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“Quem disse que eu me mudei?
oo “Quem disse que eu me mudei?
o Não importa que a tenham demolido:
o a gente continua morando na velha
casa em que nasceu”.
(Mario Quintana)
As mudanças podem ser negativas ou
positivas, podem acarretar perdas e ganhos, podem trazer sentimentos dolorosos
- tristeza, medo, revolta, raiva e culpa -, ou prazerosos - alegria, felicidade, completitude.
As causas mais comuns das negativas,
das perdas, são: doenças, morte de entes queridos, mudança de cidade, de
emprego, de condição social, de separações ou da não realização de um sonho ou
ideal. A princípio parecem um mal
irreparável, e muitas vezes somos levados a ficar revoltados, ou com a sensação
de que fomos privados de algo que nos pertencia, a que tínhamos direito.
Negar a dor é inútil porque os
sentimentos ficam no nosso inconscientemente por um certo tempo, e depois acabam
por afluir a forma de depressão, isolamento, fuga e estresse.
Portanto, considerando que, independentemente de
querermos ou não, elas são inevitáveis, devemos
nos preparar para esses momentos, aprender a lidar com elas, minimizar a
dor decorrente:
I. Evitar
o apego excessivo aos aspectos materiais da vida, se apegar ao supérfluo Para tanto, praticar o exercício
de desapego. Ter consciência de que quanto mais apego se tiver, ou quanto mais
dependente se for de pessoas e coisas, maior será o sofrimento quando ocorrer a
perda. Sim porque não vamos conseguir
ganhar sempre e, em algum momento, vamos perder.
II. Administrar
o sentimento de medo que nos aflige
nessas ocasiões - tanto por perder o que se tem, quanto de não conseguir o que
se deseja. As pessoas podem não
conseguir se livrar de seus medos, mas podem aprender a conviver com eles. O
melhor método é racionalizar, procurar entender o causa do medo. Muitas vezes o
medo não tem uma causa concreta, sendo apenas uma escolha nossa.
III. Viver
o melhor possível com nossos queridos enquanto pudermos estar juntos,
demonstrando sempre o nosso amor e carinho, como se não houvesse o dia
seguinte, mas apenas aquele dia. Estar preparado para aceitar de coração aberto,
não só os afastamentos definitivos, mas também os temporários, tão comuns atualmente - filhos que se mudam de cidade ou de país para
estudar ou trabalhar, ou, ainda, se distanciam depois de se casarem.
Enfim, aprendendo a conviver com as
perdas, aprenderemos também a conviver com os ganhos. Vamos sentir alegria quando
os conquistarmos, mas não vamos nos iludir, nos deixar envolver pelo poder de
ter. Sabemos que mais importante que ter, é saber ser .
(JA, Jun14)