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Bertha Benz

A mulher que fez a primeira viagem de carro da história 


Bertha era casada com Karl Benz, o engenheiro que desenvolveu o Patent Motorwagen, em 1886, considerado ancestral direto do automóvel moderno.

Vinda de uma família rica, Bertha ajudou a financiar o trabalho de Karl e a construção dos três protótipos iniciais, e por isso estava muito envolvida com todo o processo, além de ter uma boa noção de engenharia.

Bertha tinha duas coisas que faltavam a Karl: dinheiro e perfeccionismo. Bertha era sua esposa, mas também era a investidora do projeto, e uma comerciante sagaz. Ela sabia que as pessoas precisavam ver os carros andando e sendo guiados, mas também sabia que seu marido jamais tentaria algo além dos pequenos testes que fazia nos arredores de sua oficina.

Bertha sabia que seria preciso algo mais radical, e por isso, em uma manhã de agosto de 1888, ela acordou antes do marido, e pegou o protótipo nº 3 na oficina e foi visitar sua mãe.

A sogra de Karl vivia a pouco mais de 100 km de distância, em Pforzheim na Alemanha, e Bertha baseou sua rota em boticários, onde ela poderia comprar benzina, que era um destilado de petróleo usado como solvente, limpador, e como combustível para o carro de Benz. Ela foi com seus dois filhos, Eugen, de 14 anos e Richard, de 15, mas não avisou Karl.

Seus filhos empurraram o carro para fora da garagem para poder dar a partida, e sem acordar o pai, partiram.

No final do dia, Bertha e seus filhos chegaram à casa da vovó. Em Pforzheim, Bertha enviou uma mensagem por telégrafo ao marido, avisando que tudo havia corrido bem.

A primeira viagem de carro da história estava completa, e todos que cruzaram o caminho de Bertha estavam falando da incrível carruagem sem cavalos, que acabou batizada como Benz Patent Motorwagen.

Depois de três dias na casa da mãe, ela subiu no carro, e fez a viagem de volta para casa.

A Benz & Cia. criada por Karl Benz, não só se tornou a primeira linha de montagem como também se tornou a maior do mundo, no início do séc. 20. 

Porque a empresa se tornou ‘Mercedes-Benz’ e não ‘Bertha-Benz’

A história da motorização se funde à da Mercedes-Benz. Embora nunca tenham se conhecido, Gottlieb Daimler, 1834-1900, e Karl Benz, 1844-1929, desenvolviam pesquisas sobre motores para propulsão. Na mesma época em que Benz apresentou seu triciclo motorizado, Daimler adaptava um motor a uma carruagem.

Em 1926, com a Europa numa crise que obrigou a indústria a modernizar os métodos de produção, a Daimler-Motoren-Gesellschaft foi fundida à Benz & Co. Nascia a Daimler-Benz. A marca de comercialização dos produtos virou Mercedes-Benz.

O nome Mercedes vem de uma menina que, em 21 de março de 1899, tinha 9 anos. Trata-se de Mercedes Adrienne Jellinek, filha de Emil Jellinek, representante dos veículos Daimler.

Ele participava do rali Nice-Magagnon com um modelo especial, chamado Mercedes. Motivo: achava que sua filha dava sorte. Resultado: venceu a competição. Como decorrência da vitória, Jellinek pede o desenvolvimento de um carro novo, que seria comercializado com o nome Mercedes.

Em 1926, com a fusão das empresas, o nome se torna Mercedes-Benz. Foi incorporada então a coroa de louros da Benz, à estrela de três pontas da Daimler -símbolo da conquista motorizada da terra, da água e do ar.

 

 

Fonte: Christiane Wittel | LPz, FSP

 

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(JA, Ago21)

 


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