Pular para o conteúdo principal

Âncoras – gatilhos que controlam um estado emocional


“As âncoras servem para que nossas emoções não fiquem à deriva. Utilizamos âncoras conscientes e inconscientes a todo momento. Para que você possa entender melhor, vamos fazer uma analogia com um barco.
Esse tipo de transporte navega livremente em mar aberto e se desloca pela água. Vai em direção ao seu destino. Se em algum momento, sua âncora é lançada ao mar, isso reduz sua velocidade. Em nós, essa ferramenta dispara um comportamento ou uma sensação.
Sob o ponto de vista científico, uma âncora é uma relação estimulo- resposta (Pavlov) ou uma relação causa e efeito. Vamos explicar a origem das âncoras com base na psicologia comportamental:
O condicionamento clássico (ou condicionamento pavloviano ou condicionamento respondente) é um processo que descreve a génese e a modificação de alguns comportamentos com base nos efeitos do binómio estímulo-resposta sobre o sistema nervoso central dos seres vivos. O termo condicionamento clássico encontra-se historicamente vinculado à ‘psicologia da aprendizagem’ ou ao ‘comportamentalismo’ (Behaviorismo) de John B. Watson, Ivan Pavlov e Frederic Skinner.
A experiência que elucidou a existência do condicionamento clássico envolveu a salivação condicionada dos cães do fisiólogo russo Ivan Pavlov. Num estudo sobre a ação de enzimas no estômago dos animais (que lhe dera um Prémio Nobel), interessou-se pela salivação que surgia nos cães sem a presença da comida.
Pavlov queria elucidar como os reflexos condicionados eram adquiridos.
Os cães salivam naturalmente por comida. Dessa forma, Pavlov chamou à correlação entre o estímulo incondicionado (comida) e a resposta incondicionado (salivação) de reflexo incondicionado.
As âncoras, portanto, podem ser estabelecidas em todos os sistemas representacionais e controlam estados emocionais. Por exemplo, o nosso nome é uma âncora auditiva ou visual. O sinal vermelho é uma ancora visual, música, perfume, propaganda, um gesto de socar o ar, cheiro de hospital, gosto de café são âncoras cinestésicas.
Como as âncoras correspondem a qualquer relação estímulo resposta, devemos ter atenção e avaliarmos nossas âncoras negativas ou positivas. Uma pessoa é incapaz de voar em um avião porque em algum momento teve uma experiência negativa, incapacidade de ter uma relação estável, porque sofreu em uma relação anterior. Uma mulher que, ao utilizar salto alto, se sente mais segura. Um lugar da casa em que você se sente bem, esportista que utiliza um gesto para sentir-se mais motivado, uma música que ao ouvir traz felicidade, frase que te deixa feliz ou objeto que, ao segurá-lo, de trás a sensação de segurança.
Percebem como utilizamos âncoras a todo momento? Pense nas âncoras que você utiliza em sua vida. Cuidados com as negativas e potencialize as positivas.”


Texto: Marco Túlio, professor da Fundação Getúlio Vargas nas áreas de Empreendedorismo, Programação Neurolinguística, Gestão de pessoas, Liderança, Comunicação, Negociação e Estratégia de Empresas.



(JA, Sert17)

Postagens mais visitadas deste blog

Petit, o Menino do Rio

  Petit, na verdade José Artur Machado foi o surfista talentoso de espírito livre que nunca cresceu. Com seus 1,80 de altura, loiro de pele bronzeada e olhos verdes,  tornou-se muito conhecido pelos frequentadores da praia do Pier e Ipanema. Principalmente pelas jovens, que o apelidaram de Mel. Seu jeito de viver a vida livremente inspirou Caetano que depois de horas de conversa com Petit escreveu a música eternizada na voz de Baby. Petit representou como ninguém a geração saúde, termo que aliás não existia. Praticante de jiu-jitsu, cuidadoso com seu corpo, surfista e modelo free lancer.   O triste fim de Petit Apesar de ter sido personagem de uma música tão famosa ele não mudou seu comportamento. Levava a vida com naturalidade. Por algum motivo começou a usar drogas, talvez pelas influências ou por própria escolha. Isso quebraria um pouco de seu encanto sobre os frequentadores das praias cariocas? Não podemos afirmar. Mas um trágico acidente de moto oc...

Energia, Frequência e Vibração

Na palavras de Nicolas Tesla, 1856-1943 , o inventor do rádio e da corrente alternada: ‘Se você quer descobrir os segredos do Universo, pense em termos de energia, frequência e vibração’. Tudo no universo é energia, manifestada através de vibração, produzida numa dada frequência, criando a matéria. No interior de cada átomo que compõe a matéria, existem apenas padrões vibracionais. A física quântica e relativística, que constituem a  física moderna, definem que vivemos num mundo de energias, frequência e vibrações, as  quais manifestam o mundo físico. Somos seres vibracionais. Cada vibração tem a sua frequência determinada pelo  que sentimos. No mundo ‘vibracional’ existem apenas duas espécies de vibrações: a positiva e a negativa. Qualquer sentimento resulta na emissão de uma vibração, em determinada frequência, que pode ser positiva ou negativa. A energia enviada para o universo encontra um campo de energia semelhante, onde ela é otimizada pelo conjunto. Es...

Família Jafet, 133 anos em São Paulo

Residência família Jafet, 730 A Família Jafet é uma família de origem libanesa radicada na cidade de São Paulo ao final do século XIX . Pioneiros da industrialização paulistana, seus membros criaram um dos maiores grupos empresariais familiares do Brasil, com empreendimentos no ramo têxtil, mineração, metalurgia, siderurgia, serviços financeiros e navegação. Dedicaram-se ativamente à filantropia, tendo liderado a fundação de instituições como o Hospital Sírio-Libanês, o Clube Atlético Monte Líbano, o Clube Atlético Ypiranga e o Esporte Clube Sírio. Contribuíram com doações significativas para o Hospital Leão XIII (hoje São Camilo) , o Museu de Arte de São Paulo, e a Universidade de São Paulo. Os Jafet foram responsáveis pela urbanização do histórico bairro do Ipiranga, onde instalaram suas primeiras unidades fabris, realizaram obras de infraestrutura e construíram palacetes de grande valor arquitetônico, diversos deles hoje tombados. ‘Os Jafets todos são bons, t...