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Marcos Históricos da cidade de São Paulo


Mosteiro de São Bento 


O Mosteiro de São Bento é um local histórico e religioso localizado no Largo de São Bento, no Centro da cidade de São Paulo, no Brasil. O local é um conjunto da Basílica Abacial Nossa Senhora da Assunção, do Colégio de São Bento e da Faculdade de São Bento . Sua estrutura atual começou a ser construída entre 1910 e 1912, a partir do projeto criado pelo arquiteto alemão Richard Berndl (1875-1955).

Cerca de 45 monges vivem no Mosteiro, onde dedicam suas vidas à tradição do 'ora e trabalha' (em latim, ora et labora). No caso dos monges paulistanos, acrescentou-se a tradição 'e leia' (em latim, et legere). Os religiosos estão sempre dispostos a receber hóspedes e visitantes, acolhendo os que vêm à procura de oração, retiro, orientação espiritual ou confissão. A Basílica Abacial de Nossa Senhora da Assunção (elevada a esta dignidade em 14 de junho de 1922) possui o coro para o ofício divino em rito monástico, celebrado diariamente pelos monges, e a missa, em rito romano, ambos com canto gregoriano.

Desde 2006, o titular do mosteiro é dom abade Mathias Tolentino Braga, que, em maio de 2007, hospedou o papa Bento XVI em sua primeira visita ao Brasil.


Faculdade de Direto do Largo São Francisco



A Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP), também conhecida por Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, ou ainda 'Arcadas', em alusão à sua arquitetura, é uma instituição de ensino superior integrante da Universidade de São Paulo, cujas principais atividades são o ensino, a pesquisa e a extensão na área do direito.

Ao longo de quase dois séculos, já formou inúmeras personalidades notórias da história do Brasil.

História


A Ideia acerca da criação de um curso jurídico no Brasil surgiu em 1822, com José Feliciano Fernandes Pinheiro, o Visconde de São Leopoldo, membro do Parlamento. Até então, os que desejavam estudar direito deveriam deslocar-se até Coimbra, em Portugal.

A Faculdade de Direito, a mais antiga Instituição do gênero no Brasil juntamente com a Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, deve a sua origem a um decreto imperial assinado em 1827. Estas destinavam-se a formar governantes e administradores públicos, sendo fundamental para a consolidação e para o desenvolvimento do país independente.

Conjunto arquitetônico formado pela Igreja da Ordem Terceira, pelo Convento de São Francisco de Assis e pelo antigo edifício da Faculdade de Direito.

A Carta de Lei assinada por D. Pedro I em 11 de agosto de 1827 criou dois ‘Cursos de Sciencias Jurídicas e Sociaes’ no Brasil, um instalado no Convento de São Francisco, em São Paulo, e outro no Basílica e Mosteiro de São Bento (Olinda), em Olinda, Pernambuco. Cada curso seria ensinado ‘no espaço de cinco anos e em nove cadeiras’, resultando no grau de bacharel, havendo a possibilidade de prosseguir ao grau de doutor. Em princípio chamado simplesmente ‘curso jurídico’, teve sua aula inaugural dada em São Paulo no 1 de março de 1828, pouco antes do curso de Olinda.

Posteriormente, ficou conhecida como Academia de Direito do Largo de São Francisco ou também Academia de Direito de São Paulo. O termo ‘Academia’ foi oficialmente incorporado ao nome da Instituição, a partir do Decreto-lei de 7 de novembro de 1831, o qual registra que ‘O sello da Academia Juridica terá ... a seguinte inscripção - Academia de Sciencias Juridicas, e Sociaes, S. Paulo'.

Foi só em 1854 que o nome oficial Faculdade de Direito da Cidade de São Paulo começou a ser usado pela a aprovação do decreto nº 1.386, de 28 de abril de 1854: ‘Art. 1º Os actuaes Cursos Juridicos serão constituidos em Faculdades de Direito; designando-se cada uma pelo nome da cidade, em que tem, ou possa ter assento’.

Em 1903, fora fundada aquela que seria considerada a Entidade (administração) estudantil mais tradicional e antiga do Brasil. Chamada de ‘Centro Acadêmico XI de Agosto’, corresponde a um local de representação dos alunos da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Na década de 1930 foi iniciada a construção do novo prédio do antigo Convento de São Francisco, chamado de ‘Prédio Histórico’, que foi finalizada em 1941. Ricardo Severo foi o autor do projeto de estilo neocolonial, no qual implementou características do barroco luso-brasileiro à Arquitetura moderna, mesclando a tradição do antigo convento com o aspecto cultural do país.

