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O meu céu não tem estrelas


O meu céu não tem estrelas. Tudo é vazio; não há referências. Sinto-me caminhando sobre nada, contornando obstáculos inexistentes, batalhando sem ter razões, indo com grande esforço para nenhum lugar, ou para um outro semelhante a este.
Não gosto de pensar sobre isso pois acabo ficando deprimido e perdendo meu foco racional, meu objetivo definido. Aliás, isto não é verdade - nem deprimido consigo ficar. Acabo por ser  apenas um indiferente observador. E o foco, o objetivo definido, não posso perder - é a única coisa que me move.
 Nada tem um significado maior – nem a morte, nem a vida. Tudo o que acontece se enquadra num único plano, completando uma sequência recorrente. Tudo se completa para formar um nada, nem visível, nem concreto.
Entretanto, é importante que se complete, para seguir o plano mestre. Um plano que não é físico e nem espiritual, mas que resulta na união da matéria e antimatéria, da energia existente e da gerada. Um plano que prevê que tudo se encontre e interaja, transformando-se em algo que é a essência primária, não de nós, indivíduos, mas de um todo maior, do qual nós também fazemos parte, inconscientes. Uns, partes importantes; outros, nem tanto; todavia todos indispensáveis para o conjunto final.
Esse conjunto final, quando atingir a sua plenitude, pela soma de todas as vidas, de todas as energias, desde sempre, em todo o universo,  é o objetivo. Ele sim tem significado. Ele é a razão de ser. Então, será o advento da luz, da vida, como sempre idealizamos. É o que, intuitivamente, muitos chamam de céu, um céu onde nós seremos as estrelas.  
(JA, Out68)

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