Em 1967, JA, através do pai de uma colega do Ensino Médio do Colégio Alexandre de Gusmão, no Ipiranga, conseguiu emprego num banco internacional - o Bank Boston, cuja sede paulista ficava na Av. Libero Badaró, em São Paulo, como ‘Informante Comercial’.
Sua função era obter
informações para os gerentes, sobre os clientes que solicitavam empréstimo. A
maior parte do dia passava fazendo serviço externo - visitava outros bancos,
clientes ou fornecedores do solicitante, pedindo informações sobre eles. Na
outra parte do dia, passava redigindo relatórios, informando o resultado de
suas pesquisas.
A experiência adquirida na
estratégia que desenvolveu para obtenção dos dados, e nos contatos que teve que
fazer, foram muito úteis para o resto de sua vida profissional.
Havia no banco um
departamento chamado ‘Organização e Métodos – O&M’. Nesse departamento
trabalhavam algumas pessoas com as quais JA fez amizade. Eram pessoas um pouco
mais velhas que ele, que passavam confiança e conhecimento – ele as admirava.
O departamento de O&M
realizava estudos que visavam (re)definir as atribuições dos diversos setores do banco,
responsabilidades, e a otimizar a burocracia administrava.
Os analistas, como eram
chamados esses funcionários, dependendo do objetivo do seu estudo, faziam
levantamento, propostas e redigiam Normas e Diretivas Administrativas que, após
aprovadas pela direção da O&M e pelos responsáveis pelas áreas envolvidas, passavam
a ser seguidas. Aparentemente, os analistas estavam a par de todos os processos
existentes, eram influentes, e respeitados nas diversas áreas do banco.
Ficou interessado em trabalhar com eles. Afinal, tinha facilidade de contato, prática e talento para redação. Entretanto, isso não foi possível. Quando questionado sobre a possibilidade, o Diretor deles informou que ali só trabalhavam pessoas já formadas em ‘Administração de Empresas’ ou ‘Economia’, originários das melhores faculdades do país. E esse não era o seu caso. Ainda estava no 2º ano da faculdade de Administração de Empresas, e a sua faculdade não estava entre as que mais se destacavam no cenário.
O colega de faculdade de JA que
trabalhava na Eletroradiobraz, J. G. Martinez, por coincidência (ou não) era
chefe de um dos setores do departamento de O&M - exatamente na área onde ele pretendia trabalhar.
Finalmente, conseguiu a vaga, saiu do banco, e, a partir de outubro de 1969
passou a trabalhar na ‘Eletro’.
Na Eletroradiobraz, JA, que então havia
acabado de concluir a faculdade, começou a exercer as função de ‘Analista de O&M’,
inicialmente como trainee, e depois, Junior e, finalmente, como Sênior.
Dois anos mais tarde, seu
colega saiu da Eletroradiobraz e passou a trabalhar na Mercedes-Benz do Brasil,
em São Bernardo do Campo. Não passou muito tempo, ele convidou um outro colega
de JA,
que também trabalhava na Eletroradiobraz, o P. Astolfo, para ser funcionário da
MBB,
na mesma área. E, em seguida, também convidou JA.
Na MBB, trabalhou
de 1972 a 1988, onde, além de Analista de O&M, exerceu
várias funções na área administrativa. Na sequência foi trabalhar em uma
empresa da área da Educação (Mater Dei), inicialmente como Controller e, no finalmente como
Diretor Financeiro. Ficou nessa empresa até 2011.
Tendo saído do Mater Dei, JA passou a
trabalhar período integral como Consultor Empresarial, na sua própria empresa, que
havia fundado nos anos 2000, a ‘Thoth Serviços de Informática e Documentos Ltda. ME’.
Imagem em Destaque: Boston Bank, JA com amigo Ary, 1968
(JA, Dez22)