B. desde criança teve um dom
inconsciente. Foi perceber isso muitos anos depois quando relacionou fatos, aparentemente
independentes entre si, que ocorreram ao longo de sua vida.
O que esses fatos têm em comum é que, por
isso ou por aquilo, mais por ‘intuição’ do que por qualquer outra coisa, foram decorrência de decisões, atitudes, que ela foi levada a tomar a realizar, que mais tarde demonstraram serem acertadas, e que foram decisivas para definir o seu melhor futuro.
Aos dezessete anos começou a
trabalhar e, embora vivesse na casa dos pais, era responsável pelas suas
despesas. Escolheu a faculdade e o curso
que iria seguir, considerando sempre que teria que trabalhar para pagar seus
estudos. No terceiro ano, por diversos
motivos , atrasou o pagamento de algumas parcelas da anuidade. O Diretor a
chamou e disse que não seria possível a sua promoção para o ano seguinte,
independentemente do resultado das suas notas, se ela não pusesse em dia os
pagamentos. Ela não sabia o que fazer para resolver isso. Oportunamente, fez
algo que era totalmente fora do seu dia a dia.
Soube de um imóvel rural que estava a venda; soube de alguém que queria comprar
um; intermediou e concluiu o negócio; recebeu a comissão de valor muito próximo do que
deveria pagar para a faculdade; e quitou a dívida. .
Toda sua vida profissional bem
sucedida foi decorrente de casualidades que, independentemente da sua
capacidade , determinação e garra, foram acontecendo, uma puxando a outra, no
momento certo, e acabaram por leva-la a uma posição de destaque, considerando a
sua origem.
Quando começou a trabalhar numa multinacional alemã, comprou um pequeno apartamento num bairro de classe média, que ficava relativamente próximo do local de trabalho. (1)
Quando começou a trabalhar numa multinacional alemã, comprou um pequeno apartamento num bairro de classe média, que ficava relativamente próximo do local de trabalho. (1)
Alguns anos mais tarde, soube que um
colega estava vendendo uma casa na praia, no litoral norte de São Paulo. Nunca
tinha pensado nisso, nem se interessava muito em ter um imóvel de veraneio. Mas
se interessou, foi conhecer, viu que era viável, e comprou(2). Oportunamente, o terreno ao lado dessa casa
estava à venda por um preço razoável, e ela o comprou também, integrando e valorizando o seu imóvel original (3.)
Algum tempo depois, deu o pequeno apartamento (1) como sinal para compra de um grande apartamento, do jeito que ela sempre imaginou ter, onde viria a morar por muitos anos.(4)
Algum tempo depois, deu o pequeno apartamento (1) como sinal para compra de um grande apartamento, do jeito que ela sempre imaginou ter, onde viria a morar por muitos anos.(4)
A transferência acabou por não acontecer. Então, surgiu a oportunidade de comprar uma casa dos sonhos, num condomínio fechado, com uma área comum muito grande, onde era possível estar em contato direto com a natureza e, ao mesmo tempo desfrutar de uma casa bonita, espaçosa, com todos os recursos de uma área comum bem panejada: quadras de tênis, piscinas, ... Deu o apartamento que gostava tanto (4) , mais a casa de praia com o terreno vizinho (2), o terreno que havia adquirido por conta da eventual transferência (5), e conseguiu comprar a casa. (6)
Viveu ali por muitos anos, sempre
pensando em como foi possível para ela estar naquele lugar tão maravilhoso,
considerando que, em princípio, não teria condições de tê-la comprado. A compra
foi decorrência de uma série de eventos anteriores que, no momento certo,
permitiram viabilizar, tornar o sonho realidade.
Poderia ainda enumerar muitas outras
ocorrências desse tipo que foram compondo e dando forma ao painel de sua
vida.
No final, bem no final – quando o
estresse era eminente, quando praticamente já não havia mais espaço de manobra, as
coisas acabavam por se ajeitar de uma forma muito positiva. Ela só foi perceber isso muito depois. Então, fez uma coisa que nunca havia feito: agradeceu àquele que a acompanhava e que cuidava
dela para que nada de muito ruim lhe acontecesse, e para que fizesse o que deveria ser feito para o seu bem. Tanto na religião católica como em outras, é citada a figura do 'Anjo da Guarda’ , uma entidade
designada por Deus para nos acompanhar durante a nossa existência, e fazer com
que cumpramos o nosso destino, considerando e compondo um plano maior. Deve ser
isso.
A partir de então, ela se concientizou que nunca havia duvidado da possibilidade de conseguir realizar, concretizar os seus sonhos, e que que havia agido certo quando não desesperou nos
momentos difíceis. Fez o que deveria ser feito, da melhor maneira, e sempre
sentindo uma força amiga orientando, protegendo. Agradeceu pela sua fé, pela crença de que, no final,
independentemente de qualquer coisa, tudo daria certo.
“A fé é tão mais poderosa, quanto mais se acreditar nela. A força da fé, por diversos motivos, não é igual para todos – para uns é mais forte do que para outros. Ela tem o poder de iluminar, e de levar a pessoa para onde deve ir, a percorrer o caminho do seu melhor destino. Nessas condições - tendo fé, o indivíduo pode assumir e aplicar toda a sua energia, e, com determinação e esforço pessoal, conseguir realizar o que precisa.”