Caso 1
Uma moça, tinha um emprego regular e
morava em uma casa, com mãe e o irmão. Ela era solteira. Gostaria de poder
dividir sua vida com alguém, sair daquele ambiente limitante em que vivia. Mas,
devido às tentativas anteriores fracassadas, por isso ou aquilo, havia até
desistido dessa possibilidade, evitando pensar nisso.
Um rapaz, descasado já há mais de um
ano, com um filho que morava com a mãe (a ex-mulher), tinha um bom emprego e
morava sozinho, em um apartamento. Acostumado com a vida em família, se sentia
solitário vivendo como vivia. Mas, apesar disso, ia levando a vida, da melhor
maneira.
A moça, como fazia eventualmente, foi
ao Shopping dar uma olhada nas vitrines e, talvez, comprar alguma coisa. O rapaz, que também havia ido a esse
Shopping, vinha descendo pela escada rolante quando viu a moça no andar
debaixo. Ela lhe chamou a atenção. Tinha
traços bonitos e uma expressão e olhar tranquilos, próprios de quem é uma boa
pessoa. Ele trocaram olhares e ele, sentido haver espaço, a convidou para tomar
um café. Isto aconteceu há muitos anos atrás. Eles estão casados desde então.
Têm filhos e, naturalmente, uma vida em comum, completamente diferente e
independente da vida passada. Suas
realidades foram alteradas desde aquele primeiro encontro.
Caso 2
Um jovem que havia acabado de entrar na faculdade,
tentou ser transferido no banco em que trabalhava para uma área na qual ele
identificava maiores chances de evolução profissional, além de ter a ver com ao
curso que estava iniciando. Entretanto, não conseguiu. Então, através de um colega da faculdade, que
trabalhava numa outra empresa nessa área, depois de muito insistir, conseguiu uma entrevista e,
finalmente, ser admitido, realizando seu objetivo.
Lá, ele conseguiu melhorar seu nível
salarial e adquiriu experiência na atividade em questão. Oportunamente, alguns
anos depois, um de seus colegas de empresa foi trabalhar numa multinacional, na
mesma área. Depois de várias tentativas, conseguiu também ser contratado por
aquela empresa. Ali ele permaneceu por muitos e muitos anos. Seu nível salarial
e responsabilidades foram crescendo e ele, no finalmente, adquiriu uma posição
e patrimônio invejáveis para alguém da sua idade. Sua realidade foi alterada a partir daquela
sua iniciativa inicial, quando pretendeu trabalhar em tal área e,
principalmente, quando não conseguiu, insistiu com seu colega da faculdade para
arrumar uma entrevista e conseguir o emprego que almejava.
O que há de comum nesses dois casos? Por que a
realidade deles pode ser mudada tão radicalmente? Basicamente, foram quatro
fatores:
- Pré-disposição para uma mudança.
- Definição de um objetivo
- Criação de condição para surgimento de uma oportunidade
- Foco e determinação para aproveitamento da oportunidade
Interessante observar que a realidade
de cada um vai mudando simultaneamente com outra e outras realidades, se
entrelaçando, tecendo um conjunto que resulta numa vida singular para cada um,
embora encenada em diversos cenários comuns.
Essas realidades alteradas é que
criam a nossa história pessoal, do nosso negócio, da nossa cidade, do nosso
país, da nossa descendência. Todos, de alguma forma, contribuem, uns pouco
outros mais, para que a realidade universal seja o que é atualmente, e como será no futuro.
A pessoa que vive a sua melhor
realidade é uma pessoa feliz. E, como o importante é ser feliz, como se diz,
temos que ir atrás dela e conquistá-la.
A felicidade não é exclusiva; pela sua própria natureza, ela é compartilhada. Assim, você sendo feliz, faz com que outras
pessoas o sejam também, e por aí vai.
Portanto, se alguém estiver insatisfeito com a sua realidade, tendo
chegado à conclusão que ele ela deveria
ser diferente, tem a obrigação, o dever comunitário, de tentar mudá-la. Só
assim a sua vida poderá ser otimizada, ser plena, viabilizando sua realização
pessoal e profissional, em benefício de toda a sociedade. Observar que, a
pessoa estando conscientizada da necessidade da mudança, tendo chegado nesse
ponto, já cumpriu o primeiro fator: ‘Pré-disposição para uma mudança’. Falta
apenas cumprir os demais.
E, se eventualmente, tentar e não
conseguir, não importa. Ela se sentirá feliz por, pelo menos, ter tentado, ao
invés de ficar imobilizada, na espera, maldizendo seu destino, desperdiçando
tempo e energia. Todos, independentemente da situação ou estado em que estejam,
sempre poderão reconstruir a sua realidade, redirecionar o seu destino. Mesmo tendo falhado
uma vez, ou mais vezes, sempre surgirão novas oportunidades. As oportunidades,
são como plantas: precisam ser regadas para germinar e florescer. Algumas
morrem, não dão frutos; mas, independentemente das perdas, sempre haverá uma
colheita.
"Os vencedores fizeram aquilo que os perdedores não pensaram, não quiseram, não conseguiram, ou não insistiram em fazer.”
(JA, Jul14)