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Memórias





O termo memória vem do latim ‘memoriae’, que significa a capacidade de guardar ou adquirir ideias, imagens e conhecimentos.

Até meados do século XX, a maioria dos estudos sobre aprendizagem questionava que as funções da memória seriam localizadas em regiões cerebrais específicas, alguns chegando a duvidar de que a memória seria uma função distinta da atenção, da linguagem, e da percepção. Acreditava-se que o armazenamento da memória seria distribuído por todo o cérebro.

A partir de 1861, foi evidenciado que lesões restritas à parte posterior do lobo frontal, no lado esquerdo do cérebro, chamada de área de Broca, causavam um defeito específico na função da linguagem. Após essa localização os neurocientistas tornaram a voltar-se para a hipótese de se localizar a memória.

Wilder Penfield foi o primeiro a conseguir demonstrar que os processos da memória têm localizações específicas no cérebro humano. Penfield havia estudado com o pioneiro em neurofisiologia, Charles Sherrington.

Na década de 1940, Penfield começou a usar métodos de estimulação elétrica, idênticos aos usados por Sherrington em macacos, para mapear as funções motoras, sensoriais e da linguagem no córtex humano de pacientes submetidos à neurocirurgia, para tratamento de epilepsia. Penfield explorou a superfície cortical em mais de mil pacientes, e verificou que a estimulação elétrica produzia o que ele chamou de resposta experiencial, ou retrospecção, na qual o paciente descrevia uma lembrança correspondente a uma experiência vivida.

A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações disponíveis, seja internamente, no cérebro (memória biológica), seja externamente, em dispositivos artificiais (memória artificial).

Também é o armazenamento de informações e fatos obtidos através de experiências ouvidas ou vividas. Focaliza coisas específicas, requer grande quantidade de energia mental, e deteriora-se com a idade. É um processo que conecta pedaços de memória e conhecimentos, a fim de gerar novas ideias, ajudando a tomar decisões diárias.

Os neurocientistas (psiquiatras, psicólogos e neurologistas) distinguem dois tipos de memória:

  •    Declarativa, grosso modo, armazena o saber que algo se deu
  •    Não-declarativa como isto se deu.

A memória declarativa, ou de curto prazo, é aquela que pode ser declarada (fatos, nomes, acontecimentos, etc.), e é mais facilmente adquirida, mas também mais rapidamente esquecida. Para abranger os outros animais (que não falam e logo não declaram, mas obviamente lembram), essa memória também é chamada explícita. Esse sistema de memória chega ao nível consciente associado com estruturas no lobo temporal medial (ex: hipocampo, amígdala).

Psicólogos distinguem dois tipos de memória declarativa, a memória episódica, e a memória semântica:


  •    Memória episódica, as lembranças de acontecimentos       específicos
  •    Memória semântica, as lembranças de aspectos gerais.

Já a memória não-declarativa, também chamada de implícita ou procedural, inclui procedimentos motores (como andar de bicicleta, desenhar com precisão, ou quando nos distraímos e vamos no ‘piloto automático’ quando dirigimos). Essa memória depende dos gânglios basais (incluindo o corpo estriado) e não atinge o nível de consciência. Ela em geral requer mais tempo para ser adquirida, mas é bastante duradoura.

Memória, segundo diversos estudiosos, é a base do conhecimento. Como tal, deve ser trabalhada e estimulada. É através dela que damos significado ao cotidiano, e acumulamos experiências para utilizar durante a vida.

Existem vários tipos de doenças que podem comprometer a memória, tais como AVC, amnésias, Alzheimer, entre outras.

O desenvolvimento de uma boa memória pode ser conquistado através de uma boa alimentação, técnicas mentais e de relaxamento, cuidados com o uso de medicamentos, e também através de atividades e jogos que estimulem a memória como xadrez, por exemplo.


Resenha




(1)  Fatos, Nomes, Acontecimentos
(2)  Procedimentos Motores



Memória ‘do bem’

Um tipo de memória que os psicólogos ainda não pararam para estudar, definir, é a memória ‘DO BEM’.

Cada pessoa retém na memória as coisas importantes que aprendeu, que viveu, idealizou, sonhou, ou que o impactou.

Algumas coisas são esquecidas – as pouco significativas, enquanto que outras, parecem ter vida própria, permanecem sempre atuais. 

Nesse caso, se forem tristes, devemos respeitá-las, mas evitar vivenciar os sentimentos que elas carregam, trazê-las para o nosso momento atual. As prazerosas, pelo contrário. Estas devem ser valorizadas, revividas, e quem sabe, até enriquecidas com nossa imaginação, preenchendo lacunas – coisas que poderiam ter acontecido para torná-las melhores ainda, mas que, por isto ou por aquilo, deixaram de acontecer naquele momento passado. 

Essas memórias que podemos chama-las  ‘DO BEM’, são as que nos fazem felizes, justificam a nossa existência, contrabalançando o peso de uma rotina compulsória – nem sempre satisfatória,  obrigações, frustrações, sofrimentos, limitações, etc., a que todos estamos sujeitos.

Portanto, devemos procurar cultivá-las, mantê-las sempre presente em nossa mente. A possibilidade de dispor delas a qualquer momento, pode fazer a diferença entre o fracasso ou sucesso. Elas podem nos ajudar a resgatar o nosso melhor, principalmente nos momentos decisivos da vida, ou quando nos sentimos pouco valorizados ou carentes, ou quando nos empolgamos com alguma possibilidade de realização e temos que decidir pelo sim ou pelo não.



O barco da vida navega melhor, quando no mar das suas melhores memórias'.














(JA, Jan20)






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