Colégio Anchieta é um colégio
particular localizado no centro de Nova Friburgo-RJ, à Rua General Osório, nº181. O prédio
principal, mais antigo, é uma edificação em três pavimentos, com 14.100,00 m²
de área construída, em estilo neoclássico, apresentando também alguns
ornamentos do estilo coríntio.
Atualmente, o Complexo Esportivo ocupa mais de
12 mil m² de área, O Ginásio novo tem 1,4 mil m², e o Ginásio Antigo, 525 m² -
são duas quadras poliesportivas, e um campo de futebol society de grama
sintética, com 1.125 m² de área.
A piscina do Parque Aquático
Anjo Gabriel, construída há poucos anos, tem 960 m² de área, contígua a outra,
menor, para natação de bebês e crianças pequenas.
História
1ª Fase -
1866/1923
O pedido para um Colégio
jesuíta em Nova Friburgo foi apresentado em 1884, pelo Dr. Carlos Éboli, médico
que fundou na cidade um estabelecimento hidroterápico ocupado atualmente pelo
Colégio Nossa Senhora das Dores. O projeto foi aprovado por D. Pedro II e pela
Princesa Izabel, e depois submetido aos superiores da Companhia de Jesus.
Começou a funcionar,
administrado por padres e irmãos jesuítas vindos da Itália, no dia 12 de abril
de 1886, na casa-grande da antiga Fazenda do Morro Queimado, chamado de
‘Chateau du Röi’ (Castelo do Rei, em francês) pelos colonos suíços. No caso, o rei
era Dom João VI, que foi o autor do decreto que criou a cidade de Friburgo.
Desde a instalação da Vila de
Nova Friburgo, o Chateau funcionava como sede da Câmara Municipal — que foi
então o único Poder durante os primeiros 98 anos de existência da cidade, e
cujo vereador mais votado acabava sendo o presidente do Legislativo e, assim,
acumulava também funções administrativas.
Seus primeiros alunos eram
sete: quatro de Nova Friburgo e três do Rio de janeiro. Mas, ao fim do primeiro
ano, o número já subia para 39. E, na virada do século, eram quase 200 alunos.
O primeiro reitor foi o Pe. Lurenço Rossi.
Mas, com o tempo, com o
aumento do número de alunos, o velho casarão se tornou pequeno, e, em 1º de
janeiro de 1901, iniciou-se a construção do grande edifício atual do Colégio
Anchieta, que durou oito anos. Logo se tornou famoso e conhecido no Brasil pela
excelente educação que dava a seus alunos.
Pe. Luis Yabar |
Em 1º de Janeiro de 1902, foi lançada a pedra fundamental do novo prédio, o atual, pelas mãos do Pe. Domingos de Meis. Porém, coube ao seu substituto, Pe. Luis Yabar, juntamente com o construtor Sr. Francisco Vidal Gomes, a tarefa de erguer o colégio. A construção prolongou-se por alguns anos. No ultimo período da construção, o mestre de obras foi o Irmão Antônio Satori, que dirigira várias construções em Roma, e depois construiu o Colégio Santo Inácio, no Rio.
Em 1903, com um discurso
célebre como paraninfo no Colégio Anchieta, que Rui Barbosa se reaproximou da
Igreja. O seu discurso teve uma repercussão extraordinária em todo o país,
sendo considerado uma de suas obras-primas, sua profissão de fé, e testamento
político.
A construção do magnifico e
majestoso prédio em estilo neoclássico durou 10 anos. As majestosas palmeiras
imperais, que encantam até hoje, foram plantadas entre 1910 e 1916. O Anchieta
ia ganhando estima em todo o país.
Nesse período inicial, o
colégio funcionava em regime de internato e os filhos de Rui Barbosa, Euclides
da Cunha, e Capistrano de Abreu, vieram estudar aqui. Outros alunos da época se
tornaram célebres, como: Sobral Pinto, Amaral Peixoto, Artur Bernardes Filho, e
os Padres Leonel Franca, Saboia de Medeiros, Vioti e Aguiar, e tantos outros.
Todos os professores eram
padres jesuítas; porém, no ano de 1922, com a diminuição de padres vindos da
Itália, o internato transformou-se em seminário, para formar jesuítas
brasileiros. Em pouco tempo, o colégio ficou cheio de seminaristas, que
estudavam desde o seminário menor - chamado de Escola Apostólica - até a
Faculdade de Filosofia.
