A família de Hebe Camargo, falecida em 2012, vendeu a casa que a apresentadora mantinha desde a
década de 80 no Condomínio Costa Verde Tabatinga,
em Caraguatatuba. O imóvel teria sido vendido há três meses, mas não se sabe o
valor da venda, nem quem o adquiriu.
O filho da apresentadora, Marcello, chegou a usar imóvel no
primeiro semestre deste ano. Claudio Pessutti, sobrinho e assessor direto da
apresentadora, que morreu em janeiro deste ano de Covid-19, passou a primeira parte da quarentena na casa da Tabatinga
ao lado da família. Mas, assim que o número de casos diminuiu, ele teria
voltado a São Paulo para trabalhar, onde ele teria sido contaminado, vindo a
falecer.
A marina, que ela possuía na Tabatinga, em sociedade com
Pessutti, que se encontrava arrendada, também foi vendida, já faz alguns anos.
Hebe tinha uma ligação muito grande com Caraguatatuba, cidade
que frequentava desde a década de 60,
onde morava sua irmã Cida. Seu cunhado Rubem Gnecco chegou a ocupar o cargo de
prefeito da cidade.
No início da década de 80, Hebe conheceu a praia da Tabatinga, onde seu filho Marcello Camargo tinha casa de veraneio no bairro. Hebe encantou-se com o condomínio Costa Verde Tabatinga, um dos mais valorizados do litoral paulista, e comprou uma casa no local.
Fez muitas amizades no condomínio, entre elas, com Cláudia Moraes (dona da Kopenhagen) e com o jornalista e empresário J. Hawilla (da empresa de esportes Traffic). Adorava jogar pôquer. Participava das rodadas de pôquer com Hawilla, o técnico Wanderley Luxemburgo, seu sobrinho e empresário Cláudio Pessuti, e outros empresários que tinham casa no condomínio Tabatinga.
A apresentadora, também, adorava caminhar pela areia da praia até o quiosque do Na Manha, onde apreciava uma caipirinha e se deliciava com os aperitivos de frutos do mar feitos por dona Glória. Tornou-se uma grande amiga da família ‘Na Manha’.
Hebe recebeu várias vezes prefeitos e pessoas da cidade em
sua casa de veraneio. Muitos deles participaram de seus programas ne televisão,
onde a cidade era muito divulgada. A apresentadora chegou a investir na cidade,
foi dona de uma marina na Tabatinga, administrada pelo Jorginho Apes. Após a
sua morte, seu filho Marcelo continuou frequentando a cidade, até o primeiro
semestre deste ano.
Hebe sempre divulgou a cidade em seus programas de TV. Na
década de 60, quando ocorreu a tromba de água em Caraguá (18 de março de 1967),
Hebe usou seu programa, na época na TV Record, para solicitar ajuda para a
cidade, e para as pessoas que ficaram desabrigadas. Na época, sua irmã residia
na cidade.
A apresentadora adorava passear com sua lancha pela baia da Tabatinga. A lancha, que chamava New Star, ficava atracada entre a Ilha do Tamanduá e o condomínio Costa Verde Tabatinga. Hebe tomava uma caipirinha, beliscava uns aperitivos e ‘jogava’ conversa fora. Ela adorava. Hebe ficava bem à vontade na Tabatinga.
A herança de Hebe Camargo, avaliada em cerca de R$ 60 milhões, foi dividida meio a meio entre o filho, Marcello de
Camargo Capuano, e o sobrinho, Claudio Pessutti, que foi seu empresário por 17 anos e a quem ela considerava um filho.
De acordo com informações, o patrimônio incluía sua famosa
mansão no Morumbi, a casa de veraneio em Caraguatatuba, carros de luxo, entre
eles, duas Mercedes-Benz, além de joias.
Morte
Completaram-se nove anos da morte da apresentadora de
televisão Hebe Camargo. Hebe morreu no dia 29 de
setembro de 2012, devido a um câncer.
Desde a sua morte, em 2012,
Hebe Camargo nunca mereceu uma homenagem digna em Caraguatatuba, cidade que
frequentou desde a década de 60, onde mantinha casa de veraneio, e que sempre
fez questão de divulgar em seus programas de televisão.
Hebe teria sido a veranista mais famosa de Caraguatatuba.
Assim, como foi o apresentador Clodovil Hernandez, em Ubatuba. Ambos, no
entanto, continuam sem uma homenagem respeitosa por parte das autoridades das
duas cidades.
Caraguatatuba e Ubatuba chegaram a ‘ensaiar’ alguma coisa
relacionada as homenagens, mas nada de digno foi concretizado. Os dois, Hebe
Camargo e Clodovil, foram importantíssimos como veranistas nas duas cidades. Se
consideravam ‘moradores’, pois Caraguatatuba e Ubatuba era o ‘refúgio’ ideal
para eles, locais de tranquilidade, felicidade e alegria. Quem conviveu com
eles, sabe disso.
As duas cidades poderiam lucrar muito turisticamente com a
instalação de um acervo de um deles, ou transformando suas casas em um tipo de
museu. Seria uma bela homenagem, e um excelente atrativo.
‘Hebe sempre mereceu uma homenagem por parte das autoridades
de Caraguatatuba. Ela foi uma das maiores divulgadoras da beleza da cidade.
Muita gente, inclusive, famosos, adquiriam imóvel na região incentivados por
ela’, comentou Alberto Oliveira, um dos filhos de dona Glória e do Na Manha.
Claudio Pessutti, sobrinho e assessor direto da
apresentadora, morreu em janeiro deste ano de Covid-19. Claudio era responsável por todo acervo de Hebe Camargo e
pretendia inaugurar, em março de 2022,
o Instituto Hebe Camargo, entidade que prestaria assistência à artistas
necessitados, e à mulher. Com a morte de Pessutti, não se sabe o que será feito
com o instituto.
Marcello Camargo, filho da apresentadora Hebe Camargo,
relembrou os nove anos de partida da artista que marcou a vida dos brasileiros
com sua alegria e sabedoria. Em entrevista para a ‘Caras Digital’, ele comentou
sobre a data.
‘Tem tudo para ser uma data triste que a gente lembra. A saudade e é eterna, né? Ficaria meio cabisbaixo, deprimido, mas é tudo o que ela não queria! Hebe Camargo é sobre celebrar a vida’, disse.
Fonte: Salim Burihan
(JA, Set21)