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Rosalynn Carter

Eleanor Rosalynn Smith Carter (Plains, 18 de agosto de 1927 – Plains, 19 de novembro de 2023) foi uma escritora e ativista americana. Casada por setenta e sete anos com o ex-presidente Jimmy Carter, foi a Primeira-dama dos Estados Unidos entre 1977 e 1981.

Rosalynn nasceu e foi criada em Plains, Geórgia, se formou como salutadora da Plains High School, e logo depois frequentou a Georgia Southwestern College, graduando-se em 1946.

Segundo a própria Rosalynn, ela ficou atraída pelo marido Jimmy depois de ver uma foto dele em seu uniforme de Annapolis; eles se casaram em 1946.

Jimmy Carter

Rosalynn ajudou o companheiro a vencer as eleições para governador da Geórgia em 1970, e decidiu focar sua atenção na área de saúde mental quando foi a primeira-dama daquele estado.

Ela fez campanha para o marido durante sua candidatura bem-sucedida para se tornar presidente dos Estados Unidos, na eleição de 1976, derrotando o presidente incumbente Gerald Ford.

Rosalynn Carter foi politicamente ativa durante a presidência do marido, embora tenha declarado que não tinha intenção de ser uma primeira-dama tradicional.

Durante seu mandato, apoiou as políticas públicas do marido, bem como sua vida social e pessoal. Para se manter totalmente informada, ela participou nas reuniões do Gabinete a convite do Presidente. Rosalynn também representou o marido em reuniões com líderes nacionais e estrangeiros, inclusive como enviada à América Latina em 1977.

Ela fez campanha para sua candidatura à reeleição nas eleições presidenciais de 1980, mas ele acabou perdendo para o republicano Ronald Reagan.

Após deixar a Casa Branca em 1981, Rosalynn continuou a defender a saúde mental, e outras causas, além de ter escrito vários livros.

Ela e o marido contribuíram para a expansão da organização habitacional sem fins lucrativos Habitat for Humanity.

Ela e o marido receberam a Medalha Presidencial da Liberdade em 1999.

Teve intensa atividade no período em que o marido Jimmy foi Presidente dos Estados Unidos (1977-1981), e defendeu com firmeza os direitos humanos pelo mundo afora.

Era uma reviravolta em relação aos governos republicanos anteriores, quando Henry Kissinger pontificava na política externa, aconselhando apoios a Pinochet, o ‘apartheid’ sul-africano, e regimes similares. 

Rosalynn no Brasil

Em meados de 1977, Jimmy Carter enviou Rosalynn como representante sua em visita a sete países latino-americanos, inclusive o Brasil. Contrariado, Geisel só a recebeu por conveniência protocolar. Entendia ele que o marido, sim, fora eleito, mas não Rosalynn.

Até certo ponto, o general tinha razão, mas com duas ressalvas:

1.       Ela não vinha por iniciativa própria, mas como enviada do Presidente;

2.       Em matéria de legitimidade, Geisel não tinha de que se vangloriar: escolhido num processo eleitoral viciado, governava com os poderes ditatoriais do AI-5.

Em Brasília, houve duas conversas – numa audiência pela manhã, e num jantar que foi oferecido. Na pauta, predominaram questões de direitos humanos, e pelo registrado nas memórias dele e dela, foi um diálogo de surdos, razoavelmente bem-educados. Jogo empatado, com a ditadura brasileira achando que driblara a situação.

Mas aí houve a sequência do percurso, com breve passagem por Recife. Em princípio, seria uma agenda sentimental: em uma viagem anterior, Rosalynn conhecera lá uma família, e quis reencontrá-la. Mas, vinte dias antes, a polícia prendera dois americanos, o padre católico Lawrence Rosebaugh, e o missionário protestante menonita, Thomas Capuano.

Eles viviam com os mendigos do Mercado São José, e recolhiam xepas para uma sopa servida a pessoas carentes. Malvestidos, meio sujos, e puxando uma carroça, Rosebaugh e Capuano foram detidos porque – diria depois uma Comissão de Inquérito – ‘não estavam trajados de modo compatível com a condição social alegada’.

Incomunicáveis por 72 horas, os dois apanharam da polícia e de outros presos, além de assistirem a torturas. Libertados, contaram sua experiência ao cônsul americano.

Chegando a Recife, Rosalynn soube que os dois religiosos queriam vê-la, e telefonou ao marido, que aprovou.

Vestidos com a simplicidade habitual, eles foram à casa do cônsul. Depois de recebê-los por vinte minutos, Rosalynn acompanhou-os ao jardim. No dia seguinte, a foto do encontro apareceu na primeira página dos principais jornais americanos, para fúria dos governantes daqui.

 


No livro ‘A Ditadura Encurralada’, Elio Gaspari avalia que Rosalynn transformou ‘em acontecimento internacional uma viagem que o governo brasileiro empacotara no formalismo do protocolo, e quase conseguira esterilizar’ (p.398).

Morte

Rosalynn Carter, faleceu no último dia 19, aos 96 anos, dois dias depois de ter sido anunciado que ela havia entrado em cuidados paliativos.

Ela foi a segunda primeira-dama que viveu mais tempo depois Bess Truman; foi ainda a primeira-dama casada por mais tempo.

 

Fonte: WP | A.C. Boa Nova

 

(JA, Nov23)

 

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