Desde o início, a Faculdade de Direito pertenceu ao Governo central, passando do monárquico ao republicano, e em agosto de 1934 a Faculdade foi incorporada à Universidade de São Paulo por Getúlio Vargas.

Com a Revolução Constitucionalista de 1932, alguns alunos da Faculdade de Direito morreram lutando contra a Ditadura de Getúlio Vargas. Assim, ergueram em Homenagem a estes o ‘Monumento ao Soldado Constitucionalista’, situado na área interna do Prédio Histórico. Encontra-se, também, um túmulo, construído em 1842 em homenagem a Julius Frank, um professor de história e geografia fundador de uma sociedade secreta de jovens, Burschenschaft, que teria influenciado, principalmente os jovens, durante muitos anos na história da política brasileira.

Em 1973, a criação dos cursos de Pós-graduação, teve como consequência a diminuição do espaço acadêmico disponível. Cogitou-se, então, a transferência do ‘campus’ para a Cidade Universitária, na Zona Sul de São Paulo, porém muitos alunos e professores foram contrários a essa mudança devido a localização de toda a infraestrutura jurídica estar concentrada no centro de São Paulo (escritórios de advocacia e tribunais). Além significação da Faculdade estar localizada a mais de um século no Largo São Francisco. Diante disto, fora colocada uma pedra fundamental para o pretenso da nova localização do ‘campus’ da faculdade, porém estudantes a retiraram da Cidade Universitária e a levaram para o Largo de São Francisco, instalada (até hoje) na calçada em frente à escola. Nela, gravaram a seguinte frase: ‘Quantas pedras forem colocadas, tantas arrancaremos. 30-X-1973’.

Em 1977, fora construído uma larga calçada, intitulada de ‘Território Livre’, junto de um palanque, a chamada ‘Tribuna Livre do Largo de São Francisco’. Essa obra fez com que houvesse a possibilidade de parada dos pedestres para que estes pudessem ouvir discursos e para haver uma livre divulgação de opiniões para com o povo. Encontram-se, também, três estátuas: ‘O menino e o Catavento’, de O.M. Di Palma, ‘Herma de Álvares de Azevedo’ de A. Zani, e ‘O Idílio do Beijo Eterno’, de W. Zadig.

Atrás do Prédio Histórico, foi construído, entre 1992 a 1995, um ‘Edifício de Apoio’, ou ‘Prédio Anexo’, o Auditório ‘XI de Agosto’, diversos setores administrativos da Faculdade, incluindo seus nove departamentos, o restaurante universitário, a Associação dos Antigos Alunos e, até 2016, um Juizado Especial Federal. O anexo foi ainda conectado ao Edifício Cláudio Lembo, seu vizinho na Rua Riachuelo, que chegou a abrigar alguns setores administrativos da Faculdade, contudo devido a suas condições estruturais deterioradas, encontra-se interditado atualmente.

Em 2002, o conjunto arquitetônico fora tombado como Patrimônio histórico pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico Artístico e Turístico do Estado de São Paulo. Por fim, entre os anos de 2003 e 2004, foram iniciadas obras para a reparação da faculdade.

A história da faculdade está relacionada ao desenvolvimento de importantes momentos históricos do Brasil. Ela formou alunos notórios que fizeram parte de grandes movimentos políticos, como o movimento abolicionista, de Joaquim Nabuco, José Antônio Pimenta Bueno e Perdigão Malheiro, o movimento republicano, de Prudente de Moraes, Campos Salles e Bernardino José de Campos Júnior, e as campanhas das Diretas Já, de Franco Montoro e Ulysses Guimarães. Emergiram treze presidentes da república desta faculdade, por exemplo, o primeiro presidente civil eleito por meio do voto direto no Brasil, Prudente de Morais, que assumiu o cargo em 1894, e o atual presidente Michel Temer, empossado após Dilma Rousseff ser destituída do cargo pelo processo de impeachment no dia 31 de agosto de 2016. Além disso, diversos governadores, prefeitos e outras figuras importantes na história o Brasil formaram-se na Faculdade de Direito da Cidade de São Paulo.

