Arquipélago de Alcatrazes: novo ponto de mergulho e turismo náutico
Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes abriu
oficialmente no dia 16 de dezembro, para mergulho e visita
embarcada. A visitação é permitida somente por empresas autorizadas pelo ICMBio, e acontecem de quarta a domingo, das 8h às 16h.
Os amantes da natureza e vida silvestre têm um bom motivo para
comemorar. No último dia 16 de
dezembro, o Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes inaugurou
oficialmente as operações de mergulho autônomo, e visita embarcada na região. O
conjunto de ilhas fica a cerca de 45km
de Ilhabela e São Sebastião, e é considerado um tesouro da vida silvestre. Para
chegar até lá, são cerca de 2 a 3 horas de barco, dependendo das condições do mar.
Conhecido como um dos maiores ninhais de aves marinhas do
Brasil, o arquipélago serviu muito tempo como área de treinamento da Marinha do
Brasil.
Depois de muitos estudos e planejamento, a unidade de conservação ambiental foi liberada para visitação, porém seguindo regras estipuladas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela gestão do Arquipélago de Alcatrazes.
A visitação é operada somente por empresas autorizadas pelo ICMBio, e funcionam de quarta a domingo, das 8h às 16h. Os visitantes poderão fazer mergulho autônomo e livre, ou visita embarcada com mergulho de flutuação, e observação de fauna marinhas (aves, peixes, mamíferos e tartarugas). Não é cobrada nenhuma taxa de ingresso no Refúgio de Alcatrazes para os visitantes, porém, não é permitido desembarcar nas ilhas.
Ecoturismo sustentável
O ecoturismo no Refúgio de Alcatrazes foi planejado com base
em modelos de gestão e experiências nacionais e internacionais, buscando
conciliar a necessidade de conservação do arquipélago dos Alcatrazes com o
turismo e colaborando com o desenvolvimento econômico da região. Para isso, foi
criado um Plano de Manejo pela equipe do Refúgio (ICMBio) com participação do seu conselho consultivo, da Marinha do
Brasil, dos operadores de turismo e pesquisadores parceiros.
O objetivo foi criar normas para minimizar os impactos do
turismo em Alcatrazes, e proporcionar uma experiência qualificada para o
visitante. Os operadores de mergulho em Alcatrazes foram cadastrados e
capacitados, e as embarcações autorizadas passaram por adequações para retenção
total de resíduos, assim é possível evitar danos aos ambientes recifais.
Conheça o Arquipélago de Alcatrazes
O arquipélago dos Alcatrazes impressiona por sua beleza e abriga expressiva biodiversidade marinha e insular. Protegido por duas unidades de conservação marinhas – a Estação Ecológica (Esec) Tupinambás, com área de 2.560,40 hectares; e o Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes, com área de 67.409,12 hectares – busca conservar espécies ameaçadas, endêmicas, e migratórias, e é a maior unidade de conservação marinha de proteção integral da plataforma continental brasileira das regiões Sul e Sudeste.
Em todo o território, são quase 1.300 espécies de flora e fauna, estando pelo menos 93 delas sob algum grau de ameaça de extinção. No arquipélago foram registradas 100 espécies de aves, dentre visitantes e residentes, além de um dos maiores ninhais de aves marinhas do país. Estão protegidas em Alcatrazes 259 espécies de peixes, dentre elas, algumas com destaque em seu papel ecológico ou ameaçadas de extinção, como a garoupa, o tubarão-martelo, o cação-anjo, a raia-viola e a raia-manta.
Monitoramento da Visitação Pública no Refúgio
de Alcatrazes
A visitação do Arquipélago de Alcatrazes é recomendada a quem busca experiências conscientes junto ao meio ambiente, valorizando a área protegida e com interferência mínima nos ecossistemas protegidos.
A equipe responsável pela gestão da unidade de conservação fará o monitoramento dos impactos da visitação ao longo do tempo, garantindo a satisfação dos visitantes e assegurando a sustentabilidade ambiental e econômica das atividades.
Swim Alcatrazes 2022
Prova
Os nadadores foram transportados de barco para o local (ida e volta), partindo do Pier da Praia do
Perequê, Ilha Bela.
Os inscritos para a prova de 1,3 km, entre eles minhas filhas Bianca e Bruna, cumpriram o percurso em torno da ilha dos Alcatrazes, conforme indicado no mapa.
Classificação final dos competidores
Patrocinador - Mormaii
Mormaii é uma empresa brasileira de confecção de roupas,
artigos de surf, e diversos outros tipos de produtos. ‘Mormaii’ é uma palavra
que mistura o apelido de seu proprietário e fundador, o ex-pediatra Marco
Aurélio Raymundo ‘Morongo’, e de sua primeira esposa, Maira, o que também
encaixa com a sua atual esposa Marisa, e com Hawaii.
História
Em 1974, ao sair da faculdade de medicina da
UFRGS, Marco Aurélio foi para Santa
Catarina em busca de um jeito alternativo de viver, instalou-se em Garopaba
onde montou o primeiro posto de saúde da região.
A vila de pescadores só tinha o surf como distração. Como as
águas da região são muito frias Marco Aurélio pensou um tipo de traje que
poderia ser usada no surf.
Nessa época, esteve de férias no sul da Argentina, e
trabalhou como instrutor de mergulho turístico na empresa dos italianos irmãos
Nicoletti. Um dos irmãos, conhecido como Pino, projetava roupas de Neoprene, na
mesma empresa.
O jovem Morongo, mais tarde em viagens para os EUA encontrou o rubatex, um tipo de neoprene. Trouxe para
o Brasil, onde começou a confeccionar manualmente os trajes. Mais tarde,
durante um certo período, em sociedade com um dos italianos. Marco Aurélio, sua
mulher, e até pacientes de hanseníase, costuravam os trajes a mão.
Com a propaganda boca a boca na região, logo se viu obrigado
a procurar meios para produzir mais trajes.
Soube de uma empresa em Caxias do Sul que fabricava máquinas
para tapetes de couro de ovelha. Com apoio do pessoal da fábrica, trabalhou
para adaptar a máquina para a costura do neoprene, e assim Marco Aurélio
conseguiu ter sua primeira máquina que costurava neoprene. Dois anos depois
fundou a Mormaii, a maior empresa do Brasil, e uma das grandes no mundo, em
artigos para surf e outros esportes aquáticos.
Modelo de gestão
Ao longo de quase 40
anos a Mormaii sofreu pelo menos de dez ações trabalhistas, sendo que todas
foram originadas por funcionários de empresas licenciadas, que apenas incluíram
a marca no processo.
Em 2012 a Mormaii fechou um acordo para representar a marca australiana Mambo – uma das líderes na venda de roupas e artigos de surfe – no Brasil.
Fonte: Ilhabela.com.br | Mormaii
(JA, Fev22)