As lembranças da Guerra do
Paraguai estão espalhadas pelas cidades brasileiras.
A Guerra do Paraguai foi o
maior conflito bélico que envolveu o Brasil em sua história. Foi também a maior
guerra já havida na América do Sul e resultou em mais de 70 mil mortos. Entre
1864 e 1870 a jovem nação se mobilizou para a luta e em muitos momentos o
patriotismo tomou conta.
Os Voluntários da Pátria
foram criados por D. Pedro II, em janeiro de 1865, para reforçar com
voluntários o pequeno exército brasileiro, insuficiente para fazer frente a uma
guerra. Em todas as províncias do império os cidadãos atenderam ao pedido do
Imperador e formaram batalhões que lutaram no Paraguai. É em homenagem a eles
que muitos municípios do Brasil possuem uma rua ou avenida chamada Voluntários
da Pátria. Como é o caso de São Paulo que tem uma rua com esse nome no bairro
de Santana.
Mas esta não é a única rua da
cidade de São Paulo que lembra a Guerra do Paraguai. Bem no centro fica a Rua
24 de Maio, que rememora a data do mais sangrento episódio dessa guerra, a
Batalha de Tuiuti ocorrida em 24 de maio de 1866. No centro fica também a Rua
Riachuelo, nome do local onde se deu a mais importante batalha naval da guerra,
sendo as forças brasileiras comandadas pelo Almirante Tamandaré, uma rua no
bairro da Liberdade. A batalha ocorreu em 11 de junho de 1865, e a data dá nome
a uma rua da Vila Mariana. Na Bela Vista fica a Rua Humaitá, outra batalha.
O comandante do exército
também está presente no mapa das ruas paulistanas. Próximo a Sala São Paulo
fica o Largo General Osório. Em 1866 ele foi substituído pelo Duque de Caxias,
que além de uma avenida central, ganhou também um monumento equestre que é a
maior estátua de bronze da cidade, com 48 metros de altura. Antes de o
monumento ser inaugurado, o governador Adhemar de Barros promoveu um almoço
para 50 pessoas que foi servido na barriga do cavalo, no Liceu de Artes e
Ofícios, onde a estátua foi fundida.
Hoje a guerra do Paraguai é
pouco lembrada, mas as ruas das cidades brasileiras guardam um pouco da sua história.
Fonte: culturasp
(JA, Set19)