O surgimento desta faculdade também trouxe para São Paulo enorme efervescência cultural. Inúmeros escritores de renome e movimentos culturais ali surgiram, tais como: Alphonsus Guimaraens, um dos principais representantes do Simbolismo no Brasil; Álvares de Azevedo, Escritor e poeta ultrarromântico; Castro Alves, poeta e um dos representantes do movimento abolicionista; Hilda Hilst, uma das maiores escritoras da Língua portuguesa contemporânea; José de Alencar, Autor do Livro Iracema e um dos maiores nomes do Romantismo no Brasil; Monteiro Lobato, escritor de obras-infantis como O Sítio do Picapau Amarelo; Oswald de Andrade, representante do movimento modernista e autor do Manifesto Antropófago. O edifício da faculdade também é repleto de obras  com significado cultural, '(...)encontram-se agregados elementos dignos de nota, tais como os vitrais da escadaria, produzidos pela Casa Conrado Sorgenicht, e o mobiliário do Salão Nobre e da Sala da Congregação, confeccionado no Liceu de artes e Ofícios de São Paulo(...)'.

A Faculdade de Direito de São Paulo foi a primeira entidade a ser incorporada à Universidade de São Paulo na fundação desta, em 1934, e é considerada uma das melhores no ensino jurídico.


Parque do Ibirapuera 


Parque Ibirapuera com Vila Nova Conceição ao fundo

O Parque Ibirapuera é um parque urbano na cidade de São Paulo, Brasil. Em 2017, foi o parque mais visitado da América Latina, com aproximadamente 14 milhões de visitas, além de ser um dos locais mais fotografados do mundo.

Inaugurado em 1954 com uma área de 158h (390 acres), entre as avenidas Pedro Álvares Cabral, República do Líbano e IV Centenário, o Parque Ibirapuera é um parque tombado e patrimônio histórico de São Paulo. Seus jardins foram desenhados pelo paisagista Otávio Augusto Teixeira Mendes, após o conceito e anteprojeto do paisagista Roberto Burle Marx, a quem foram inicialmente encomendados, encontrarem resistência para sua efetiva realização .

Já as construções históricas como os pavilhões que abrigam museus, o auditório, marquise entre outras foram concebidas pelo arquiteto Oscar Niemeyer com projetos estruturais do engenheiro Joaquim Cardozo, e são tombadas pelo Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O parque como um todo é tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo.

Com a ampliação da Av. Pedro Álvares Cabral e consequente separação de parte da áreas verde que passou a ser administrada separadamente do parque, sua área efetiva foi reduzida e hoje ficam dentro do parque pouco mais do que 130 hectares (322 acres) entre as avenidas que o limitam e dentro de sua certa. Desde 2003, a gestão do Parque Ibirapuera é feita pelo Conselho Gestor do Parque Ibirapuera e administração pelo Departamento de Parque e Áreas Verdes da Prefeitura de São Paulo. A partir de 2014, o parque também conta com uma organização de amigos consolidada, o Parque Ibirapuera Conservação, dedicada a fomentar o engajamento dos usuários no cuidar do parque, restaurar espaços e promover a melhoria das áreas verdes e abertas.

No parque há diversos atrativos para o público desde passeios culturais e educativos como caminhadas monitoradas, atividades de birdwatching, possuindo esculturas, museus e monumentos históricos além dos jardins e paisagens repletas de flores e árvores. Há também aparelhos de ginástica, quadras, playground, quiosques, ciclovia e planetário. Por sua riqueza verde, esportiva e cultural, em 2015 foi elencado por um colunista do jornal britânico The Guardian, como um dos melhores parques do planeta junto a parques como o Buttes-Chaumont de Paris, o Boboli de Florença, a High Line de Nova Iorque, o Hampstead Heath de Londres e o Parque Güell de Barcelona.

Projeto


José Pires do Rio era o prefeito durante a construção do parque


A região alagadiça (‘Ibirapuera’ provém do tupi antigo ybyrapûera, que significa ‘árvores velhas’; ybyrá, árvores, pûer, velho, a, sufixo) havia sido parte de uma aldeia indígena na época do início da colonização de origem portuguesa. Com o tempo, tornou-se uma área de chácaras e pastagens.

