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Palhaço Arrelia




O nome do Palhaço Arrelia, 1905-2005, era Waldemar Seyssel. Originário de família circense, desde que nasceu Waldemar foi de circo. Seus pais e até avós eram de circo. 

Contava Waldemar que o avô era um conde francês, que um dia se apaixonou por uma moça de circo, e por ela deixou o seu castelo e tudo o mais. Daí a família ficou sempre trabalhando em circo, vindo para as Américas.

Arrelia, nome que lhe foi dado por um tio, e que o achava muito travesso. Com cerca de um mês de idade entrou em cena, pois precisavam de um garoto chorão. E Arrelia chorava, mas chorava tanto, que aquilo provocava risadas no público. Já maiorzinho, o garoto ‘arreliento’, foi aprendendo de tudo: barras, trapézio, paralelas, trampolim. Era um menino bonito, alto e, quando maior começou a entrar nas ‘pantomimas’ (peças teatrais).

Sempre morou em casas alugadas pela família e não debaixo da lona de circo. A mãe fez questão que ele estudasse. Waldemar Seyssel conseguiu entrar na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, e se formou advogado. Isso foi uma realização e um orgulho para o pai e a mãe, mas nem por isso Waldemar deixou de ser Arrelia.

Já tinha deixado o Circo Chileno, do tio, e formado a Companhia Seyssel. Aí começou a verdadeira ascensão de Arrelia. Instalada no Largo da Pólvora, em São Paulo, a Cia. ficou 11 anos, além de ter ficado em vários outros lugares, e em várias outras cidades.

Nessa época foi inaugurada a TV Tupi de São Paulo, e Arrelia foi o primeiro palhaço a participar, até mesmo nos programas-teste, que aconteceram no Hospital das Clínicas, em São Paulo no começo dos anos 50. Criou quadros famosos, como o que aparecia só com uma bengala, um número fazia delirar os espectadores. Também criou e gravou músicas para o carnaval, e para o folclore nacional, como o ‘Como vai, como vai, como vai ?’.

Só na TV Record ficou 21 anos, apresentando-se todas as semanas com o ‘Circo do Arrelia’. Arrelia, seu irmão Henrique, que o acompanhou sempre, e seu sobrinho Pimentinha, que veio depois, colocaram o circo em uma posição de importância, dentro da televisão. E Arrelia se orgulhava disso, assim como se orgulhava da família.

Nascido em 31 de dezembro de 1905, foi casado com Dona Arlete, com quem teve filhos, netos e bisnetos. Embora já não trabalhasse mais no fim da vida,  nunca perdia oportunidade de fazer graça, criar situações curiosas, engraçadas, vivas,


Foi um exemplo de vida e arte, esse grande palhaço, o Dr. Waldemar Seyssel.





Fonte: Netsaber – Biografias


(JA, Jul19)

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