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Empatia


Atualmente vivemos num mundo que a moda é apenas olhar para si mesmo. Colocamos nossa felicidade e nossos desejos num pedestal e nos esquecemos de pensar nos outros. É importante desenvolvermos sentimentos como de empatia e solidariedade nesta época individualista em que vivemos. Cooperação e gentileza fazem bem para a nossa própria felicidade, para nossa saúde, e até para a economia.
A competição entre as espécies e os comportamentos egoístas decorrentes, de acordo com o biólogo britânico Richard Dawkins,  são normais, uma vez que o objetivo prioritário dos seres vivos é se propagar.  Isto poderia ser verdadeiro para os nossos ancestrais. Entretanto, diante do processo evolutivo pelo qual passou a humanidade, ficou evidente que nem sempre colocar as próprias vontades e necessidades em primeiro lugar é o mais aconselhável.  Para preservar a sobrevivência da espécie os homens precisaram cooperar uns com os outros, mesmo com os que estivessem fora do seu círculo familiar.
Colaborar com o vizinho não é mais uma questão de vida ou morte. Ainda assim, vale a pena ser generoso. Boas ações estimulam as mesmas partes do cérebro que nos dão a sensação de prazer como quando comemos chocolate.
Além disso, estudos de pesquisadores da Universidade Autônoma de Madri, Espanha, e da Universidade de Montreal, Canadá, mostram que os mais solidários também vivem mais.
Todos somos capazes de nos preocuparmos com os outros. A explicação para isso são as relações e os valores que construímos e adquirimos durante a nossa criação. Eles são decisivos para determinação do grau de importância que damos aos outros.  Para os que não tiveram a oportunidade de desenvolver essa capacidade pelo caminho, ela pode ser aprendida. Uma dessas característica da empatia é saber ouvir – uma qualidade em extinção.  É preciso ouvir os outros com atenção e interesse genuínos, sem interrupções, e sem querer ser o centro das atenções durante a conversa. Ter interesse por realidades distintas das nossas é também uma qualidade comum entre os empáticos. Essas pessoas fazem questão de conhecer novas culturas e universos – seja viajando, seja se colocando em situações que não fazem parte do seu cotidiano.
Num mundo tão interdependente como o nosso, estar disposto a ser generoso é o primeiro passo para recebermos algo em troca, além de ficarmos mais felizes e vivermos mais
Egoísmo inteligente é ter uma visão ampla e reconhecer que nosso próprio interesse individual, a longo prazo, depende do bem estar de todos.

Dicas para melhorar a Empatia:
1.        Acreditar que o ser humano é bom.
Uma maneira de desenvolver essa crença é anotar cada vez que você tiver ou presenciar em outra pessoa um sentimento ou reação de empatia. 

2.        Colocar-se no lugar do outro de uma maneira consciente
Para ajudar a analisar sobre como você enxerga o outro, questionar-se:
  • Como sou visto pelos outros?
  • Eles estão sempre certos a meu respeito?
  • Quando foi a última vez que julguei alguém errado? 
3.        Explorar culturas e realidades diferentes
Maneiras/ recursos para se  mergulhar em realidades diferentes:
  • Praticar algum trabalho voluntário
  • Tentar viver a vida de um total desconhecido
  •  Obrigar-se a viver com uma renda menor do que a sua durante um mês
  •  Cuidar dos sobrinhos num fim de semana ... 
4.        Gostar de Ouvir o que os outros têm a dizer
Seja curioso sobre os outros e não enxergue desconhecidos como potenciais inimigos. Quando falar com alguém, esqueça os assuntos banais; fale sobre ideias e sonhos. Escute as respostas com atenção, evitando interromper. Expor-se é fundamental para ajudar o outro falar. 

5.        Interessar-se por Arte, Literatura e tudo o que nos ajude a conhecer a mente alheia
Assista os filmes com atenção e tente se colocar no lugar dos personagens. Histórias dramáticas que nos levam a épocas e situações que jamais poderíamos viver, são as mais indicadas.  O mesmo vale para outras obras de arte. Faça um esforço para se colocar no lugar e nas situações vividas pelos personagens nas obras de ficção. 

6.        Ter vontade de melhorar o mundo
Depois de seguir todos esses passos a tendência é tornar-se mais empático. Você estará mais atento aos sentimentos e necessidades do outro, e então, será mais fácil perceber como ajudar, tanto ao próximo como ao planeta.  Coloque-se no lugar das próximas gerações. Como você poderá ajudá-las?  Preservando o meio ambiente? Investindo na educação dos mais jovens? ...

Concluindo,  a empatia, além de fazer bem para quem a pratica, tem o poder de despertar bons sentimentos e boas ações. Desta forma, contribui significativamente para a evolução do ser humano e, em decorrência, para construção de um mundo melhor.




       * Roman Krznaric, filósofo, em seu livro ‘Empaty (Empatia)’, Reino Unido
       * Stefan Klein, escritor alemão, em 'Survival of the Nicest’ (Sobrevivência dos Bonzinhos), EUA

(JA, Jun14)


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