Na década de 1920, o então prefeito da cidade - José Pires do Rio - idealizou a transformação daquela área em um parque semelhante aos existentes na Europa e nos Estados Unidos, como o Bois de Boulogne em Paris, o Hyde Park em Londres ou o Central Park em Nova Iorque. O obstáculo representado pelo terreno alagadiço frustrou a ideia, até que um modesto funcionário da prefeitura, Manuel Lopes de Oliveira, conhecido como Manequinho Lopes e apaixonado por plantas, iniciou, em 1927, o plantio de centenas de eucaliptos australianos, buscando drenar o solo e eliminar a umidade excessiva do local.

Construção


Finalmente, em 1951, o então governador Lucas Nogueira Garcez instituiu uma comissão mista - composta por representantes dos poderes públicos e da iniciativa privada - para que o Parque Ibirapuera se tornasse o marco das comemorações do IV centenário da cidade. Coube a Oscar Niemeyer a responsabilidade pelo projeto arquitetônico, ao engenheiro calculista Joaquim Cardozo a responsabilidade pelos projetos estruturais e, a Roberto Burle Marx, o projeto paisagístico. O projeto de Burle Marx, no entanto, acabou sendo substituído pelo projeto do engenheiro agrônomo Otávio Augusto Teixeira Mendes.

Três anos depois, no entanto, o aniversário da cidade, em 25 de janeiro de 1954, não pôde contar com o parque inaugurado, pois este só ficaria concluído sete meses depois. A inauguração em agosto contou com 640 estandes montados por treze estados e dezenove países. No mesmo ano, em comemoração ao Quarto Centenário da cidade de São Paulo, foi erguido no parque o Pavilhão Japonês. A edificação, inspirada no Palácio de Katsura, foi construída no Japão e trazida de navio para o Brasil, e celebra a amizade entre as duas culturas.

Desde 2000, a Sabesp - empresa de saneamento paulista - instalou uma estação de flotação, para tratar a águas vinda do Córrego Sapateiro e um dos afluentes dos lagos do parque.

Século XXI


Em 2012 foi apontado pela rede social Facebook como o local mais popular em todo o Brasil para se fazer check-in (assinalar, para os amigos, onde se encontra num determinado momento). Em 2013, foi eleito o melhor parque da América do Sul pelos usuários do site TripAdvisor.

Em 2017 no começo de seu mandato, João Doria Júnior anunciou um projeto de parceira com empresas privadas, anunciando que a empresa Cyrela ficaria responsável pelas reformas de oito conjuntos de banheiros do parque, enquanto a Unilever seria a responsável pela limpeza, com a afirmação de que tal parceria teria custo zero para a prefeitura.

Porém em menos de uma semana da inauguração, os novos banheiros foram vandalizados, tendo suas cubas, pias e saboneteiras quebradas e arrancadas. Após a publicação, assessores do prefeito de São Paulo foram até o local do ocorrido e já deram início aos consertos. Questões sobre o custo adicional e sobre a penalização aos vândalos não foram respondidas.

O prefeito João Doria mandou instalar câmeras de monitoramento na área externa dos banheiros.


Monumento às Bandeiras


Monumento às Bandeiras com o parque Ibirapuera ao fundo.
O Monumento às Bandeiras é uma obra em homenagem aos Bandeirantes, que desbravavam os sertões durante os séculos XVII e XVIII. Foi inaugurada no ano de 1953, fazendo parte das comemorações do IV Centenário da cidade de São Paulo. O Monumento está localizado no Parque do Ibirapuera, na área que compreende a Praça Armando de Salles Oliveira.

O Monumento às Bandeiras do escultor Victor Brecheret começou a ser desenhado ainda em 1920, quando o artista apenas tinha 26 anos de idade. Por conta de uma série de questões políticas do país, a obra só foi concretizada 33 anos depois, às vésperas do IV Centenário da capital paulista de 1954. Já com 58 anos, Victor Brecheret não quis esperar o ano seguinte e finalizou a obra no ano de 1953.

Sessenta e três anos após sua inauguração, o Monumento às Bandeiras está em ótimas condições apesar do desgaste natural comum de uma obra ao ar livre. Além das intempéries da natureza, a obra já passou por diferentes intervenções da população, principalmente através de pichações, o que de alguma forma prejudicou sua integridade. De qualquer forma, devido a seu material, a limpeza e manutenção da obra é feita sem grandes dificuldades, apesar das naturais despesas de recursos financeiros e de mão de obra, nessas específicas ocasiões.

