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Brasil, o país do futuro?



Diante do impasse político que estamos vivendo atualmente no Brasil – a não existência de um candidato ideal para a Presidência da República em 2018, o que fazer?

Em primeiro lugar, é necessário definir o que seria um candidato ideal nestas alturas. É difícil dizer, mas não seria um erro definir que deveria ser alguém de mente aberta, experiente em administração de pessoas e de projetos, além de ter capacidade de trabalhar sob pressão, sem perder de vista os objetivos propostos. Enfim, um realizador.
Se estivéssemos tratando de um administrador de empresas, essa definição seria óbvia e não mereceria reparo. Entretanto, estamos falando do mundo político em que vivemos, onde as candidaturas, os relacionamentos, são alimentados por interesses pessoais, empresariais , eleitoreiros, e frequentemente financeiros. 
Está certo isso? Alguma coisa está errada! Não é difícil concluir que é necessário mudar esse ambiente,  o sistema.
Se na administração pública adotássemos o modelo de administração que é adotado pelas empresas, onde os administradores normalmente são escolhidos pelos seus méritos pessoais, incluindo aí formação acadêmica, experiência e resultados conquistados, poderíamos mudar essa situação.
Nesse modelo os candidatos se apresentariam relatando o seu histórico, convencendo os eleitores de sua capacidade profissional e pessoal de gestão. Apresentariam uma proposta de governo por etapas que, se fosse o caso, seriam aprovadas nas urnas, e avaliadas durante a sua gestão presidencial pela consecução das metas.
Essa avaliação seria feita por comissões especializadas, criadas de acordo com um projeto de lei, que, anualmente, avaliariam o seu desempenho face as metas propostas,  classificando o resultado como: Ruim, Regular, Bom, ou Ótimo.
E, dependendo do resultado, esse Presidente seria remunerado, premiado, com valores pré-definidos, de acordo com a avaliação. Poderia ser, por exemplo, uma porcentagem do PIB - deduzida a dívida pública existente, se for o caso.
O objetivo é criar uma motivação para o Presidente da República se empenhar mais para cumprir as promessas de campanha, por conta do prêmio, além da sua valorização pessoal junto ao eleitorado.
O critério adotado para escolha e avaliação do Presidente, poderia também ser estendido para preenchimento de outros cargos públicos de maior importância, como por exemplo Ministros, Presidentes da Câmara, do Senado, e de empresas estatais.
O problema que fica é: ‘Como implantar uma mudança dessas que, evidentemente  viria a atender aos interesses da maioria do povo, mas que, por outro lado, contrariaria os dos homens públicos que atualmente estão no exercício de seu mandato, sendo que a eles caberia a aprovação e implementação da mudança?’ A solução fica ainda mais comprometida se considerarmos que esses homens nem sempre são capacitados para fazer o que devem, e que estão habituados a trabalhar no sistema corrompido  atual, onde a maioria procura atender aos seus interesses pessoais e dos seus parceiros.
Uma solução seria que alguma autoridade do próprio governo atual, consciente do problema, assumisse a iniciativa. Essa mudança poderia ocorrer de duas maneiras:
I.  Promovendo a ideia no meio político, conquistando aliados poderosos e, finalmente, conseguindo a aprovação da lei.
II.   Depois de promover a ideia e conquistar fortes aliados, implantar a mudança, ignorando as pessoas que legalmente poderiam fazer isso, mas que não o fariam por não ter interesse, independentemente da necessidade e do anseio público nacional.  
Naturalmente, a primeira solução é a ideal, mas seria  factível?  
A segunda teria um alto custo – haveria uma violação constitucional irreparável, com as consequências decorrentes. Será que valeria a pena pagar? Será que não deveríamos dar mais tempo? Aguardar que as novas gerações que, com uma nova mentalidade, viriam assumindo as funções públicas e, pouco a pouco, mudassem os hábitos, as regras, os critérios.  
O problema que fica, é que isso deve levar décadas. Teríamos ‘fôlego’ para esperar tanto? Além disso, pode ser que essas novas gerações - como aconteceu até hoje-,  acabem sendo assimiladas e envolvidas pela força de atração do sistema existente, e que nada mude, tudo permaneça como está, e que o Brasil continue sempre sendo um país do futuro.  Para pensar...

“Quando não obtemos respostas, devemos insistir nas perguntas”





(JA, Jan18) 



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