O Dia de São Patrício, 385-461, St. Patrick’s Day, é uma festa anual realizada desde
1997, comemorada em 17 de Março, celebrando a morte de São
Patrício, padroeiro da Irlanda. Nessa data as pessoas vestem-se de trajes verde
e branco, saindo às ruas em uma caminhada festiva.
Nos EUA, inicialmente, somente cidades com grandes comunidades irlandesas, como
Boston e Nova York, a comemoravam – e, mesmo assim, era algo restrito aos
bairros de imigrantes. Foi só no fim do século 20 que a festa ganhou ares mais nacionais, espalhando-se por pubs e paradas
nas ruas, de costa a costa. A partir de então, ela não parou de crescer, cruzou
as fronteiras, passou a marcar os calendários de outros países e invadiu, por
fim, a Ilha da Irlanda. Isso tudo é um movimento de 40 anos para cá. O Brasil também entrou nesse radar
verde.
Nos últimos anos, o órgão de turismo
irlandês, que abraçou a oportunidade, resolveu investir para valer. Hoje, a
Irlanda não só reconhece como promove a festa originalmente americana. Muito
por isso, o dia de São Patrício já é considerado a ‘data nacional mais famosa
do mundo’.
São Patrício
Pouco se sabe da vida de Patrício,
apesar de ser notório seu nascimento na Inglaterra Romana no século V, numa rica família romano-bretã. Seu pai e avô foram
diáconos na Igreja. Aos dezesseis anos, ele foi sequestrado por piratas
irlandeses, e levado para a Irlanda como escravo.
Acredita-se que ele ficou em
cativeiro em algum lugar na costa oeste da Irlanda, possivelmente no Condado de
Mayo, mas o local exato é desconhecido. De acordo com sua confissão, Deus lhe disse,
em sonhos, para fugir de seu cativeiro para o litoral, onde ele iria embarcar
num navio e retornar à Bretanha. Ao voltar à Bretanha, entrou para o mosteiro
de Ésir, em Auxerre, na Gália (atual França), sob orientação do santo bispo
Germano.
Em 432, alegou ter recebido um chamado para regressar à Irlanda, porém como
bispo, para a evangelização dos irlandeses. O folclore irlandês alega que um de
seus métodos de evangelização incluía o uso de um trevo de três folhas para
explicar a doutrina da Santíssima Trindade para os irlandeses.
Depois de quase
trinta anos de evangelização, Patrício faleceu no dia 17 de março de 461, e, de acordo
com a tradição, foi enterrado em Downpatrick.
Apesar do êxito de várias missões
à Irlanda empregadas por Roma, Patrício perdurou como o santo principal do
cristianismo irlandês, e é bastante estimado pela Igreja Católica irlandesa e
de todo o mundo.
A cor verde
Com o passar dos anos, a cor verde e
sua ligação com o dia de São Patrício aumentou. Fitas verdes e trevos eram
usados nas celebrações do dia de São Patrício no século XVII.
Dizem que São Patrício usou o trevo (shamrock) para explicar a Santíssima Trindade
aos pagãos celtas. Por conta disso, o uso
de trevos de três folhas e similares, acabou por ficar intimamente ligado aos
festejos.
Na rebelião irlandesa de 1798, na esperança de propagar seus ideais políticos,
soldados irlandeses vestiram uniformes verdes no dia 17 de março, na esperança de chamar a atenção pública para a
rebelião.
A expressão irlandesa ‘the wearing of
the green’ (Vestindo o
verde), significa usar
um trevo, ou então outra peça de roupa que seja verde, em referência aos
soldados rebeldes.
A partir daí, a Irlanda passou a usar
o trevo de 3 folhas como símbolo nacional. Desde
aquela época, até os dias atuais, os irlandeses
consideram o trevo como símbolo de sorte.
A escolha da cor verde também foi
reforçada pelo fato de que, na Irlanda, há bastante chuva e neblina, o que a
tornou conhecida como ‘Ilha Esmeralda’. Além disso, na primavera, brota do
solo uma bela paisagem verde. Assim, ela é realmente verde, durante todo o ano.
Fonte: WP e Dvs
(JA, Mar20)
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