Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família, por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável e menos crítico comigo mesmo. Eu me tornei meu próprio amigo.... Não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou por comprar algo bobo que eu não precisava - como uma escultura de cimento, que agora parece tão ‘avant garde’ no meu pátio. Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser extravagante. Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento. Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo, ou jogando no computador, até as quatro horas, e dormir até meio-dia? Se eu dançar ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 e 70 , e se eu desejar chorar por um amor perdido... Eu danço, eu choro. Vou andar na praia com um maiô excessivamente curto sobre um corpo decadente, e mergu...