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Fases da Vida



Cada época da nossa vida tem uma característica própria que a identifica. Refletir sobre elas com antecedência poderá ajudar a nos prepararmos para a fase seguinte, e a superá-la com maior facilidade, competência.
Quanto maior for nossa capacidade para superar cada fase, além de nos sentirmos realizados, estaremos contribuindo para a evolução da nossa sociedade -  aquela imagem que projetamos servirá como exemplo positivo para os demais, para ajudá-los a enfrentar e a superar as suas próprias fases – naturalmente, vale o inverso.  
Se projetarmos isso em escala, ficará fácil concluir que dependendo da nossa atuação, estaremos contribuindo mais ou menos para o processo de aproximação da humanidade daquilo que seria a sociedade ideal.  Uma sociedade na qual as necessidades básicas fossem normalmente atendidas, sem estresse, deixando espaço para elevação da capacidade de cognição e produção racional das pessoas, além do desenvolvimento, valorização e disseminação dos melhores princípios éticos e morais.
Fases
        Formação
Na melhor das hipóteses, somos filhos de pais responsáveis, que nos incentivaram a estudar, a nos comportarmos adequadamente, e que nos ajudaram a nos prepararmos para o futuro, para o mundo do trabalho. 
É nessa época que começamos a nos relacionar com outras pessoas que não são da nossa família. Aprendemos a compreendê-los, a conviver com eles ou, dependendo, a evitá-los. 

     Carreira
Começamos a trabalhar e vamos aprendendo como funciona o mundo empresarial. A nos relacionarmos com os colegas, chefias  e clientes. 
Se tudo der certo, descobriremos uma área de trabalho com a qual nos identificamos mais, e daremos um jeito de trabalhar nela. Essa identificação irá facilitar e potencializar nosso desempenho. Assim, rapidamente conseguiremos nos destacar positivamente, e ter nossa capacidade reconhecida. Esse reconhecimento resultará em promoções e melhores salários.
     Casamento
Como a nossa carreira bem definida e, em consequência uma estabilidade financeira garantida, acabamos por nos relacionar mais seriamente com aquela pessoa com quem vínhamos namorando, e acabamos nos casando.
Casamento implica em se ter uma moradia – tanto para o casal como para os filhos que certamente virão. 

     Investimentos
Além da casa própria, se for possível podemos adquirir uma casa de veraneio, imóveis para rendimento (locação).
E, além desses investimentos imobiliários, vamos investir também na educação dos nossos filhos: escola, faculdade, estágios, viagens, etc.  para ajudá-los a iniciar sua própria vida, de preferência com maior qualificação que nós próprios tivemos na nossa época, para facilitar sua evolução. 

      Relações
No meio de tudo isso, passamos a valorizar mais as pessoas de nossa relação: amigos que permaneceram, apesar do tempo passado; familiares...
Percebemos quão importantes eles foram para nossa vida e, à medida em que forem rareando -por diversos motivos-, os valorizamos e os preservamos ainda mais.
Os encontros, embora raros, são cada vez mais significativos, e ficam indeléveis na nossa melhor memória – aquela lembrança que, ao ser percebida, nos faz sentir bem. 

     Acidentalidades
Todos estamos sujeitos a acidentalidades. Por isso é necessário nos precaver, fazer o possível para evitar, minimizar.  E, além disso, nos prepararmos psicologicamente para resistir da melhor maneira ao impacto das inevitáveis, mantendo sempre uma reserva de força para reagir, se recompor. 

     Aposentadoria
O tempo passa e, inevitavelmente, somos levados a assumir nossa aposentadoria profissional. Então, nossos rendimentos acabam sendo reduzidos, independentemente de quanto tivermos poupado. Assim, somos levados, compulsoriamente, a adequar nosso padrão de vida para essa  nova condição. 

        Declínio Físico
Paralelamente sofremos um declínio físico mais acentuado – normal em função da maior idade. Também temos que nos adaptar a isso, passando a viver de acordo com as limitações decorrentes, para não extrapolar - o que só iria acelerar o processo. 
Nessa época da vida, as amizades vão se tornando cada vez mais reduzidas –ou por não terem sido cultivadas como deveriam - por uma ou ambas as partes-, ou por diversos motivos, inclusive por morte, cada vez mais comum nessa faixa etária. 
Os familiares mais velhos, igualmente, vão aos poucos se afastando, pelos mesmos motivos. Os mais novos, preocupados com as suas próprias vidas, valorizando conceitos que muitas vezes desconhecemos ou que consideramos pouco importantes, acabam se afastando também. 
Nossos filhos, por conta da formação que lhes demos, nunca serão indiferentes a nós. Eles nos darão atenção, carinho e cuidarão para nos amparar no nosso declínio físico e social. Essa dedicação caridosa e desinteressada, servirá como um excelente exemplo para os filhos deles que, muito provavelmente,  também agirão assim, num processo positivo recorrente. 

       Doença e Morte
Normalmente, isolados, solitários na maior parte do tempo, desimportantes para o dia a dia dos demais, vamos nos fechando num mundo particular, onde, pouco a pouco, mas cada vez mais, vamos nos encontramos com aquele que nos tornamos, cuja imagem irá ficar na memória dos que conviveram conosco, foram afetados pelo que construímos, ajudamos a construir, ou muito pelo contrário. 
Esse encontro pode ser positivo ou negativo, dependendo, basicamente, de como vivemos as diversas fases da nossa vida.   


"Não existe um final para ninguém. O que existe é  apenas uma parte em que você sai da história. Entretanto, a sua participação será eterna. Ela ficará registrada para sempre."





(JA, Set18)



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