É ainda conhecido como o percursor da aviação e da balística.
Leonardo frequentemente foi descrito como o arquétipo do
homem do Renascimento, alguém cuja curiosidade insaciável era igualada apenas
pela sua capacidade de invenção.
É considerado um dos maiores pintores de todos os tempos e
como, possivelmente, a pessoa dotada de talentos mais diversos a ter vivido.
Segundo a historiadora de arte Helen Gardner, a profundidade
e o alcance de seus interesses não tiveram precedentes e ‘sua mente e
personalidade parecem sobre-humanos para nós, e o homem em si [nos parece] misterioso e distante’.
Nascido como filho ilegítimo de um notário, Piero da Vinci, e
de uma camponesa, Caterina, em Vinci, na região da Florença, foi educado no ateliê
do renomado pintor florentino, Verrocchio.
Passou a maior parte do início de sua vida profissional a
serviço de Ludovico Sforza (Ludovico il Moro),
em Milão; trabalhou posteriormente em Veneza, Roma e Bolonha, e passou seus
últimos dias na França, numa casa que lhe foi presenteada pelo rei Francisco I.
Leonardo era, como até hoje, conhecido principalmente como
pintor. Duas de suas obras, a Mona Lisa e A Última Ceia, estão entre as
pinturas mais famosas, mais reproduzidas, e mais parodiadas de todos os tempos,
e sua fama se compara apenas à Criação de Adão, de Michelangelo.
O desenho do Homem Vitruviano, feito por Leonardo, também é
tido como um ícone cultural, e foi reproduzido por todas as partes, desde o
euro até camisetas. Cerca de quinze de suas pinturas sobreviveram até os dias
de hoje; o número pequeno se deve às suas experiências constantes — e
frequentemente desastrosas — com novas técnicas, além de sua procrastinação
crônica. Ainda assim, estas poucas obras, juntamente com seus cadernos de
anotações — que contêm desenhos, diagramas científicos, e seus pensamentos
sobre a natureza da pintura — formam uma contribuição às futuras gerações de
artistas que só pode ser rivalizada à de seu contemporâneo, Michelangelo.
Leonardo é reverenciado pela sua engenhosidade tecnológica;
concebeu ideias muito à frente de seu tempo, como um protótipo de helicóptero,
um tanque de guerra, o uso da energia solar, uma calculadora, o casco duplo nas
embarcações, e uma teoria rudimentar das placas tectônicas.
Um número relativamente pequeno de seus projetos chegou a ser
construído durante sua vida (muitos nem mesmo eram factíveis),mas algumas de suas invenções menores, como uma bobina
automática, e um aparelho que testa a resistência à tração de um fio, entraram
sem crédito algum para o mundo da indústria.
Como cientista, foi responsável por grande avanço do
conhecimento nos campos da anatomia, da engenharia civil, da óptica e da
hidrodinâmica.
Leonardo da Vinci é considerado por vários o maior gênio da
história, devido a sua multiplicidade de talentos para ciências e artes, sua
engenhosidade e criatividade, além de suas obras polêmicas.
Num estudo realizado em 1926 seu
QI foi estimado em cerca de 180.
Uma curiosidade. Por que Leonardo da Vinci escrevia de trás para frente?
O pintor Leonardo da Vinci é uma das figuras históricas mais
importantes do mundo das artes. Entretanto, além de ser o responsável por
pinturas como A última ceia e Monalisa, ele também se destacou como cientista,
matemático, engenheiro, arquiteto, poeta e músico.
Tudo isso entre os anos 1452 e
1519, enquanto viveu. Da Vinci era filho
de uma camponesa, e viveu nas cidades de Milão, Veneza, Roma e Bolonha. Segundo
alguns historiadores da arte, ele é o artista mais importante do Alto
Renascimento.
Esse artista era cheio de peculiaridades que, juntas, faziam
com que ele fosse esse gênio. Mas entre as peculiaridades uma chamava mais a
atenção, o jeito como ele escrevia.
Esse modo de escrever tem um nome específico, é chamado de
especular ou espelho. Ela é uma arte em particular que algumas pessoas que
aderiam a ela queriam fazer como um sinal de sua excepcionalidade, ou
proximidade com as artes mágicas, e uma forma de proteger suas escritas à
possíveis leituras por outras pessoas...
Uma razão poderia ser essa, ou então a possibilidade de que
Da Vinci tivesse uma razão lógica específica, embora ninguém nunca tenha tido
conhecimento, mais detalhes sobre. Mas, algumas hipóteses do porquê ele
escrevia assim são indagadas. Uma das possibilidades era pensar que Da Vinci
era canhoto. Na época do pintor, ser canhoto tinha lá seus problemas. Era
bastante difícil escrever com a tinta da caneta, e logo em seguida ela ser
manchada com sua própria mão.
Então, escrever da direita para a esquerda parecia uma
solução. Essa ideia era uma possibilidade, mas que deixa de ser quando
lembramos que Da Vinci era ambidestro
Uma outra teoria também poderia ser a chance de que,
escrevendo como se fosse num espelho, as ideias ficassem mais protegidas, e
mais difíceis de serem roubadas. Vários eruditos acreditaram nessa teoria por
muito tempo. Mas ela não se sustenta também, especialmente hoje, porque até
mesmo uma criança sabe que se colocar na frente de um espelho, as coisas podem
ser facilmente lidas.
Mas o intrigante é que Da Vinci não usou esse tipo de escrita
para todos os seus registros. Apenas alguns documentos tinham essa forma,
aqueles que tinham ideias ou projetos, ou ainda os textos que ele não queria
que fossem lidos pelas pessoas.
Outra indagação feita, era se o pintor tinha dislexia. Esse
tipo de escrita é notada nas crianças em estágios iniciais da maturidade
evolucionária. Na fase em que processo de leitura/escrita ainda não está
estabelecido.
Por isso, as direções direita-esquerda, e a posição das
letras, ainda é confusa. Decorre daí a suposição é a de que o artista sofria de
dislexia. Mas, não existem dados que refutem ou expliquem essa especulação.
Indo para um lado mais espiritual, uma última teoria supõe
que Da Vinci, supostamente, queria ascender aos planos de consciência
superiores. E essa teoria foi baseada na paixão dele por desenvolver suas
habilidades pessoais. Ele fazia um tipo de exercício para que seu cérebro
trabalhasse, e ficasse melhor, mais ágil e criativo.
E um desses exercícios seria criptografar alguns documentos
que ele não queria que caíssem nas mãos da Igreja. O conhecimento e estudos de
Da Vinci eram provocativos para os dogmas religiosos. Então, dificultar a
leitura de seus achados talvez fosse a forma que ele encontrou de manter a
Igreja longe de algumas de suas ideias. De qualquer modo, o real porquê dessa
escrita distinta não passa de suposições.
(JA, Abr22)