Nem toda a história de São Paulo é feita de grandes personalidades e acontecimentos. Temos alguns episódios muito tristes nesses mais de 400 anos que precisamos relembrar. Um deles foi a terrível gripe espanhola que assolou a cidade e o estado em 1918.
Antes de falarmos dos números, e de como essa epidemia marcou SP, vamos fazer um pequeno resgate histórico de como ela surgiu, e como chegou aqui. Os estudiosos dizem que as grandes epidemias tiveram origem com a Primeira Guerra Mundial, responsável por matar milhões de pessoas, e espalhar a fome por todo o planeta.
É nesse cenário, de miséria e falta de insumos, que as epidemias tiveram desenvolvimento. Tifo, cólera e difteria, foram apenas algumas das doenças que atingiram os europeus. O vírus da gripe espanhola que chegou aqui tem sua origem, obviamente, na Espanha.
Estima-se que essa doença, também chamada de influenza, tenha o nome ‘gripe espanhola’ pelo fato do rei daquele país ter sido uma das primeiras vítimas do vírus.
Outra versão da origem de seu nome dá conta de que, em função de a Espanha ter se mantido neutra durante a guerra, não censurando as notícias sobre a incidência da gripe, dava a impressão de que a doença acontecia só naquele país. Entretanto, a origem mais provável da doença foi nos campos de treinamento militar, no interior dos Estados Unidos.
No dia 9 de outubro de 1918 apareceu a
primeira notícia de que a gripe espanhola havia aportado em São Paulo, capital.
Quatro dias depois, o primeiro doente era notificado no Hospital de Isolamento,
e, em uma semana, era declarado o estado epidêmico da cidade.
De 9 a 28 de outubro, o
número de casos foi para cinco mil e, em 4 de novembro, já eram 7786 notificações. A partir de 9 de novembro, o
número de casos começou a diminuir, sem que os médicos, cientistas, e agentes
de saúde, tivessem conseguido implementar medidas eficazes contra a doença.
Os primeiros casos da doença
em São Paulo são atribuídos a um time de jogadores de futebol que veio do Rio
de Janeiro. Teriam sido os atletas, que adoeceram no dia 9 de outubro, os
transmissores da gripe espanhola, uma vez que várias pessoas hospedadas no
mesmo hotel do time, o Hotel D´Oeste, adoeceram de gripe.
De fácil contágio, a doença
se espalhou muito rápido.
Durante cerca de 15 dias, São
Paulo agonizou com a epidemia. E pior do que isso, como o Rio de Janeiro sofria
já há mais tempo, as notícias desesperavam ainda mais a população. O Correio
Paulistano, por exemplo, chegou a publicar uma coluna narrando a situação de
calamidade na Capital Federal, com mortos apodrecendo, abandonados pelas ruas.
São Paulo chegou a ter tantos
mortos que os serviços funerários não conseguiam anteder aos enterros. Os
bondes da Light, aliás, chegaram a ser usados para transportar caixões, e os
cemitérios da Consolação e Araçá receberam iluminação de emergência, para
trabalhar e funcionar à noite.
As mortes em decorrência da
‘espanhola’ aconteciam em um momento que a ciência médica havia alcançado
importantes vitórias contra doenças que até então assustavam a sociedade, como
a varíola, a febre amarela, e a peste bubônica.
No Brasil, as notícias sobre
a gripe se intensificaram com a morte dos primeiros brasileiros que faziam
parte da Missão Médica Brasileira, e de soldados, que tomavam parte da Primeira
Guerra Mundial na Europa.
Ao aportar em Dacar, no
Senegal, brasileiros tiveram contato com a doença e vieram a falecer. Em terras
brasileiras, os contágios aconteceram a partir, principalmente, do contato com
os viajantes do navio Demerara, que passou por diferentes portos no litoral
brasileiro, espalhando a doença pelo país. A gripe espanhola foi responsável
pela desestruturação programas de saúde que haviam sido criados no início da
República, causando pânico em todos os meios da sociedade.
