Desde criança, incentivado principalmente pelo meu pai, desenvolvi o hábito de leitura. Em decorrência, comecei a escrever particularmente, e, com o passar do tempo, até profissionalmente. Quando adolescente, tive oportunidade de fazer um teste vocacional, e o resultado deu ‘Jornalismo’. Por isso ou por aquilo, não segui essa orientação, mas acabei exercendo funções de trabalho muito relacionadas com a escrita.
Atualmente, tenho três blogs, cada um
relacionado a um assunto, que frequentemente alimento com minhas matérias.
Custou, mas cheguei à conclusão que,
mais difícil do que escrever, é conseguir que as pessoas leiam o que você
escreveu, entrem no conteúdo, apreciem, aproveitem.
A partir de então, passei a me
preocupar, não só com o que eu gostaria de expor, mas também com o que
despertaria interesse no público. Afinal, escrever para você mesmo é um prazer
egoísta, quase sem sentido. Por outro lado, na minha idade, passou a fazer
algum sentido, uma vez que quando você escreve registra seus pensamentos,
sentimentos, os quais, de outra forma,
com o passar do tempo, você acabaria por perder. E, naturalmente, existem fatos,
sentimentos, que importam, faz bem
registrar e poder relembrar, ter sempre presentes.
A preocupação e o empenho em despertar
o interesse público não é uma coisa simples.
O que parece evidente, muitas vezes não funciona. Por exemplo, recentemente escrevi a história
de uma grande e bem sucedida organização empresarial brasileira que, não por
acaso, é onde minha filha trabalha. Publiquei, informei a ela, e não tive
retorno. De outra feita, escrevi sobre a imigração árabe no Brasil, um tema que
interessa e, frequentemente, é alvo de comentários por parte de minha esposa.
Publiquei, informei, e não tive retorno.
É, não é fácil. Mas, independentemente da falta de interesse, é importante para mim, e vou continuar a escrever, mesmo que ninguém se interesse, ou leia. Eu leio o que escrevo.
(JA, Ago20)