"Por mais
que o presidente Michel Temer não tenha conquistado altos índices de
popularidade, uma coisa todos devem concordar: nenhum presidente da história do
país sofreu ataques tão implacáveis de origens tão distintas e conseguiu se
manter de pé como ele. Temer foi alvo de ações ferozes, sorrateiramente
planejadas por setores do judiciário (inclusive STF), PGR, Artistas,
Intelectuais, Esquerda em geral e de quase toda a imprensa brasileira, blogs, e
redes sociais.
RESISTIU A
TODOS até agora e sempre com certa elegância, como é do seu estilo educado.
Neste caso, o
mérito por ter resistido a forças tão devastadoras é todo de Temer e de mais
ninguém.
Os empregados
da Globo ficaram esbaforidos de tanto pedirem a renúncia do presidente e, nada.
Nem a Globo, nem
os artistas, nem Janot, nem Fachin, nem os partidos de esquerda, todos os
movimentos sociais e sindicais do Brasil conseguiram convencer a população a ir
para as ruas pedir a renúncia de Temer.
Por outro
lado, diante de uma tempestade de ataques tão vigorosos vindo de todas as
direções, Temer ainda conseguiu manter sua base política coesa, a ponto de até
o PSDB, um partideco tão sem moral quanto o PT, ter pensado duas vezes antes de
desembarcar de seu governo.
A pergunta que
fica é a seguinte: de onde vem a força do mordomo?
A resposta é
simples. - Afinal, os brasileiros viveram quase 14 anos como reféns de uma
organização criminosa que tinha planos de se perpetuar no poder-
Temer foi o
cara que puxou o tapete dessa gente.
O inexpressivo
e tímido MORDOMO, chamado de fraco por Dilma e Lula, deu uma lição aos petistas
e se revelou o Senhor do Congresso.
Corrupto ou
não, Temer foi pragmático e teve muita coragem de enfrentar uma organização
criminosa como o PT.
Logo que
assumiu o poder, Temer lavou a alma dos brasileiros e mexeu com interesses
poderosíssimos. Demitiu mais de 20 mil petistas que viviam pendurados na
máquina pública.
Acabou com a
mamata dos artistas petistas que viviam das verbas da Lei Rouanet, cortou
verbas públicas para jornalistas de aluguel, sites petistas e todos os blogs
sujos da esgotosfera.
Não aliviou
Lula dos objetos que ele roubou dos Palácios do Planalto e Alvorada, cortou os
80 motoristas de Dilma, acabou com a farra das grandes empresas no BNDES,
magoou bancos reduzindo juros, rompeu contratos com empresas amigas do PT e
propôs quebrar as pernas de mais de 13 mil sindicatos do Brasil através da
extinção da contribuição sindical obrigatória.
Como se não
bastasse, Temer conseguiu tirar o Brasil da pior recessão em mais de cem anos,
reduziu a inflação, conteve a escalada do dólar, reduziu Juros e o país já
estava começando a gerar empregos com carteira assinada, por três meses
consecutivos. Até que veio a tentativa de golpe.
Fiando-se nos
baixos índices de popularidade de Temer, a Globo e o PT acharam que o
derrubariam com um espirro. Juntaram-se aos bandidos da JBS e armaram um
conluio com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot e o ministro do
Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin. Janot até encarregou seu braço direito
na PGR para orientar Joesley Batista, que conseguiu um belíssimo acordo de
delação premiada. Os golpistas devem ter aberto até champanhe na véspera do dia
17 de maio, para comemorar a derrubada de Temer e os lucros que teriam
especulando no mercado financeiro.
Mas as coisas
não saíram como planejado. O MORDOMO se empertigou todo e resistiu ao golpe.
Temer não apenas não renunciou, como deu início a uma das mais implacáveis
ondas de retaliação contra o grupo JBS do criminoso confesso Joesley Batista.
Em uma sequência
devastadora de ataques, Temer encerrou uma linha de crédito de R$ 9 bilhões que
a J&F tinha na Caixa Econômica, cancelou um contrato de fornecimento de gás
da Petrobras para uma termelétrica do Grupo e elevou o teto das multas da
Comissão de Valores Mobiliários de R$ 500 mil para R$ 500 milhões. A JBS é alvo
de nada menos que nove inquéritos na CVM.
Temer
literalmente quebrou as pernas de Joesley Batista.
Inconformados
com o fracasso do golpe, Janot, a Globo e a JBS se levantaram, sacudiram a
poeira e voltaram para a segunda onda de ataques contra Temer.
O MORDOMO não
se intimidou e prosseguiu retaliando seus detratores de forma impiedosa.
Ao ser
denunciado por Janot esta semana, Temer demonstrou que não está disposto a
ceder a pressões e partiu para cima do procurador.
Temer chutou o
pau da barraca e expôs Janot de forma cruel, ao insinuar que ele recebeu
dinheiro por meio do ex-procurador Marcelo Miller, que deixou o Ministério
Público Federal para atuar em um escritório de advocacia que negociou o acordo
de leniência da JBS:
‘Talvez os
milhões de honorários recebidos não fossem apenas ao assessor de confiança
[Miller], mas eu tenho responsabilidade e não farei ilações. Tenho a mais
absoluta convicção de que não posso denunciar sem provas’, disse Temer, referindo-se ao ex-procurador
como ‘homem da mais estrita confiança’ de Janot.
Temer
demonstrou que não tem nada de bonzinho ao mencionar a queda de Janot pelo
álcool, e disse que o procurador
realizou um ‘trabalho trôpego’.
Mais adiante,
Temer foi ainda mais explícito ao lançar mão do termo embriaguez, referindo-se
ao trabalho sujo de Janot na denúncia:
‘As regras
mais básicas da Constituição Federal não podem ser esquecidas e jogadas no
lixo, tripudiadas pela embriaguez da denúncia, que busca a revanche a
destruição e a vingança. E ainda assim fatiam a denúncia para provocar fatos
contra o governo, querem parar o país e parar o Congresso Nacional, em um ato
político de denúncias frágeis e precárias’, declarou Temer, ressaltando que tem
disposição em continuar no cargo.
Uma coisa não
se pode negar: o MORDOMO não é tão bobinho assim como muitos imaginam. E apesar
de sua baixíssima popularidade, parece que o povo não está muito disposto a ir
para às ruas pedir sua renúncia.
Se Temer
sobreviver até 2018, pode continuar dando muito trabalho para toda essa
gente."
Texto: Antonio Jorge Faria Gomes
(JA, Nov17)