Administração
A recomendação das
autoridades era a de evitar aglomerações e friagens, mas nem isso foi o
suficiente. Em 25 de outubro, o comércio foi fechado, e o Governo
Federal decretou feriado por uma semana. Rapidamente São Paulo chegou a centena
de mortos, e quase ninguém saía às ruas.
O Serviço Sanitário
trabalhava de maneira a estruturar melhor seus institutos e laboratórios, assim
como suas ações junto a população em questões de saneamento, vacinação e
fiscalização. Em um momento em que a ciência, com base na bacteriologia, se
consolidava com a própria medicina, construindo um discurso de autoridade
abalizado pelos números decrescentes de óbitos no Estado, a gripe aparecia como
que para desafiar os conhecimentos obtidos até então. Considerada à época como
‘sem causa específica’, e, por conseguinte, sem terapêutica precisa, assustava
o mundo todo pela rapidez com que se disseminava, especialmente no contexto da
Primeira Guerra Mundial.
Presença confirmada em São Paulo, a gripe espanhola foi enfrentada pelo então diretor do Serviço Sanitário, Arthur Neiva, que estabeleceu um programa de controle da epidemia. Uma das medidas era orientar a população por meio dos jornais.
CONSELHOS AO POVO
o
Evitar aglomerações, principalmente à noite.
o
Não fazer visitas.
o
Tomar cuidados higiênicos com o nariz e a garganta:
inalações de vaselina mentolada, gargarejos com água e sal, com água iodada,
com ácido cítrico, tanino e infusões contendo tanino, como folhas de goiabeira
e outras.
o
Tomar, como preventivo, internamente, qualquer sal de
quinino nas doses de 25 a 50
centigramas por dia, e de preferência no momento das refeições.
o
Evitar toda a fadiga ou excesso físico.
o
O doente, aos primeiros sintomas, deve ir para a cama,
pois o repouso auxilia a cura e afasta as complicações e contágio. Não deve
receber, absolutamente, nenhuma visita.
o
Evitar as causas de resfriamento, é de necessidade tanto
para os sãos, como para os doentes e os convalescentes. Às pessoas idosas devem
aplicar-se com mais rigor ainda todos esses cuidados. (O Estado de S. Paulo, 21/10/1918)
O poder público,
instituições, e diferentes grupos da sociedade, se mobilizaram na organização
do socorro aos doentes, disponibilizando atendimento médico, remédios e
alimentos.
Todas as atividades que envolvessem reunião de pessoas foram suspensas, escolas e igrejas se transforam em locais de assistência aos doentes, cortejos fúnebres foram proibidos, apertos de mão, abraços e beijos foram proibidos, como meios de evitar o contágio pela gripe espanhola. Aos poucos, a vida dos paulistas passou a ser conduzida pela autoridade do serviço sanitário.
Consequências
O país, como um todo, não
estava preparado para uma doença dessas, a epidemia encontrou o cenário
perfeito para se desenvolver.
No Rio de Janeiro, por exemplo, os mortos chegaram rapidamente às centenas. A cidade de São Paulo chegou a propor o fechamento dos acessos da cidade, buscando impedir a chegada de pessoas vindas do litoral (Santos) e de outros estados. Claro que a ideia era inviável, e a gripe apareceu em São Paulo no mesmo mês de outubro de 1918.
Foram montados vários postos
de socorro e todos os hospitais se envolveram. Além disso, o serviço sanitário
instalou quarenta hospitais provisórios em escolas, igrejas, espaços
comunitários.
Um deles, na Hospedaria de
Imigrantes, foi dirigido pelo médico Arnaldo Vieira de Carvalho, e contou com
alunos e professores da Faculdade de Medicina no atendimento. Houve muitas
ações de solidariedade por parte da população, que organizava a distribuição de
alimentos, principalmente sopa e pão, pois a doença atacava mais fortemente
pessoas desnutridas, ou seja, atingiu exponencialmente os pobres, que eram
muitos, em tempos nos quais a carestia se somava à escassez de alimentos devido
à Guerra.