2ª Fase –
1923/1966
Neste segundo período, o
Colégio Anchieta abrigou três diferentes grupos: a faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras; o noviciado e juniorado, voltado para a formação dos jovens
religiosos; e a Escola Apostólica, que continuava de algum modo a vida do
antigo Anchieta, embora acolhesse alunos em regime de internato com interesse
em ingressar na Companhia de Jesus.
3ª Fase –
1966/1986
Em 1950, a comunidade
religiosa do noviciado deixou definitivamente Nova Friburgo, transferindo-se
para Itaici-SP e, em 1966, a faculdade de Filosofia, Ciências e Letras também
se mudou para São Paulo.
Em 1964 teve início o curso
primário, em edifício construído perto da rua, para facilitar o acesso dos
pequenos alunos. Em 1969, esse prédio foi ampliado.
Depois disso, o Anchieta se
transformou em externato, recebendo alunos de Nova Friburgo e das cidades
vizinhas. Apenas meninos estudavam aqui. Foi em 1969 que o colégio
transformou-se em misto, passando a receber alunas.
4ª Fase –
1986/2016
Já no final do século XX, o
colégio ampliou suas estruturas criando o Pré-Anchieta, para acomodar os alunos
do Ensino Infantil e Ensino Fundamental.
Com as chuvas excessivas que
caíram em Nova Friburgo em janeiro de 2011, foi preciso desocupar o prédio, e
todos os alunos foram acomodados no espaçoso prédio principal, carinhosamente
chamado pelos pequenos de ‘Anchietão’.
Nessa época, já tinham sido
construídos o novo Ginásio Esportivo e o Parque Aquático Anjo Gabriel, com sua
piscina aquecida.
Por aqui passaram alguns
alunos que marcaram a História do Brasil: o poeta Carlos Drummond de Andrade, o
jurista Sobral Pinto e, mais recentemente o musico Egberto Gismonti, o
cientista social Jairo Nicolau, o ator Jayme Periard, a artista plástica Denise
Berbert e tantos outros!
Tradição em Inovar
O Colégio Anchieta pertence à
Rede Jesuíta de Educação (RJE), formada por 18 colégios em todo o Brasil. O
primeiro colégio da Companhia de Jesus data de 1548, e vem desde aí a sua
experiência em educação, sempre em constante evolução.
Atualmente, há 139 anos da
fundação, o colégio fornece aos seus alunos a mesma formação de qualidade que
sempre o guiou.
Em 2006, o colégio tirou o
17° lugar nacional, o 6° estadual, e o 1° municipal no Exame Nacional do Ensino
Médio (ENEM), ficando entre os vinte melhores colégios do Brasil e a melhor de
Nova Friburgo. Em 2015, o Anchieta ficou em 2° lugar no município no ENEM.
No ano de 2016, a RJE
atualizou o Projeto Educativo das escolas jesuítas no país, considerando as
mudanças do mundo atual e a nova realidade de crianças e jovens, pais e
professores. Este documento, já em fase de implementação, revoluciona e
atualiza as práticas pedagógicas nos colégios jesuítas, transferindo o foco do
ensino para a aprendizagem dos alunos. Tem o nome de Projeto Educativo Comum
(PEC), por ser comum a todos os colégios jesuítas do país.
Pe. Luiz Antônio de Araújo Monnerat, Diretor Geral do Colégio Anchieta |
No mesmo ano, sob a liderança
do seu diretor geral, Pe. Toninho Monnerat, (que é também diretor geral do
Colégio Santo Inácio, no Rio), o Colégio Anchieta iniciou a revisão de seus
processos acadêmicos e administrativos. Com o claro objetivo de se manter como
uma escola de excelência, o Colégio Anchieta aderiu ao Sistema de Qualidade em
Gestão Educacional, da FLACSI (Federação Latino Americana de Colégios da
Companhia de Jesus), com vistas a uma certificação internacional.
O Colégio Anchieta, circundado
por um amplo espaço verde, considerado um verdadeiro parque ecológico, sempre
colocou como meta a excelência na preparação dos alunos para o mundo, para a
sua inserção na sociedade.
Fundado em 12 de abril de
1886, iniciou suas atividades com apenas sete alunos. Atualmente, são mais de
1.000 estudantes, na Educação Básica e nos Cursos Livres. Uma história que se
confunde com a da própria cidade.
Fonte: Colégio Anchieta, WP e Dvs
(JA, Dez19)