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Eleições Americanas

 

Os mais importantes veículos da imprensa estão noticiando que Joe Biden venceu as eleições, e já é o Presidente dos EUA.

Entretanto, Joe Biden ainda não pode ser considerado efetivamente como o  Presidente eleito. 

As eleições dos EUA são indiretas, ao contrário das do Brasil  que são diretas. No Brasil cada voto do eleitor é contabilizado para o candidato que disputa as eleições. Nos EUA não funciona assim.

Quando os americanos vão às urnas nas eleições presidenciais, como ocorreu no último dia 3 de novembro, estão na verdade escolhendo um grupo de delegados que representará a decisão do Estado no Colégio Eleitoral.

A palavra ‘colégio’ aqui simplesmente se refere a um grupo de pessoas com uma tarefa comum. Essas pessoas são chamadas de ‘electors’ (eleitores), e sua função é nomear o presidente e o vice-presidente.

O número de delegados/eleitores de cada Estado é aproximadamente correspondente ao tamanho de sua população — e proporcional ao número de parlamentares no Congresso dos EUA (deputados na Câmara e senadores).

A Califórnia tem o maior número de delegados — 55 — enquanto alguns lugares com baixa densidade populacional, como Wyoming, Alasca, Dakota do Norte e Washington DC, têm o mínimo de três.

No total, o Colégio tem 538 delegados.

Cada delegado representa um voto eleitoral, e um candidato precisa obter a maioria dos votos — 270 ou mais — para ganhar a Presidência.

Em alguns Estados, não há uma obrigatoriedade expressa, mas, na prática, esses delegados sempre votam no candidato que ganhar mais votos em seu Estado.

Se um delegado votar contra a escolha presidencial de seu Estado, é considerado ‘infiel’.  Em 2016, sete delegados votaram contrariando a vontade do Estado, mas nenhum resultado até hoje foi alterado por eleitores ‘infiéis’.

Assim, normalmente, o candidato que conquista maioria simples na votação do Estado, ganha todos os delegados deste Estado no Colégio Eleitoral.

Por exemplo, se um candidato ganha 50,1% dos votos no Texas, ele recebe todos os 38 votos eleitorais do Estado no Colégio. Se o mesmo candidato vencesse de forma esmagadora, com, digamos, 70%, ele continuaria levando apenas os 38 votos.

Portanto, é possível que um candidato se torne presidente vencendo uma série de disputas acirradas em certos Estados, apesar de ter menos votos em todo o país.

Existem apenas dois Estados (Maine e Nebraska) que dividem os votos do Colégio Eleitoral de acordo com a proporção de votos que cada candidato recebe.

É por isso que os candidatos presidenciais têm como alvo os chamados Estados-pêndulo — lugares sem preferência clara por Democratas ou Republicanos, onde tanto pode dar um como o outro — em vez de tentar conquistar o maior número possível de eleitores em todo o país.

Cada Estado em que ganham os aproxima dos 270 votos necessários no Colégio Eleitoral.

O que Joe Biden tem neste momento são os votos suficientes para poder vir a ser declarado o novo Presidente dos EUA - alcançou 290 votos no Colégio Eleitoral americano, portanto, mais do que o mínimo de 270 votos necessários para ganhar a eleição.

Todavia, isso não significa que ele já possa ser considerado o Presidente eleito, uma vez que o Colégio Eleitoral ainda não votou.


Os delegados do Colégio Eleitoral se reunirão em 14 de dezembro para votar e escolher qual dos dois candidatos será ao Presidente. A seguir, no dia 6 de janeiro de a 2021, haverá uma sessão do Congresso para realizar a contagem dos votos dos delegados, e declarar o resultado oficial. A posse do novo Presidente eleito pelo Colégio Eleitoral está agendada para 20 de janeiro de 2021.

Historicamente, em cinco ocasiões o Colégio Eleitoral já promoveu grandes viradas contra o voto popular do eleitor, ou seja, cinco Presidentes dos EUA já foram eleitos pelo Colégio Eleitoral, contrariando o desejo manifestado nas urnas pelos cidadãos americano que votaram.

1.  Em 1824, o Democrata Andrew Jackson foi o mais votado, tanto no voto popular, quanto no Colégio Eleitoral. Mas, acabou por não ser eleito Presidente. John Quincy Adams, o segundo candidato mais votado, foi escolhido pela Câmara dos Representantes,  e se sagrou Presidente. 

2.   Em 1876, o Republicano Rutherford Birchard Hayes perdeu no voto popular para o Democrata Samuel Jones Tilden.

Todavia, Rutherford Birchard Heyes ganhou no Colégio Eleitoral, em uma das eleições mais polêmicas até hoje da história americana, e se sagrou Presidente. 

3.   Em 1888, o Democrata Grover Cleveland venceu no voto popular. Porém, o Republicano Benjamin Harrison venceu no Colégio Eleitoral, e foi definido como Presidente americano. 

4.   O Democrata Al Gore Jr, no ano 2000, contabilizou 48,38% dos votos em nível nacional. Entretanto, o Republicano George W. Bush obteve 47,87%.

Se se fosse considerada apenas a vontade popular, Al Gore Jr. seria o Presidente.

Porém, no Colégio Eleitoral, Al Gore Jr. somou 266 votos, contra 271 de Bush. Bush foi definido como Presidente. 

5.  O exemplo mais recente ocorreu em 2016,  protagonizado pelo atual Presidente americano Donald Trump. Naquele ano, o Republicano Donald Trump recebeu 46,1% dos votos populares em nível nacional, sendo que a Democrata Hillary Clinton recebeu 48,2%.

Pela vontade popular, Hillary Clinton seria a Presidente.

Entretanto, no Colégio Eleitoral, Trump obteve então 304 votos, contra 227 votos de Hillary Clinton, e se sagrou Presidente. 

 



Fonte:  BBC News  |   Dvs

 

(JA, Nov20) 


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