Por outro lado, o grande
número de mortes afetou diretamente o serviço funerário, que, não conseguindo
dar conta da demanda, passou a praticar preços abusivos. Diante disso, o poder
público passou a fornecer caixões e transporte gratuitos para os falecidos que
não tivessem recursos próprios. Contou para isso com a colaboração de marcenarias,
e com a Escola de Artes e Ofícios, à época sob a direção de Ramos de Azevedo,
para a fabricação de caixões e camas paras os doentes. O desejo de auferir
lucros com a situação aconteceu também na área farmacêutica, que apresentava
diferentes medicamentos, a maioria sem qualquer efeito, como sendo terapêuticas
efetivas contra a doença, e também entre os vendedores de desinfetantes e, até
mesmo, de tecidos usados nos rituais fúnebres.
Com o aumento de doentes e de
mortes, todas as medidas e orientações do Serviço Sanitário, do alto de sua
autoridade médica, evidenciavam a ineficácia. O medo aumentou, e ideias de
controle de doenças utilizadas em outras epidemias vinham à tona e eram defendidas
na imprensa. Eram retomadas propostas de isolamento, desinfecções
generalizadas, barreiras sanitárias, infusão de ervas, intensificação da
higienização dos ambientes, controle dos cheiros, insetos, roedores etc.
O consumo de desinfetantes e
medicamentos para gripes aumentou, bem como o uso de chás e rituais de cura de
culturas tradicionais. Todos se sentiam impotentes. Essa dinâmica alterou o
cotidiano da cidade, os hábitos dos seus moradores. Solidariedade e também
muitas atitudes menos nobres, como o preconceito, a marginalização, e a
mesquinhez, também se apresentavam neste momento tenso da vida paulistana.
Logo as pessoas pobres se
tornaram as mais visadas para as propostas de intervenção e instrução.
Panfletos com orientações resumidas do Serviço Sanitário eram escritas em
português e italiano, e entregues de porta em porta nos bairros do Brás, Mooca,
Pari, Belenzinho, Bom Retiro, Bexiga e nos subúrbios da época (Santana, Penha, Lapa, Pinheiros), trabalho feito com a ajuda da Liga Nacionalista, e
da Cúria Metropolitana.
Os pedidos de doações para a ajuda aos mais necessitados aumentavam e tinham boa adesão, resultado de uma mistura de altruísmo e medida de autoproteção. Remédios começaram a ser distribuídos pelo Serviço Sanitário e em farmácias credenciadas, mediante guia fornecida pelo governo. Os postos de socorro passaram a distribuir sopas e mantimentos aos mais necessitados.
Baratear a vida, eis a primeira
Medida, que ao Governo já propuz…
Obrigar a lavar-se a quem não queira,
No Brás, no Cambuci, na Lapa e Luz!…
Dá fome a Gripe, é filha e da sujeira,
Transmite-se no escarro e pelo pús…
Evitar dar a mão! Desta maneira
É que o mal se propaga e reproduz!
Alimentado corpo e bem lavado,
A casa varridinha, onde se mora,
Juro, não haverá um só gripado!
Sem isso, todo o povo a perna estica,
E com pão a cada hora,
Salvo São Paulo inteiro sem botica!
(Miguel
Meira. Pão e sabão. Jornal do Commercio. São Paulo, 08 de novembro de 1918)
A epidemia acabou por revelar uma cidade empobrecida em meio à pujança econômica. Entre os operários o número de mortes era elevado. A situação econômica frágil da maioria deles os impedia de seguir as orientações de resguardo e descanso dadas, pelo Serviço Sanitários, pois precisavam trabalhar para garantir o sustento. Nada democrática, a doença matava mais nos bairros operários do Brás, Mooca, Belenzinho, Bom Retiro e Bela Vista.
A situação caótica perturbava também psicologicamente as pessoas, fosse pelo medo do adoecimento, pelos sintomas, pela perda de algum ente querido.
