Nosso dia a dia é constituído por rotinas que vamos acumulando ao longo da vida. Mesmo a eventos imprevistos, reagimos obedecendo a um determinado padrão.
Porém, nem sempre, as nossas rotinas, o nosso padrão, são os
mais adequados. O indicado é sempre questioná-los e, à medida do possível,
aperfeiçoá-los.
Seguem abaixo alguns exemplos bem-sucedidos.
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Preparação do café da manhã
Por anos e anos, uma senhora vinha
preparando seu café da manhã, da mesma maneira: retirava mel do seu recipiente
com uma colher; colocava-o numa tigelinha; deixava o mel escorrer da colher; e,
depois, preenchia a tigela com Yogurt. Mexia o mel e o Yogurt com a colher, e,
com dificuldade, conseguia misturá-los bem.
Num determinado dia, refletindo,
tentou fazer de um modo diferente: colocou o Yogurt na tigela e, depois, o mel
por cima. Eureka! Misturar ficou muito mais fácil.
¡ Limpeza dos dentes
Um
senhor de seus 70 anos sempre escovou seus dentes da
mesma maneira.
Embora
utilizasse fio dental, e fizesse a escovação a cada refeição, seus dente apresentavam
manchas, pareciam sujos.
Refletindo, chegou à conclusão que não estava praticando a escovação da forma correta. Procurou se informar, verificou que realmente havia falha, e corrigiu o processo. Daí a algum tempo seus dentes perderam as manchas, voltaram a brilhar.
¡ Controle financeiro
O
Diretor Financeiro de determinada empresa sempre foi o responsável pelos recebimentos
e pagamentos do negócio. Um dia, o
Diretor Geral, refletindo, considerou que não era adequado que a mesma pessoa
responsável por movimentar o fluxo de dinheiro da empresa, fosse responsável
também pelo seu controle.
Então, para esse fim, instituiu a função de ‘Controller’, ou de ‘Gerente de Controladoria’, respondendo diretamente a ele. Ao Controller foi atribuída a responsabilidade da coordenação dos processos de gestão econômica, financeira, e patrimonial da empresa.
Atualmente, seu papel é fundamental. Através da análise dos seus relatórios gerenciais, e do estudo de variáveis macroeconômicas relevantes, a diretoria passou a ter informações que possibilitaram estabelecer ações a nível estratégico, tático e operacional, que impactaram os diversos setores da empresa, com resultados positivos nunca alcançados.
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Saindo para dirigir
Ao entrar
no seu carro e colocar a chave no contato, o proprietário, há vários anos,
ouvia um chiado contínuo, que durava cerca de um minuto. Imaginava que o fato
de colocar a chave no contato, acionava o sistema central do veículo. E, para
não atrapalhar, ficava aguardando a conclusão do processo, antes de colocar o
veículo em movimento.
Entretanto, oportunamente, foi
informado que o ruído não era o que pensava - era um alarme destinado a avisar
ao motorista da necessidade da colocação do cinto de segurança...
É indiscutível que a maioria leva a vida seguindo rotinas - hábito de fazer algo sempre do mesmo modo, mecânica, rotineiramente. Assumimos as rotinas devido à nossa formação familiar, social, profissional, escolaridade, emocional etc.
As rotinas são úteis, desde que sejam eficazes, facilitem a
nossa vida. Entretanto, muitas vezes, elas nos alienam da realidade.
Se questionarmos os diversos passos das nossas rotinas,
podemos chegar à conclusão que algumas que fazemos de forma automática, há
tanto tempo, poderiam ser feitas de uma maneira mais produtiva, mais fácil, ou até
eliminadas.
Isso vale para nossas rotinas pessoais (dormir, acordar, escovar os dentes,
tomar banho, leitura, alimentação, exercícios etc.); bem como para as profissionais (relacionamento com os colegas,
chefias/subalternos, sócios, clientes, planejamento, desenvolvimento de tarefas
etc.); e sociais (relacionamento com amigos, marido/esposa, filhos, familiares,
vizinhos etc.).
Ao analisarmos as nossas rotinas, a cada etapa, em cada um
desses casos, podemos descobrir que, eventual e muito provavelmente, o
procedimento que adotamos poderia ser modificado, de forma a tornar nossas
ações mais racionais em relação ao seu objetivo ou no modo de execução, evitando
repetições, postergações, atritos, passos / tarefas desnecessárias.
Um benefício paralelo é que, quando questionamos nossas
rotinas durante a sua execução, estamos saindo do automático, e passando a
viver verdadeiramente o momento que dedicamos a elas. Em outras palavras,
assumimos conscientemente a totalidade do nosso tempo, da nossa vida.
Esse tipo de atitude não é para acontecer apenas uma vez, de
vez em quando; deve ser recorrente, pois tudo está em constante transformação.
O que é adequado para hoje, pode não ser amanhã. Portanto, o questionamento que
sempre deve ser feito:
‘Isto é necessário, essa
é a melhor maneira de fazer isso?’
Assim, estaremos mais alertas, e poderemos aproveitar bem o esforço e tempo dedicados, para atingir o que for melhor para nossa vida.
(JA, Out21)