A ‘Comenda’, quando surgiu na Idade Média, era um benefício dado a membros do clero ou a militares que demonstravam valentia em batalhas. Geralmente, a comenda era algo valioso, como o título de propriedade de uma terra. Eram fortificações ou áreas rurais com um castelo, que o comendador tinha a obrigação de defender dos inimigos.
A tradição de conceder
comendas e títulos de comendador começou na Europa e existiu durante muitos
séculos como uma estratégia de assegurar e preservar a conquista das terras, e
incentivo a expansão territorial. A terra doada deveria ser obrigatoriamente
defendida pelo comendador do ataque de invasores e inimigos.
Em Portugal, a distribuição
de comendas foi uma importante ferramenta para que os monarcas portugueses
conseguissem mais serviços e vassalagem. As chamadas ‘comendas militares’ eram
ofertadas por três principais Ordens: de Cristo, de São Bento de Avis, e de
Santiago.
Com o passar dos séculos, seu
valor tornou-se simbólico, e passou a ser representada por diplomas ou
medalhas, afirma Waldemar Baroni, heraldista (especialista em títulos e emblemas da nobreza) do Conselho Estadual de Honrarias e Mérito de São
Paulo - CEHM.
Atualmente (desde quando o liberalismo no século 19 extinguiu as
comendas - bens imóveis -, e incorporou os bens das Ordens regulares e
militares aos bens do Tesouro Público em 1834, Portugal), refere-se a uma distinção de mérito duma Ordem
honorífica, de grau intermediário, em forma de condecoração, medalha ou fita,
que pende do pescoço, dada a personalidades que contribuem para o
engrandecimento da sociedade, seja por seus trabalhos ou influência social,
política ou econômica.
Trata-se de distinção rara,
que confere ao que a detém, ou seja, ao comendador, um título de honra, e alto
grau de prestígio social.
Comendador JA
JA, em 2009, ganhou a ‘Medalha Mérito Profissional em Educação’, grau 'Comendador', da Academia Brasileira de Arte e Cultura e História, na sua sede, na ‘Casa da Fazenda’, Morumbi-SP (imagem em destaque).
(JA, Fev24)