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Um Conto de Natal

 

Charles Dickens é um dos maiores romancistas da era vitoriana. Sua novela ‘A  Christmas Carol’ (Um Conto de Natal) é considerada por muitos como uma das grandes histórias de Natal já escritas. Tem sido popular desde sua primeira publicação, em 1843. Dezenas de filmes foram feitos da história junto com inúmeras reproduções de palco. Até os Muppets se revezaram encenando essa história para a tela de cinema, com Michael Caine estrelando o filme, em 1992. Embora a história inclua um elemento paranormal, é um conto familiar com uma grande moral.

O protagonista da história é Ebenezer Scrooge, velhote pão-duro e rabugento que detesta as comemorações natalinas. ‘E solitário feito uma ostra! Parecia que até os cães dos cegos o conheciam e, quando o viam se aproximar, puxavam seus donos para dentro e então abanavam o rabo como se dissessem: É melhor cegueira do que mau-olhado!’.

Em uma véspera do Natal, porém, Scrooge se depara com o fantasma de Jacob Marley, seu antigo sócio que sete anos antes morrera, naquele mesmo dia.  Lamenta Marley que sua alma não possa descansar em paz, pois não fora generoso em vida. ‘Eu uso a corrente que criei em vida’, explica; ‘enrolei-me nela por livre e espontânea vontade. É um comportamento desconhecido para você?’ Avisa ele que Scrooge ainda pode mudar seu próprio rumo e anuncia que três espectros virão visitá-lo nessa mesma noite.

Na primeira visita, o Espírito dos Natais Passados, mostra a Scrooge cenas de sua infância, adolescência e início da vida adulta. Certa inocência perdida.

Em seguida, aparece o do Natal Presente. Mostra a humilde comemoração que está havendo na casa de seu empregado Bob Cratchitt, que Scrooge explora e costuma tratar com rudeza. É a cena de uma família pobre, mas unida e feliz. Antes de ir embora, o Espírito alerta para que as pessoas cuidem de dois flagelos, a ignorância e a miséria.

Finalmente, o Espírito dos Natais Futuros aponta o que o aguarda, como consequência das atitudes que tem na vida: a morte sem amigos (‘nu, solitário e abandonado, sem ninguém para chorar ou velar’).

Impressionado com as aparições, Scrooge desperta com um choro de arrependimento. É manhã de Natal, e os sinos estão todos a badalar. Constatando que, afinal de contas, não morreu, Scrooge resolve ser um outro homem. Redimido, compra um peru para Bob Cratchitt, aumenta seu salário, e se aproxima de sua família. Passa também a se mostrar generoso com o sobrinho Fred, a quem antes tratava com arrogância e desprezo. Em final de conto de fadas, o antigo velhote ranzinza vira uma espécie de Papai Noel.

Passados quase dois séculos da publicação do conto, o personagem continua lembrado. Para a escritora Margaret Atwood, poderíamos escrever em nossas camisetas: ‘Scrooge vive!’. ‘Sim’ – diz ela -, ‘ele vive, e nos rejubilamos com ele’.

 

(JA, Dez24)


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