Pular para o conteúdo principal

Bandeira da Cidade de São Paulo







A bandeira paulistana é branca, traz a Cruz da Ordem de Cristo em vermelho e ostenta o brasão do município no centro.

O branco simboliza a paz, a pureza, a temperança, a verdade, a franqueza, a integridade, a amizade e a síntese das raças.

O vermelho simboliza a audácia, a coragem, o valor, a galhardia, a generosidade e a honra.

A cruz evoca a fundação da cidade.

O círculo, emblema da eternidade, afirma a posição de São Paulo como capital e líder de seu estado. O círculo envolve o brasão do município de São Paulo. 

O brasão consiste num braço armado empunhando um pendão branco, de de quatro pontas farpadas, ostentando a cruz da Ordem de Cristo. O pendão está fixado em uma haste lanceada, em prata.  Encimando o escudo há uma coroa em ouro, com quatro torres, três ameias, com uma porta cada. Suportes: dois ramos de café, frutificados, na sua cor natural.  Divisa: ‘Non ducor duco’ (não sou conduzido, conduzo).
.



A cruz da Ordem de Cristo estampada na bandeira paulistana é uma herança direta da 'Ordem dos Cavaleiros Templários', ou dos ‘Cruzados’.

Os templários foram aqueles homens responsáveis pela expulsão dos muçulmanos da Península Ibérica, e pela retomada da dominação cristã naquela região europeia, além, é claro, das cruzadas em toda a Europa Medieval e o Oriente-Médio.

Eles eram aventureiros, cavaleiros e guerreiros cristãos, que guerreavam em prol da expansão do cristianismo pelo mundo.

A organização da Ordem dos Templários existiu por dois séculos, de 1118 a 1312. Em 1312 o Papa Clemente V aboliu a Ordem do Templo. Os cavaleiros templários estavam estabelecidos em Portugal desde o ano de 1122, onde tiveram papel importante na reconquista e na construção de inúmeras fortalezas no país.

Devido a grande contribuição que os templários tiveram em Portugal, o Rei Dinis I se recusou a perseguir os templários e, após dialogar com o papa, estabeleceu uma nova Ordem para os Templários. Essa nova ordem seria agora obediente ao rei português.

Sete anos depois da abolição, em 1319, é criada em Portugal a ‘Ordem de Cristo’ para os templários. Inicia-se então uma nova ‘Cruzada’, mas desta vez em águas marinhas, sendo Portugal o primeiro país ultramarino da história.

Com isso, a recém formada Ordem de Cristo viria a crescer, em importância e poder.

O Reino de Portugal estabeleceu que a Ordem de Cristo teria direito às terras descobertas e conquistadas, além de uma parte dos lucros. Essa medida incentivou a Ordem de Cristo a expandir os domínios portugueses e, consequentemente, a expansão de Portugal.

Em muitas pinturas retratando a  chegada dos navios portugueses no Brasil, está estampado  nas velas o logo da Ordem.  Martim Afonso de Sousa, que era da Ordem, juntamente com Brás Cubas, Antônio Rodrigues e João Ramalho (náufrago que já habitava a região), e que tinha grande amizade com o Cacique Tibiriçá, oficializou, em 1531,  um povoado já existente, como sendo a primeira vila da América Portuguesa, batizando-a de ‘São Vicente’.

São Vicente tornou-se a primeira vila e município da América Portuguesa fundada pela Ordem. Em  22 de agosto de 1532, foi eleita a primeira câmara de vereadores da cidade  – foi  a primeira eleição democrática nas Américas.

Iniciou-se a cultura da cana-de-açúcar e Martim Afonso ordenou a construção, no Engenho dos Erasmos, de  um Castelo - destruído posteriormente por Cavendish.

A missão dos cavaleiros da Ordem de Cristo não era meramente colonizar, como é ensinado, mas expandir o Cristianismo por meio do Reino Português. Esse era o papel dos cavaleiros templários de outrora, ou seja, a presença portuguesa no que hoje é São Paulo, é uma consequência direta das novas cruzadas e da expansão cristã.

A fundação da vila de São Vicente, marcou o início da exploração do gigantesco continente da América Portuguesa. Daquela região litorânea partiram as primeiras expedições vicentistas da Ordem para o interior, inclusive o comboio que fundaria a cidade de São Paulo.

Na região do planalto paulista, na aldeia de Piratininga, governada pelo Cacique Tibiriçá, os jesuítas fundaram, por ordem do Padre Manuel José da Nóbrega, o Colégio de São Paulo, destinado à conversão dos índios. Essa fundação marca a  origem da atual cidade de São Paulo.

Até o meio do século seguinte, São Paulo quase não tinha importância no contexto geral da colônia, desenvolvendo apenas a agricultura de subsistência. Porém, os descendentes vicentinos e paulistas daqueles grandes exploradores, que se casaram com as nativas guaianases, herdaram as características sertanistas, aventureiras e exploratórias, de seus antepassados da Ordem de Cristo e da extinta Ordem do Templo. Essas, mescladas com técnicas indígenas de sobrevivência, resultou no espirito que orientou as ‘Bandeiras’.

