e nem consumida pelo fogo, como diz mentirosamente a mídia. Cada um de vocês
pode comprovar o que estou falando agora.
Não deixem de conhecer o
Brasil, ele é muito diferente daquele estampado em muitos jornais e televisões!
A perseguição religiosa é um
flagelo que devemos combater incansavelmente.
Nos últimos anos,
testemunhamos, em diferentes regiões, ataques covardes que vitimaram fiéis
congregados em igrejas, sinagogas e mesquitas.
O Brasil condena, energicamente,
todos esses atos e está pronto a colaborar, com outros países, para a proteção
daqueles que se veem oprimidos por causa de sua fé.
Preocupam o povo brasileiro,
em particular, a crescente perseguição, a discriminação e a violência contra
missionários e minorias religiosas, em diferentes regiões do mundo.
Por isso, apoiamos a criação
do 'Dia Internacional em Memória das Vítimas de Atos de Violência baseados em
Religião ou Crença'.
Nessa data, recordaremos
anualmente aqueles que sofrem as consequências nefastas da perseguição
religiosa.
É inadmissível que, em pleno
Século XXI, com tantos instrumentos, tratados e organismos com a finalidade de
resguardar direitos de todo tipo e de toda sorte, ainda haja milhões de
cristãos e pessoas de outras religiões que perdem sua vida ou sua liberdade em
razão de sua fé.
A devoção do Brasil à causa
da paz se comprova pelo sólido histórico de contribuições para as missões da ONU.
Há 70 anos, o
Brasil tem dado contribuição efetiva para as operações de manutenção da paz das
Nações Unidas.
Apoiamos todos os esforços
para que essas missões se tornem mais efetivas e tragam benefícios reais e
concretos para os países que as recebem.
Nas circunstâncias mais
variadas – no Haiti, no Líbano, na República Democrática do Congo –, os
contingentes brasileiros são reconhecidos pela qualidade de seu trabalho e pelo
respeito à população, aos direitos humanos e aos princípios que norteiam as
operações de manutenção de paz.
Reafirmo nossa disposição de
manter contribuição concreta às missões da ONU, inclusive no que diz respeito ao treinamento e à
capacitação de tropas, área em que temos reconhecida experiência.
Ao longo deste ano,
estabelecemos uma ampla agenda internacional com intuito de resgatar o papel do
Brasil no cenário mundial e retomar as relações com importantes parceiros.
Em janeiro, estivemos em
Davos, onde apresentamos nosso ambicioso programa de reformas para investidores
de todo o mundo.
Em março, visitamos
Washington onde lançamos uma parceria abrangente e ousada com o governo dos
Estados Unidos em todas as áreas, com destaque para a coordenação política e
para a cooperação econômica e militar.
Ainda em março, estivemos no
Chile, onde foi lançado o PROSUL, importante iniciativa para garantir que a América do
Sul se consolide como um espaço de democracia e de liberdade.
Na sequência, visitamos
Israel, onde identificamos inúmeras oportunidades de cooperação em especial na
área de tecnologia e segurança. Agradeço a Israel o apoio no combate aos
recentes desastres ocorridos em meu país.
Visitamos também um de nossos
grandes parceiros no Cone Sul, a Argentina. Com o Presidente Mauricio Macri e
nossos sócios do Uruguai e do Paraguai, afastamos do Mercosul a ideologia, e
conquistamos importantes vitórias comerciais, ao concluir negociações que já se
arrastavam por décadas.
Ainda este ano, visitaremos
importantes parceiros asiáticos, tanto no Extremo Oriente quanto no Oriente
Médio. Essas visitas reforçarão a amizade e o aprofundamento das relações com
Japão, China, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar.
Pretendemos
seguir o mesmo caminho com todo o mundo árabe e a Ásia.
Também estamos ansiosos para
visitar nossos parceiros, e amigos, na África, na Oceania e na Europa.
Como os senhores podem ver, o
Brasil é um país aberto ao mundo, em busca de parcerias com todos os que tenham
interesse de trabalhar pela prosperidade, pela paz e pela liberdade.
Senhoras e Senhores,
O Brasil que represento é um
país que está se reerguendo, revigorando parcerias e reconquistando sua
confiança política e economicamente.
Estamos preparados para
assumir as responsabilidades que nos cabem no sistema internacional.
Durante as últimas décadas,
nos deixamos seduzir, sem perceber, por sistemas ideológicos de pensamento que
não buscavam a verdade, mas o poder absoluto.
A ideologia se instalou no
terreno da cultura, da educação e da mídia, dominando meios de comunicação,
universidades e escolas.
A ideologia invadiu nossos
lares para investir contra a célula mater de qualquer sociedade saudável, a
família.
Tentam ainda destruir a
inocência de nossas crianças, pervertendo até mesmo sua identidade mais básica
e elementar, a biológica.
O politicamente correto
passou a dominar o debate público para expulsar a racionalidade e substituí-la
pela manipulação, pela repetição de clichês e pelas palavras de ordem.
A ideologia invadiu a própria
alma humana para dela expulsar Deus e a dignidade com que Ele nos revestiu.
E, com esses métodos, essa
ideologia sempre deixou um rastro de morte, ignorância e miséria por onde
passou.
Sou prova viva disso. Fui
covardemente esfaqueado por um militante de esquerda, e só sobrevivi por um
milagre de Deus. Mais uma vez agradeço a Deus pela minha vida.
A ONU pode ajudar
a derrotar o ambiente materialista e ideológico que compromete alguns
princípios básicos da dignidade humana. Essa organização foi criada para
promover a paz entre nações soberanas e o progresso social com liberdade,
conforme o preâmbulo de sua Carta.
Nas questões do clima, da
democracia, dos direitos humanos, da igualdade de direitos e deveres entre
homens e mulheres, e em tantas outras, tudo o que precisamos é isto: contemplar
a verdade, seguindo João 8,32:
‘E conhecereis a verdade, e a verdade
vos libertará’
Todos os nossos instrumentos,
nacionais e internacionais, devem estar direcionados, em última instância, para
esse objetivo.
Não estamos aqui para apagar
nacionalidades e soberanias em nome de um ‘interesse global’ abstrato.
Esta não é a Organização do
Interesse Global!
É a Organização das Nações
Unidas. Assim deve permanecer!
Com humildade e confiante no
poder libertador da verdade, estejam certos de que poderão contar com este novo
Brasil que aqui apresento aos senhores e senhoras.
Agradeço a todos pela graça e
glória de Deus!
Meu muito obrigado.
Discurso de Bolsonaro na ONU - Avaliação
Com um discurso autocentrado
e coerente com sua fase de radicalização, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não
aproveitou a oportunidade para se apresentar como um líder racional e
conciliador na Assembleia Geral da ONU. Ele jogou para a plateia, e dobrou
aposta contra seus críticos.
A maior parte do que falou,
ideologias à parte, vem ao encontro do que racionalmente pensamos. Entretanto,
considerando o momento, seu público, e os interesses prioritários do Brasil,
foi totalmente equivocado.
Ele não teve a percepção do
alcance possível da influência internacional, e das prioridades de política
externa, dos diferentes governos ali representados.
Foi defensivo e belicoso. Não
mencionou os problemas mundiais prementes, e qual seria a sugestão brasileira
para encaminhá-los, do modo mais favorável aos múltiplos interesses nacionais, e,
tampouco, o papel que poderíamos desempenhar nesse processo.
(JA, Set19)
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