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Brodowski de Portinari


Brodowski é uma típica cidade do interior de São Paulo, com praça, coreto, igrejinha e nenhum prédio. Mas uma peculiaridade é capaz de levar paulistanos a encarar mais de 300 quilômetros de estrada para conhecê-la: nasceu ali o artista plástico Candido Portinari (1903-1962).
‘Aqui, é possível entender a essência da arte dele. Foi em Brodowski que ele se descobriu artista’, diz Angelica Fabbri, diretora do Museu Casa de Portinari, localizado na casa em que ele viveu na infância e aonde sempre retornava para se inspirar.
Inaugurado em 1970, o museu é parada obrigatória para turistas e admiradores do pintor que vão ao município de cerca de 23 mil habitantes, segundo estimativa do IBGE. Suas paredes abrigam 22 obras, entre afrescos e murais a seco -19 de Portinari e três de amigos.
Em 2014, um novo afresco foi descoberto ali. A partir de um pontinho na parede, restauradores chegaram à pintura ‘Madona com Menino Jesus’. A autoria de Portinari foi confirmada por peritos.
‘Foi na casa que ele se debruçou sobre a técnica de pintura mural, deixando registrada a sua presença artística’, observa Fabbri.
A história do pintor também é contada aos visitantes por meio de jogos interativos, uma linha do tempo e roupas que ele usava quando adulto. A entrada no espaço, que pertence ao governo estadual e recebe cerca de 4.000 visitantes por mês, é gratuita.
O museu é ainda ponto de partida do passeio ‘Caminhos de Portinari’, que continua por outros cinco lugares de Brodowski que fizeram parte da vida do artista: praça Candido Portinari, igreja de Santo Antônio, coreto Lauro J. Almeida Pinto, antiga estação ferroviária e bebedouro público de animais.
Segundo levantamento do museu, a cidade e seus moradores inspiraram mais de 70 obras do artista. É o caso das pinturas ‘Casamento na Roça’, de 1944, ‘Noite em Brodowski’, de 1955, e ‘Futebol em Brodowski’, de 1958.
Na igreja, há ainda uma tela de santo Antônio de dois metros pintada em 1942 por Portinari, que não pôde ser transferida a seu pedido.
Para percorrer todos os lugares, próximos uns dos outros, leva-se em torno de 20 minutos. O caminho é indicado por meio de pegadas pintadas no asfalto. Ou seja, o risco de se perder é mínimo.
No trajeto, há ainda painéis a céu aberto de outros artistas, pintados uma vez ao ano há mais de 30 anos, numa ação do museu. ‘Acreditamos que, ao levar a arte para o espaço urbano, são criadas oportunidades para artistas e para o público, que vai desfrutar disso’, diz Fabbri.
No 104° aniversário da cidade, comemorado em 22 de agosto, começou um processo de revitalização de três pontos turísticos -a estação ferroviária, o coreto e o bebedouro- por meio de uma parceria entre a prefeitura, o museu e a marca de tintas Coral.
A proposta é pintá-los com cores semelhantes às originais, definidas após pesquisas lideradas pelo especialista em restauração e consultor do Museu Casa de Portinari Júlio Moraes. As pegadas no chão, desbotadas, também ganharão novos tons.
‘A renovação dará mais vida à cidade. Pintura desbotada não chama a atenção’, diz a professora aposentada Ana Graça Mazucato, 69. A aposentada Alice Caridade, 91, também defende a preservação dos espaços. ‘São as coisas mais ricas que ainda temos. Outras coisas do passado, como dois cinemas e um colégio, foram demolidas’.
Outra novidade para a região está em processo de gestação: o memorial Candido Portinari, projetado por Oscar Niemeyer em 2002, que deve ser construído na fazenda em que o artista viveu.
O prefeito de Brodowski, José Luiz Perez (PSDB), diz que empresários do Rio Grande do Sul buscam viabilizar o projeto por meio da Lei Rouanet. 'Em breve, eles vão procurar multinacionais e bancos para levantar os R$ 20 milhões para a construção'."

Texto: Júlia Zaremba, FSP
Imagem:  Museu Casa de Portinari, Brodowski-SP


(JA, Set17)

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