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Avenida Paulista




Avenida Paulista no dia da sua inauguração, 1891 - Aquarela de Jules Victor André Martin
A reta de quase 3 km onde ela fica era chamada de Caaguassu, ‘mato alto’ em tupi-guarani. Foi ali que Joaquim Eugênio de Lima, uruguaio formado em agronomia na Alemanha, traçou a avenida e vendeu os lotes em torno à elite paulistana.
Inspirada no barão Haussmann, o prefeito que rasgou bulevares na Paris de Napoleão 3º, São Paulo se modernizou enquanto preservava a segregação: a Paulista foi projetada num platô arejado, mas a ralé foi tocada para a margem de riachos alagadiços e várzeas infectas.
Lévi-Strauss, que morou a uma quadra da Paulista nos anos 1930, comparou-a à avenue Foch. Ligando o Bois de Boulogne ao Arco do Triunfo, nela passaram temporadas Rothschild, Onassis, Mobutu e FHC (num apartamento da família de Abreu Sodré).
Na inauguração, em 1891, ninguém morava na Paulista. As benfeitorias precederam os palacetes: duas pistas largas, fileiras de magnólias e plátanos, chão de pedregulhos brancos. O transporte —sobre trilhos— era moderno, mas subdesenvolvido: burricos puxavam bondes.
Avenida Paulista, 1952
Ao ganhar moradores, a Paulista abrigou poucos barões do café (Prado, Lacerda de Albuquerque). A maioria era de italianos da indústria (Matarazzo, Siciliano) e comerciantes do Levante (Jafet, Salem). Ainda sob a égide do café, formava-se uma nova classe dominante.
Plantado no Oeste Paulista, o café escoava de trem para Santos e ia para o exterior. O capital era acumulado na capital, por imigrantes que tocavam a grande indústria e o comércio atacadista. O impulso à modernização vinha do mercado mundial, da globalização.


A Pauliceia contava 65 mil almas desvairadas quando o Caaguassu virou avenida. A Grande São Paulo, um nó inextricável de 39 municípios, tem hoje 21 milhões de moradores. Recentemente, num domingo em que 13 das suas entidades culturais abriram as portas de graça, cerca de 1 milhão de pessoas passeou pela avenida.

Fonte: Mário Sérgio Conti    |   FSP

(JA, Mar18)

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