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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

Consultoria Empresarial no Mundo Animal

Introdução  Uma criança olhava as nuvens e ficava fascinada. Para ela, quando olhava as nuvens com atenção, parecia que cada uma tinha a forma de um bichinho. Ficava imaginado quem criaria nuvens com o formato de bichinhos -  deveria ser alguém muito especial. Certo dia uma das nuvens despertou muito a sua atenção, tão perfeita que era, ... Foi atrás e acabou chegando numa floresta e encontrando bichos de verdade. Pouco a pouco foi conhecendo cada um - daquilo que gostavam, o que os preocupava, quais suas expectativas. Soube por exemplo que alguns animais comiam outros animais e aterrorizavam os mais fracos, suas vitimas. Conversou com eles procurando fazê-los mudar esse comportamento e, acabou por se conscientizar que não era possível - cada um tinha a sua natureza e não poderiam mudá-la. Pensou numa forma de todos viverem mais felizes, sem mudá-los mas organizando a vida em sociedade, de forma que todos poderiam fazer isto ou aquilo, desde que obedecessem um conjun

Ópera da Vida

Somos como os sinos que tudo acolhem e ressoam em ecos. Quanto mais perto da perfeição,  melhor acolhemos, melhor ressoamos. Entretanto, ser não é só acolher, ou só ressoar. Ser  implica na ocorrência de  ambos, mais o seu efeito. A percepção, reação e resultado, em sequencia ativa, compõem a música  que representa a nossa existência.  Ela, com as músicas das demais existências,  constituem a pauta da Grande Opera da Vida. Nela constarão os feitos e defeitos de todos os seres vivos, mais os dos que já existiram, sua inter-relação e consequências, na soma de todos os tempos cumpridos, num continuo resultado advir.   

Futuro

Nosso futuro, inexplicavelmente, e ao contrário de tudo que fomos levados a acreditar, tem muito pouco a ver do nosso passado. Ele é definido por um número imensurável de variáveis, que se correlacionaram, muitas vezes e quase sempre, independentemente do que fizemos, da nossa vontade, merecimento ou culpa. Isto é lamentável, no sentido de que, como educadores, somos levados - aliás como  única alternativa-, a  incentivar nossos educandos a se esforçarem para acumularem méritos, conhecimentos, e experiência. Os levamos a crer que, agindo assim, eles poderão ser quem queiram, quem devem ser. Então, o que devemos falar para os nossos jovens? Façam o que fizerem, não adiantará nada?! O futuro? O futuro é uma incógnita indomável?! Entendo que devemos continuar a estimulá-los a seguir o caminho da evolução social. Entretanto, oportunamente, conscientizá-los de que, independentemente do resultado visível - aparência, títulos, resultado material amealhado -, o que define verdadeiram

Soberba

Outro dia, vendo uma entrevista de uma dessas atrizes globais da hora, registrei uma fala que achei importante. Ela disse que, atualmente, a soberba é moda, é "IN", como se diz, e que todos estão deslumbrados consigo mesmo. Que as pessoas se olham no espelho e dizem: “- Se eu não fosse eu mesmo, eu me casaria comigo”. Ora, isso tudo seria uma grande besteira, se não tivesse uma boa dose de verdade. Recentemente, estive numa loja, numa ótica, naquele encontro anual - no meu caso bianual, com a receitinha na mão para atualizar os meus óculos. Naquela conversa importantíssima com o atendente para escolha de armação, lentes etc., uma deslumbrada entrou na loja. Ela se colocou entre mim e o moço, com seus sapatos de bicos finos, que faziam com que seus pés se interpusessem entre ela e aquilo que ela ignorava, e, com uns decibéis acima do convencional, com um tom de voz impositivo, começou a interrogá-lo sobre um determinado óculos de sol, da grife tal, como se eu não existi

Cachorro

Ontem, caminhando pela praia, nas primeiras horas da manhã, ao passar por um determinado trecho, encontrei - ou fui encontrado -  por um cão Basset marrom, bem alimentado, de meia idade, e bem humorado. Cheirou-me, como fazem os cães e, a partir daí, começou a andar comigo. Há poucos metros, estava um Poodle, branco, grande, todo enfeitado.  Ele sentiu que seu espaço estava sendo invadido pelo Basset e reagiu, com latidos, corridas, e agressões. O Basset se defendeu como pode. Entretanto, não era páreo para o Poodle ‘gigante’ - gigante para ele. Gritei, fiz barulho, e consegui espantar o 'invadido'. Seguimos em frente. Ele não me dava atenção. Todo esperto, distraia-se com isso e com aquilo, e continuamos. Mais adiante, havia um trecho de praia onde as ondas batem nas pedras, que atravessei no intervalo entre ondas. Mas ele, não arriscou - passou subindo nas pedras, mais seguro.  Na sequência, havia um bando de urubus andando em volta e bicando algo que, como vi

Frau Liselotte

Trabalhava há pouco tempo em uma multinacional de origem alemã e, para crescer na organização, precisava aperfeiçoar meu alemão.  Pela indicação de amigos comuns, entrei em contato com uma senhora nascida na Alemanha, de origem judia, muito culta, conhecida como Frau Liselotte. Conversamos, e ela se dispôs a vir dar as aulas que eu necessitava, na minha casa.   Eu a conhecia de vista. Ela era uma   figura singular: solteira, morena, alta, com cerca de 55 anos, nem feia nem bonita, magérrima, usava sempre os mesmos saia-casaquinho e penteado - estilo anos 50. Tinha o nariz adunco, e as pernas mais finas que já tive oportunidade de ver (de imaginar).   Além das pernas serem finas, chamavam atenção também porque eram envolvidas com uma faixa de pano, de cima abaixo; essa faixa tinha cerca de uns dez centímetros de largura, e aparentava o que devia ser:   uma bandagem. Ninguém nunca se atreveu a perguntar porque ela a usava, nem eu. Entretanto, o que era mais marcante na sua figu

Como escolhi a escola dos meus filhos

Nos últimos dois anos, culminando no fim do ano passado, eu e minha mulher passamos pelo processo angustiante de escolher a escola em que nossos filhos estudarão. Ao longo dos anos, muitos leitores e conhecidos me perguntam onde meus filhos estudam, e, ainda que ache que a escola que escolhemos é pouco relevante para terceiros, por motivos que explicito a seguir, talvez o processo que trilhamos ajude quem está nessa encruzilhada. O cenário é bem distinto dependendo se o aluno cursará uma escola pública ou privada. Para os pais que matricularão os filhos em escola pública, a sugestão é simples: matricule seu filho na escola com o Ideb mais alto que você conseguir. Como o currículo é teoricamente igual em todas as escolas da rede, o Ideb é o melhor indicador da qualidade da instrução que a escola oferece. Ele é medido para o 5º e o 9º anos, o que permite dar uma boa ideia da qualidade ao longo do Ensino Fundamental. Para quem pode mandar o filho para uma escola particular, a esc