Pular para o conteúdo principal

A Páscoa vem chegando e com isso...



O simpático coelhinho foi incorporado à Páscoa por meio de contos criados no velho continente. Uma das narrativas mais conhecidas do mundo conta que uma mulher pobre escondeu ovos coloridos num ninho para entregá-los aos filhos na manhã da festividade religiosa. Contudo, quando as crianças descobriram o lugar, um grande coelho passou rapidamente e espalhou os presentinhos, dando aos pequenos a ilusão de que o bicho carregava e distribuía os ovos.

Outra versão ganhou força no continente americano com a imigração alemã, no século 18. Para os alemães, à época, era muito comum esconder ovos de galinha pintados à mão em grandes quintais para as crianças os encontrarem. Agitados com a movimentação dos pequenos, os coelhos que ali viviam saltavam de suas tocas. Com o tempo, os adultos uniram os ovos e os coelhos numa história, dizendo aos filhos que os animais tinham trazido os presentes de Páscoa.

Muito mais que um alegre carregador de ovos, para a religião cristã o coelho se tornou símbolo da ressurreição. No hemisfério Norte, ele hiberna dentro de sua toca durante o inverno e desaparece das vistas. No fim da estação, portanto no período da Páscoa, o coelho é o primeiro animal a sair do abrigo.

Já nos países do hemisfério Sul, como o Brasil, por não haver a hibernação, a explicação esbarra na rápida reprodução, tornando-se um símbolo de fertilidade, fielmente ligado com a tradição religiosa. O Luteranismo acentuou mais a tradição do coelho da Páscoa, enquanto a tradição católica usou o símbolo do ovo..

Não é difícil perceber isso na prática. Imagine, por exemplo, a cara de seu companheiro (a) chegando com um ovo de presente para você e recebendo, em troca, um sacão cheio de barras de chocolate. Boas chances de a reação dele ou dela não ser das melhores quando você disser:

 – Oi, amor, feliz Páscoa! Economizei uma baita grana e ainda consegui mais chocolate para você!

Por falar em ‘baita grana’, por que os ovos são tão mais caros do que a simples caixa de bombons de chocolate?

Ok, mas isso ainda não encerra a questão. Por que, então, a competição entre produtores de ovos não faz com que o preço diminua?

Você pode argumentar: há poucas empresas de chocolate no mercado e, dessa maneira, não temos muita competição. Mas, convenhamos, a tecnologia de produzir chocolates não é tão complicada assim. Outros produtores poderiam invadir o mercado em busca de lucros, o que acirraria a competição e reduziria os preços. E não é isso o que observamos.

Possível explicação: as pessoas não querem arriscar, preferem comprar uma marca na qual confiam. Como sabemos, é uma circunstância especial em que se presenteia uma pessoa querida. Você poderia até optar por uma nova marca que acabou de entrar no mercado. Mas e se o chocolate for ruim? As marcas tradicionais, que povoam comerciais, todo mundo mais ou menos já conhece o sabor.

Lembre-se: o presente não é para você, é para outra pessoa. Isso faz toda a diferença na hora de fazer uma compra.

Há outro ponto a ser analisado, mais relacionado aos ovos de páscoa comprados para a criançada. Pequenos e pequenas estão mais interessados no personagem que é tema do ovo e nos brinquedos que vêm junto. Para muitos deles, o chocolate em si pouco importa.

Vá lá, para fazer um ovo, ‘basta’ derreter o chocolate, colocar numa forma, esperar esfriar e embrulhar num papel bonito. Será que nos dias de hoje, nos daríamos a este trabalho?



Texto:  Thomaz Caspary



(JA, Mar18)

Postagens mais visitadas deste blog

Energia, Frequência e Vibração

Na palavras de Nicolas Tesla, 1856-1943 , o inventor do rádio e da corrente alternada: ‘Se você quer descobrir os segredos do Universo, pense em termos de energia, frequência e vibração’. Tudo no universo é energia, manifestada através de vibração, produzida numa dada frequência, criando a matéria. No interior de cada átomo que compõe a matéria, existem apenas padrões vibracionais. A física quântica e relativística, que constituem a  física moderna, definem que vivemos num mundo de energias, frequência e vibrações, as  quais manifestam o mundo físico. Somos seres vibracionais. Cada vibração tem a sua frequência determinada pelo  que sentimos. No mundo ‘vibracional’ existem apenas duas espécies de vibrações: a positiva e a negativa. Qualquer sentimento resulta na emissão de uma vibração, em determinada frequência, que pode ser positiva ou negativa. A energia enviada para o universo encontra um campo de energia semelhante, onde ela é otimizada pelo conjunto. Es...

Petit, o Menino do Rio

  Petit, na verdade José Artur Machado foi o surfista talentoso de espírito livre que nunca cresceu. Com seus 1,80 de altura, loiro de pele bronzeada e olhos verdes,  tornou-se muito conhecido pelos frequentadores da praia do Pier e Ipanema. Principalmente pelas jovens, que o apelidaram de Mel. Seu jeito de viver a vida livremente inspirou Caetano que depois de horas de conversa com Petit escreveu a música eternizada na voz de Baby. Petit representou como ninguém a geração saúde, termo que aliás não existia. Praticante de jiu-jitsu, cuidadoso com seu corpo, surfista e modelo free lancer.   O triste fim de Petit Apesar de ter sido personagem de uma música tão famosa ele não mudou seu comportamento. Levava a vida com naturalidade. Por algum motivo começou a usar drogas, talvez pelas influências ou por própria escolha. Isso quebraria um pouco de seu encanto sobre os frequentadores das praias cariocas? Não podemos afirmar. Mas um trágico acidente de moto oc...

Grabovoi - O Poder dos Números

O Método Grabovoi  foi criado pelo cientista russo Grigori Grabovoi, após anos de estudos e pesquisas, sobre números e sua influência no nosso cérebro. Grigori descobriu que os números criam frequências que podem atuar em diversas áreas, desde sobrepeso até falta de concentração, tratamento para doenças, dedicação, e situações como perda de dinheiro. Os números atuam como uma ‘Código de desbloqueio’ dentro do nosso inconsciente, criando frequências vibratórias que atuam diretamente na área afetada e permitindo que o fluxo de informações flua livremente no nosso cérebro. Como funciona? As sequências são formadas por números que reúnem significados. As sequências podem ter  1, 7, 16, ou até 25 algarismos, e quanto mais números, mais específica é a ação da sequência. Os números devem ser lidos separadamente, por exemplo: 345682 Três, quatro, cinco, seis (sempre o número seis, não ‘meia’), oito, dois. Como praticar Você deve escolher uma das seque...