Aumentavam os casos de suicídios e de atos violentos – acontecimentos que eram atribuídos, em parte aos períodos febris causados pela gripe espanhola e, em parte, à situação de extrema pobreza e desestruturação social vivida em São Paulo nesse período.
A criação dos hospitais
provisórios surgiu em um momento de pleno desnorteamento do Serviço Sanitário
que, junto com a sociedade organizada, não conseguia conter a epidemia - o
número de adoecimentos e mortes só aumentava. A hospitalização à época não era
bem vista pelas pessoas. O hospital era entendido como um espaço para o qual se
ia para morrer, em sua maioria a população pobre, pois os com melhores
condições financeiras se travam em casa, com médicos contratados.
No entanto, devido à
gravidade da situação, em pouco tempo o hospital foi incorporado como uma das
possibilidades de cura por parte da população, que lá tinha cuidados médicos,
enfermeiros, remédios e uma dieta regular. Na imprensa destacava-se que os
hospitais eram locais limpos, arejados, claros, confortáveis, com boas camas e
lençóis, procurando convencer a população que os cuidados no hospital eram
muito melhores do que nas suas casas.
Não só as orientações vindas
das autoridades médica e científica estavam entre os recursos utilizados pela
população. A força das tradições populares se fazia perceber nas receitas de
remédios caseiros com ingredientes como o limão, alho, cebola, canela, cachaça
com limão, folhas de eucalipto. A tais receitas se somavam as rezas,
benzimentos, garrafadas, rituais de origem indígena e africana. Esses elementos
eram utilizados pelos diferentes grupos sociais, independente da origem
socioeconômica.
Entretanto, pouca coisa
funcionava. As críticas ao Serviço Sanitário e ao seu diretor, Arthur Neiva,
aumentavam, e o sentimento de impotência se generalizava. Após trinta dias, o
ciclo da doença chegou ao fim, trazendo ânimo e esperança aos paulistanos.
O caos provocado pela gripe
espanhola no início do século 20 é exemplo dos riscos aos quais a humanidade está
sujeita diante da extraordinária capacidade de mutação dos microrganismos com
os quais convivemos.
A pandemia trouxe à luz, por
sua vez, todos os conceitos próprios à experiência humana vivida no seu limite:
sofrimento, solidariedade, ética nas relações sociais e comerciai, refletidos
na organização social, nas reações próprias de cada indivíduo, na expressão da
ciência em desenvolvimento, e nas políticas e ações de saúde pública.
Os números da gripe espanhola
no mundo são assustadores, sendo considerada a maior epidemia da história, com
cerca de vinte milhões de mortos, além de cerca de seiscentos milhões de
pessoas que adoeceram – o equivalente a 80 a 90% da população do planeta. A movimentação das tropas
durante a Guerra facilitou a transmissão da doença.
O surto começou a ser
encerrado em meados de 1919. Na cidade de São Paulo os dados não são precisos, mas,
oficialmente, pelo menos 116.777 mil pessoas adoeceram, e foram registrados 5331 mortos -
aproximadamente 1% da população da época, isso sem considerar as mortes
por complicações decorrentes da doença. Foi uma calamidade – termo usado na
época –, que mobilizou toda a população. Rara foi a família que não perdeu um
ente querido. Como a gripe não distinguia idade ou classe social, morreram
crianças e velhos, ricos e pobres.
Pesquisas e
Estudos Relacionados, desenvolvidos em seguida
Os estudos sobre o agente
etiológico responsável pela doença continuaram, mas com menos vigor. Somente em
1933,
em Londres, durante uma ocorrência de epidemia de influenza pós-gripe
espanhola, os pesquisadores Christopher Andrew, Wilson Smith e Patrick Laidlaw
e sua equipe, identificaram um vírus como sendo o responsável pela doença em
seres humanos.
