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Mundo Melhor


Um homem, ainda jovem, vinha caminhando por uma estrada empoeirada, meio deserta. Ele estava surpreso por se encontrar ali – não se recordava de quem ele era,  de onde veio, nem de como veio parar ali, e muito menos do motivo.
Continuou andando, até que um dos raros veículos que passavam por ali, uma caminhonete,  parou e o motorista, um senhor de idade,  lhe preguntou se ele era o novo jardineiro da ‘Casa de Repouso’, e se queria uma carona. Para evitar ter que dar explicações que não tinha, e para sair daquela situação, concordou. Entrou no veículo, agradeceu e se apresentou como Roberto – um nome que inventou na hora. Durante o caminho, ficou sabendo que aquele homem era um padre e era quem administrava a Casa.
Chegando lá, foi informado onde ficava o seu quarto, os horários e onde ficavam guardadas as ferramentas que ele precisaria para executar seu trabalho.
No dia seguinte, começou a trabalhar, dando prioridade às partes do jardim externo que estavam em pior estado.  Começou a conhecer e a se relacionar com as pessoas, inclusive com o administrador – aquele motorista.  Logo se sentiu à vontade, e todos começaram a ver e a elogiar o resultado do seu trabalho.
Oportunamente, contou ao administrador o seu segredo, e o padre ponderou que, diante das circunstâncias, o melhor era que ele continuasse o seu trabalho, enquanto iria procurar saber, descobrir algo à respeito.
Um dos hóspedes da casa era uma jovem viciada em drogas, que tinha  cerca de 25 anos de idade, com quem Roberto começou a se socializar, a trocar opiniões pessoais.  A relação era interessante, prazerosa,  e conveniente para ambos. Ele ficou sabendo, por exemplo, que ela fora colocada ali contra a sua vontade,  pelos seus pais preocupados. Entretanto, não estava levando o processo à sério, e considerava as reuniões de ajuda solidária uma brincadeira, uma atividade inútil. Num dia de visita, ela recebeu seu antigo namorado, companheiro de vício,  que trouxe drogas para ela. Roberto percebeu o que estava acontecendo e, contrariado, expulsou o jovem dali.
Ela revoltada com o que aconteceu, fugiu da Casa e foi para a cidade.  Foi para um bar local onde dançou, bebeu, enfim se divertiu.  No dia seguinte pela manhã, voltou para a casa, entrou escondida, e foi para seu quarto, retomando a rotina comunitária.  Porém, os fatos do dia anterior: a visita do seu antigo colega, a fala do Roberto, a farra na cidade, a fez tomar consciência do vazio da sua vida, e que ela não iria ter um final feliz, muito pelo contrário.  
Daí em diante, pouco a pouco, seu comportamento foi mudando: começou a se socializar com o grupo, a participar das atividades, a aproveitar mais o conteúdo das palestras de orientação. Meses mais tarde, após superar algumas recaídas, recebeu alta , arrumou um emprego numa outra cidade, e se mudou para lá. Quando se sentiu segura quanto à sua recuperação, voltou para a Casa para agradecer a todos por tudo que tinham feito por ela e, em especial, ao Roberto.
Chegando lá, foi informada que Roberto tinha ido embora - no mesmo dia em que ela tinha tido partido. Foi sem dizer nada,  e ninguém tinha notícia do seu paradeiro.  Conversando com o padre, ele lhe contou a história de como o Roberto apareceu na casa, da sua confissão, e o fato de nunca ter conseguido descobrir nada sobre a sua origem.
Ele, um homem de fé, com tendência a reconhecer e a aceitar a existência de fatos extraordinários, disse a ela que imaginava que Roberto era uma alma com uma missão a cumprir, que tinha vindo ali para ajudá-la a se recompor, e a seguir seu verdadeiro caminho. Um caminho que ele – Roberto -, devia saber ser muito importante e que tinha que ser trilhado. Não era difícil inferir que o caminho que ela deveria seguir, e do trabalho que deveria fazer,  dependia o futuro de muita gente, numa recorrência positiva, evolutiva.  
Então, a partir desse dia, essa moça passou a estudar e a se dedicar à recuperação de jovens, participando de vários empreendimentos sociais, não só na cidade, mas também no estado, no país inteiro. E, com o tempo, passou a ser reconhecida mundialmente por suas atividades, e pelo sucesso das suas causas.
O padre tinha razão. Realmente muitas pessoas se beneficiaram com seu trabalho e conquistaram para si a oportunidade, não só de terem uma vida mais feliz, mas também de contribuírem para construção de um mundo melhor. 
"A conjugação de acaso e necessidade, parece ter algo de milagre."
(JA, Jun14)

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