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África Ensina



A propósito do comentário feito por Donald Trump lamentando que os Estados Unidos estivessem atraindo imigrantes de ‘shithole countries’ -países de merda, como o Haiti  e nações africanas, quando seria preferível receber noruegueses. Não consigo imaginar o que levaria um norueguês, nos dias de hoje, a querer emigrar para a terra do Tio Sam. 

Quanto à África, Botsuana, país africano de apenas 2 milhões de habitantes, dá ao mundo lições de diplomacia. Diante da recente grosseria de Mr. Trump, seu governo não se calou, como os de outros países, mas tampouco se pôs a vociferar: simplesmente solicitou ao embaixador americano que esclarecesse se os Estados Unidos consideram seu país um ‘shithole’. Bem que o homem do Tweeter poderia aprender relações internacionais com eles.
Em vários aspectos, aliás, os Estados Unidos -e, é claro, também o Brasil- teriam o que aprender com a experiência de países africanos. Em sua última coluna no New York Times, Nicholas Kristoff dá  exemplos:
 ➤    Em Serra Leoa, um programa de governo lançado em 2010 garante cuidados gratuitos de saúde para crianças abaixo de cinco anos, bem como para grávidas e lactantes, incluindo cuidados pré-natais e partos.
➤     Em Ruanda, praticamente todas a meninas e adolescentes são vacinadas contra o HPV, e se espera que o câncer cervical esteja erradicado até 2020.
➤    Na Nigéria, 93% das casas recebem sal iodizado, de modo a prevenir o hipertireoidismo -nos Estados Unidos, é pouco mais da metade.
➤    Nos países ao sul do Saara, a proporção do aleitamento materno nos seis primeiros                  meses de vida é de 42% -(praticamente igual à brasileira, enquanto nos Estados Unidos          fica em  apenas 20%. Em Ruanda, atinge impressionantes 87%.
 ➤ Não são raros os africanos poliglotas. No Quênia, por exemplo, são muitos os que                   transitam    em três línguas: além do idioma tribal, falam o suaíli -muito comum no leste       da África- e o inglês. Os Estados Unidos, como o Brasil, estão cheios de monoglotas.
Em contraste com outras partes do mundo, o Uganda aceitou mais de um milhão de refugiados do Sudão. E o Níger, país pequeno, acolheu 165 mil refugiados da Nigéria que haviam sido vítimas dos ataques do Boko Haram.
Como qualquer parte do mundo, a África tem seus problemas. Mas há muita gente batalhando para lidar com eles.
Enquanto sonham com seus noruegueses, Mr. Trump e sua gente não enxergam as reais contribuição dos imigrantes vindos de países pobres. E nem gestos heroicos, como o de Emmanuel Mensah, jovem soldado nascido em Gana. Num incêndio ocorrido no Bronx, Nova York, no final de dezembro, ele entrou quatro vezes no prédio em chamas para retirar pessoas que estavam lá dentro. Na quarta, não conseguiu sair e foi uma das doze vítimas fatais do incêndio.

Botsuana

Botsuana decuplicou o PIB nas últimas quatro décadas. Sua renda per capita, em medida que compara os poderes de compra, ultrapassou a brasileira em 2014 e não vai parar tão cedo de abrir distância.

A pequena nação mediterrânea do sul da África, com 2 milhões de habitantes, pratica versões dos regimes abertos e competitivos na política e na economia em modo estável há 50 anos. O baixo nível da corrupção percebida indica boa adesão ao primado da lei.


Texto:  A.C. Bôa Nova   |   AMDG


(JA, Jan18)

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