A partir da descoberta foram
apontadas várias cepas do vírus Myxovirus Influenzae como as possíveis
causadoras da epidemia de gripe espanhola. As cepas do vírus da gripe podem ser
classificadas, atualmente, em A, B e C, conforme as suas proteínas nucleares, e têm grande
capacidade de sobrevivência e mutabilidade, fazendo com que a imunidade
adquirida por um indivíduo após uma infecção possa não ser suficiente para
garantir a proteção contra o vírus. Devido a essa mutabilidade houve muita
dificuldade na identificação exata da cepa do vírus da gripe que causou a
pandemia de 1918.
Em 2001, os
cientistas australianos Mark J. Gibbs, John S. Amstrong e Adrian J. Gibbes
publicaram estudos com a afirmação de que o vírus da gripe espanhola teria sido
uma combinação fatal entre o vírus humano da gripe, e o da gripe porcina –
combinação que explicaria a falta de resistência do organismo humano ao vírus.
Curiosidade
Graças à gripe espanhola, uma
das bebidas mais famosas da nossa história foi criada. Estamos falando da
caipirinha, invenção de Piracicaba, que era composta por cachaça, limão, alho e
mel, que era utilizada para combater esse surto terrível que atingiu SP.
Os moradores de Piracicaba,
após controlarem o surto, continuaram bebendo o remédio e, progressivamente,
foram trocando os componentes. O mel deu lugar ao açúcar, e o alho foi retirado
para a inserção do gelo. Estava criada a receita da bebida mais famosa do país.
Gripe
Espanhola x Crise Atual
Naquela época como agora,
ninguém esperava, ou estava preparado para o que aconteceu. O governo do início do século passado
orientou a população sobre os cuidados básicos que deveria tomar – muito semelhantes
com as recomendações atuais. Entretanto, as medidas sanitárias que tomou
deixaram a desejar, e foram muito criticadas. Felizmente o ciclo da doença, pela
sua natureza, foi curto – durou apenas 30 dias.
Do ponto de vista científico,
os estudos que foram feitos só chegaram a conclusões definitivas sobre o que
ocorreu cerca de 80 anos depois.
Nesta atual crise, o governo brasileiro
igualmente subestimou a gravidade do problema, e pior, contrariando
recomendações dos especialistas da área da saúde, não orientou corretamente a
população sobre os cuidados deveriam ser
tomados para evitar o contágio, propagação.
Medidas básicas recomendadas,
como testagem geral, tratamento e isolamento
dos contagiados, e das pessoas de seu convívio, até agora, passados cerca de seis meses do início da pandemia,
não foram aplicadas para a maioria da população.
Por outro lado, a comunidade
científica de muitos países está se dedicando para obter uma vacina que torne
as pessoas imunes ao vírus responsável pela doença. Todos os países, com exceção
dos EUA, estão solidários, e conscientes de que o problema é geral, e de que
não poderá ser solucionado isoladamente. A solução só existirá se for global.
Embora, aparentemente,
estejamos próximos de uma resposta, ela provavelmente ainda não será a final, definitiva.
Os cuidados que estão sendo tomados deverão continuar até lá.
Neste caso, devemos nos
adaptar para sobreviver, e providências deverão ser tomadas para que a economia
se mantenha nos níveis que nossa
sociedade já conseguiu atingir, adequados, para manutenção/recuperação dos empregos,
produção, serviços, e desenvolvimento.
Entretanto, é importante
ressaltar que nem durante a Gripe Espanhola, e nem agora, durante a pandemia de
coronavírus, estão acontecendo debates e reflexões sobre como chegamos e de como
podemos sair melhores de tudo isso.
Não há nenhuma reflexão séria
sobre como o modo a que estamos acostumados a viver, contribuiu para nos deixar
mais vulneráveis e ameaçados. Nenhuma reflexão séria sobre a situação de
dependência social, política, econômica e psicológica, que uma sociedade de
consumo fica num momento como esse.
Existe muita especulação sobre como será o futuro - se haverá a retomada do nosso modo de vida anterior, com mais tecnologia, com mais racionalidade, com maior capacidade de produção. Entretanto, isso não passa de intenção. Falta organização, planejamento, definição de estratégia e execução.
Fontes: São Paulo em Foco, Memória da Saúde, WP e Dvs
(JA, Ago20)