O termo ‘bandeirantes’ se deve ao fato das expedições serem sempre conduzidas por alguém portando uma bandeira, com as insígnias representativas do chefe da expedição, ou mesmo a bandeira da Ordem da Cruz de Cristo, conforme consta no atual brasão da cidade de São Paulo.

Em 1603, Benedito Bastos Barreto cita sobre os bandeirantes paulistas: ‘Nas matas, nunca d'antes desbravadas, tinham a mesma naturalidade daqueles que as ostentavam em suas caravelas, quando singravam os mares nunca d'antes navegados’.

Logo no começo do século XVII, os bandeirantes começaram a exploração dos arredores de São Paulo em busca de minérios, principalmente na região do Pico do Jaraguá, e descobriram ouro. Essas expedições fez com que eles ampliassem os limites conhecidos da antiga colônia, incorporando ao Brasil diversos territórios que, de acordo com o Tratado de Tordesilhas, pertenciam à Espanha, além da descoberta de ouro pelos paulistas na região que é hoje Minas Gerais.

Onde quer que fossem os bandeirantes paulistas, transportavam com eles a bandeira da Ordem de Cristo. A capitânia São Vicente teve na sua bandeira o símbolo da Ordem da Cruz de Cristo, até 1719.

Os paulistas sempre tiveram características exploratórias e interiorizadoras. Tal fato pode ser explicado, justamente por conta da cultura e tradição que foi repassada de geração em geração, começando pelos bandeirantes, tropeiros, até chegar aos boiadeiros - todos possuíam a origem paulista, e o mesmo espírito explorador, aventureiro e sertanista.

Até pelo menos 1987, a cidade de São Paulo não tinha uma bandeira oficial, com exceção do brasão.

A atual bandeira paulista foi instituída em 5 de março de 1987 pelo então prefeito Jânio Quadros, mantendo o formato original. Antes dela, a bandeira era toda branca com o brasão da cidade ao centro. A atual traz a Cruz da Ordem de Cristo, e ostenta o brasão do município no centro, sobre círculo branco debruado de vermelho.







Fonte: Rizzoni, Orgulho de Ser Paulista  |   Dvs. 


(JA, Nov19)





Postagens mais visitadas deste blog

Energia, Frequência e Vibração

Na palavras de Nicolas Tesla, 1856-1943 , o inventor do rádio e da corrente alternada: ‘Se você quer descobrir os segredos do Universo, pense em termos de energia, frequência e vibração’. Tudo no universo é energia, manifestada através de vibração, produzida numa dada frequência, criando a matéria. No interior de cada átomo que compõe a matéria, existem apenas padrões vibracionais. A física quântica e relativística, que constituem a  física moderna, definem que vivemos num mundo de energias, frequência e vibrações, as  quais manifestam o mundo físico. Somos seres vibracionais. Cada vibração tem a sua frequência determinada pelo  que sentimos. No mundo ‘vibracional’ existem apenas duas espécies de vibrações: a positiva e a negativa. Qualquer sentimento resulta na emissão de uma vibração, em determinada frequência, que pode ser positiva ou negativa. A energia enviada para o universo encontra um campo de energia semelhante, onde ela é otimizada pelo conjunto. Es...

Petit, o Menino do Rio

  Petit, na verdade José Artur Machado foi o surfista talentoso de espírito livre que nunca cresceu. Com seus 1,80 de altura, loiro de pele bronzeada e olhos verdes,  tornou-se muito conhecido pelos frequentadores da praia do Pier e Ipanema. Principalmente pelas jovens, que o apelidaram de Mel. Seu jeito de viver a vida livremente inspirou Caetano que depois de horas de conversa com Petit escreveu a música eternizada na voz de Baby. Petit representou como ninguém a geração saúde, termo que aliás não existia. Praticante de jiu-jitsu, cuidadoso com seu corpo, surfista e modelo free lancer.   O triste fim de Petit Apesar de ter sido personagem de uma música tão famosa ele não mudou seu comportamento. Levava a vida com naturalidade. Por algum motivo começou a usar drogas, talvez pelas influências ou por própria escolha. Isso quebraria um pouco de seu encanto sobre os frequentadores das praias cariocas? Não podemos afirmar. Mas um trágico acidente de moto oc...

Grabovoi - O Poder dos Números

O Método Grabovoi  foi criado pelo cientista russo Grigori Grabovoi, após anos de estudos e pesquisas, sobre números e sua influência no nosso cérebro. Grigori descobriu que os números criam frequências que podem atuar em diversas áreas, desde sobrepeso até falta de concentração, tratamento para doenças, dedicação, e situações como perda de dinheiro. Os números atuam como uma ‘Código de desbloqueio’ dentro do nosso inconsciente, criando frequências vibratórias que atuam diretamente na área afetada e permitindo que o fluxo de informações flua livremente no nosso cérebro. Como funciona? As sequências são formadas por números que reúnem significados. As sequências podem ter  1, 7, 16, ou até 25 algarismos, e quanto mais números, mais específica é a ação da sequência. Os números devem ser lidos separadamente, por exemplo: 345682 Três, quatro, cinco, seis (sempre o número seis, não ‘meia’), oito, dois. Como praticar Você deve escolher uma das seque...