Pular para o conteúdo principal

Anatomia - Livro Nazista



Ilustrações do ‘Atlas de Pernkopf’ foram criadas a partir dos cadáveres de prisioneiros do regime de Adolf Hitler

Ilustração do pulmão do livro de 1937


Um atlas de anatomia, que só foi criado devido à morte de centenas de pessoas assassinadas pelo regime nazista, é usado até hoje por cirurgiões de todo o planeta. As imagens são tão detalhadas que muitos consideram o livro o ‘melhor’ exemplo em ilustrações anatômicas no mundo.

Para produzir os desenhos, muitos cadáveres de prisioneiros políticos foram dissecados pelo autor do atlas, o médico nazista Eduard Pernkopf.

Ao canal britânico BCC, a cirurgiã Susan Mackinnon contou que se sente pouco à vontade com a origem do livro, porém, ao mesmo tempo, não poderia fazer o seu trabalho sem consultá-lo — o atlas a ajuda a descobrir até mesmo pequenos nervos.

Já Joseph Polak, que é rabino e sobrevivente do Holocausto, mas também professor de direito da saúde, disse que o livro é um ‘enigma moral’ pois é feito do ‘mal real’. Porém, como a publicação ainda é muito útil em procedimentos cirúrgicos, ele afirmou que também  ‘pode ser usada a serviço do bem’.


Exemplos do trabalho do médico Eduard Pernkopf, de 1923


Origem maligna

O projeto de Pernkopf para concluir o livro demorou 20 anos. O doutor se destacou no meio acadêmico austríaco devido ao apoio que prestava ao partido do ditador Adolf Hitler. Quando o médico nazista virou reitor da Universidade de Viena, ele demitiu todos os judeus da faculdade — até mesmo três ganhadores do Prêmio Nobel.

Uma lei do ano de 1939 determinou que os corpos dos prisioneiros do nazismo tivessem de ser levados a departamentos de anatomia para que fossem estudados. Havia tantos cadáveres, que algumas das execuções eram adiadas. Com o material abundante, Pernkopf costumava fazer dissecações 18 horas por dia.

Depois, a partir dos corpos dos presos políticos dissecados, foram realizadas quase metade das 800 ilustrações do livro. Na primeira edição do atlas, de 1937, as assinaturas dos ilustradores Erich Lepier e Karl Endtresser aparecem com suásticas, e com dois raios da Schutzstaffel (SS), a força paramilitar do Partido Nazista.


Erich Lepier - Assinatura de ilustrador esconde símbolo da suástica


Mesmo após o final da Segunda Guerra Mundial, em uma edição de 1964 do atlas, havia ainda as assinaturas originais. Edições posteriores eliminaram os símbolos nazistas e ao longo dos anos, o livro foi um sucesso de vendas: milhares de cópias do atlas foram vendidas em todo o mundo e traduzidas para cinco idiomas.

Só na década de 1990 que começou uma discussão sobre a origem da publicação. Quando a história violenta veio à tona, o livro saiu de publicação em 1994.


Fonte: Galileu



Suástica

A suástica ou cruz suástica (ascii: ou ) é um símbolo místico encontrado em muitas culturas e religiões em tempos diferentes, dos índios Hopi aos Astecas, dos Celtas aos Budistas, dos Gregos aos Hindus, sendo encontrados registros de 5 mil anos atrás.

Alguns autores acreditam que a suástica tem um valor especial por ser encontrada em muitas culturas sem contatos umas com as outras.

Os símbolos a que chamamos suástica possuem detalhes gráficos bastante distintos. Vários desenhos de suásticas usam figuras com três linhas. A nazista tem os braços, apontando para o sentido horário, ou seja, indo para a direita e roda a figura de modo a um dos braços estar no topo.

Outras chamadas suásticas não têm braços e consistem de cruzes com linhas curvas. Os símbolos Islâmicos e Malteses parecem mais hélices do que propriamente suásticas. A chamada suástica celta dificilmente se assemelha a uma. As suásticas Budistas e Hopi parecem reflexos no espelho do símbolo Nazista.

Na China há um símbolo de orientação quádrupla, que segue os pontos cardeais; desde o ano 700 ela assume ali o significado de número dez mil.

No Japão, a suástica ( manji) é usada para representar templos e santuários em mapas, bem como em outros países do extremo oriente.

O nazismo serviu-se da simbologia para atrair sobretudo a massa de trabalhadores alemães, enganando-os com a promessa de que Hitler seria um Lênin para a Alemanha.

Usando músicas que claramente pareciam comunistas, e com a bandeira habilmente composta, passava o Nazismo um caráter revolucionário para as massas.

Wilhelm Reich, psicanalista, ucraniano de origem germânica,  atesta que a ‘teoria irracional’ da superioridade racial, tinha apelos ao subconsciente, através das formas da suástica e dos contrastes oferecidos pelas cores utilizadas (vermelho, preto e branco), chegando mesmo Hitler a afirmar que esta cruz era um símbolo antissemita, em sua origem.

E, indo mais longe, faz a leitura de que a suástica esquerda tem nítido apelo sexual: ‘Se olharmos detidamente para as suásticas no lado direito, vemos que elas claramente revelam formas humanas esquematizadas. Já a suástica voltada para a esquerda, mostra um ato sexual…’.

Conclui, assim, que o símbolo representou importante fator de atração para as massas, em torno de uma ideologia que considera falaciosa.





Fonte:  WP



(JA, Ago19)

,

Postagens mais visitadas deste blog

Energia, Frequência e Vibração

Na palavras de Nicolas Tesla, 1856-1943 , o inventor do rádio e da corrente alternada: ‘Se você quer descobrir os segredos do Universo, pense em termos de energia, frequência e vibração’. Tudo no universo é energia, manifestada através de vibração, produzida numa dada frequência, criando a matéria. No interior de cada átomo que compõe a matéria, existem apenas padrões vibracionais. A física quântica e relativística, que constituem a  física moderna, definem que vivemos num mundo de energias, frequência e vibrações, as  quais manifestam o mundo físico. Somos seres vibracionais. Cada vibração tem a sua frequência determinada pelo  que sentimos. No mundo ‘vibracional’ existem apenas duas espécies de vibrações: a positiva e a negativa. Qualquer sentimento resulta na emissão de uma vibração, em determinada frequência, que pode ser positiva ou negativa. A energia enviada para o universo encontra um campo de energia semelhante, onde ela é otimizada pelo conjunto. Es...

Petit, o Menino do Rio

  Petit, na verdade José Artur Machado foi o surfista talentoso de espírito livre que nunca cresceu. Com seus 1,80 de altura, loiro de pele bronzeada e olhos verdes,  tornou-se muito conhecido pelos frequentadores da praia do Pier e Ipanema. Principalmente pelas jovens, que o apelidaram de Mel. Seu jeito de viver a vida livremente inspirou Caetano que depois de horas de conversa com Petit escreveu a música eternizada na voz de Baby. Petit representou como ninguém a geração saúde, termo que aliás não existia. Praticante de jiu-jitsu, cuidadoso com seu corpo, surfista e modelo free lancer.   O triste fim de Petit Apesar de ter sido personagem de uma música tão famosa ele não mudou seu comportamento. Levava a vida com naturalidade. Por algum motivo começou a usar drogas, talvez pelas influências ou por própria escolha. Isso quebraria um pouco de seu encanto sobre os frequentadores das praias cariocas? Não podemos afirmar. Mas um trágico acidente de moto oc...

Família Jafet, 133 anos em São Paulo

Residência família Jafet, 730 A Família Jafet é uma família de origem libanesa radicada na cidade de São Paulo ao final do século XIX . Pioneiros da industrialização paulistana, seus membros criaram um dos maiores grupos empresariais familiares do Brasil, com empreendimentos no ramo têxtil, mineração, metalurgia, siderurgia, serviços financeiros e navegação. Dedicaram-se ativamente à filantropia, tendo liderado a fundação de instituições como o Hospital Sírio-Libanês, o Clube Atlético Monte Líbano, o Clube Atlético Ypiranga e o Esporte Clube Sírio. Contribuíram com doações significativas para o Hospital Leão XIII (hoje São Camilo) , o Museu de Arte de São Paulo, e a Universidade de São Paulo. Os Jafet foram responsáveis pela urbanização do histórico bairro do Ipiranga, onde instalaram suas primeiras unidades fabris, realizaram obras de infraestrutura e construíram palacetes de grande valor arquitetônico, diversos deles hoje tombados. ‘Os Jafets todos são bons, t...