Ao longo desses 63 anos, a obra foi tomando outras formas no imaginário da população paulista. O vigor dos bandeirantes como colonizadores, é interpretado como estando refletido na força produtiva do Estado de São Paulo no cenário nacional.

A obra possui cerca de 11 metros de altura total por 8,40 metros de largura e 43,80 metros de profundidade, estando posicionada no eixo sudeste - noroeste, no sentido de entrada das bandeiras sertanistas em busca de terras no interior. Na face frontal do pedestal, um mapa do Brasil apresenta os percursos que os bandeirantes executaram pelo interior do país, desenhado por Affonso de E. Taunay.



Edifício Martinelli



Edifício Martinelli visto da Avenida São João

Edifício Martinelli é um prédio localizado no Centro do município de São Paulo, Brasil. Situa-se no triângulo formado pela Rua São Bento, avenida São João e Rua Líbero Badaró, no centro da capital paulista. Devido sua altura, o local pode ser considerado um mirante, onde em suas redondezas, é possível observar pontos turísticos de São Paulo, com por exemplo o Vale do Anhangabaú e a Catedral da Sé Foi o segundo arranha-céu do Brasil e da América Latina, tendo sido ultrapassado pelo Edifício Joseph Gire, ou Edifício A Noite, no Rio de Janeiro, que apesar de ter iniciado sua construção apenas em 1927, foi inaugurado apenas dois anos depois, em 1929.

A construção do edifício começou em 1922 e foi inaugurado às pressas, ainda incompleto, em 1929, com apenas 12 andares, devido a inauguração do Edifício A Noite. A construção do edifício seguiu até 1934. O trabalho terminou quando o edifício tinha 30 andares.

O edifício foi idealizado pelo italiano Giuseppe Martinelli e projetado pelo arquiteto húngaro Vilmos (William) Fillinger. Com 105 metros de altura, foi entre 1934 e 1947 o maior arranha-céu do país e, durante um tempo, o mais alto da América Latina. Gerou grande polêmica, pois, até esse momento, não havia nenhum outro edifício em São Paulo com altura elevada.

O edifício foi completamente remodelado pelo prefeito Olavo Setúbal em 1975 e reformado novamente em 1979. Atualmente, o prédio abriga órgãos municipais, como a Empresa Municipal de Urbanização de São Paulo (EMURB) e a Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (COHAB-SP), além de várias lojas no piso térreo.

Projeto e construção


O Edifício Martinelli foi projetado pelo arquiteto húngaro Vilmos (William) Fillinger (1888-1968), da Academia de Belas-Artes de Viena. Sem apoio governamental para terminar a obra, Martinelli foi obrigado a vender uma parte do empreendimento ao "Istituto Nazionale di Credito per il Lavoro Italiano all'Estero" do Governo Italiano, motivo pelo qual o governo brasileiro tomou o prédio para si, em 1943.


Martinelli (ao fundo) com o Clube Comercial e um dos Palacetes Prates, em 1931.

Erguido com a técnica construtiva de alvenaria de tijolos e estrutura de concreto, a estrutura do andar principal é inteiramente revestida por granito vermelho róseo, tornando sua característica marcante. Foi considerado o símbolo arquitetônico mais importante do momento de transição da cidade baixa, ou seja, desde seu início, foi considerado marco do processo de transmutação de uma cidade para uma metrópole, visto que em sua localidade, na época, não havia nenhum outro tipo de construção vertical.

A construção foi iniciada em 1924 e inaugurada efetivamente em 1929 com apenas 12 andares. Ainda neste mesmo ano, foi publicado um artigo que nomeava o Edifício A Noite como o maior arranha-céu do mundo. E tal questão de disputa entre ambos os edifícios demonstravam o interesse de seus empreendedores sobre o título que visava enfatizar o poder público e o poder relacionado à imagem de progresso tecnológico da cidade de São Paulo. Os trabalhos foram retomados e seguiram até 1934, finalizando a obra com 30 andares e 105 metros de altura. Ao terminar, o Martinelli conseguiu ultrapassar o Edifício A Noite, localizado no Rio de Janeiro, o mais alto arranha-céu do Brasil e da América Latina até então, que havia sido inaugurado em 1929. Em 1935, o posto de mais alto da América Latina passou a ser do Edifício Kavanagh, levantado em Buenos Aires, que media 120 metros de altura.

Em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, Martinelli abrigou em seus terraços superiores, uma bateria de metralhadoras antiaéreas, para defender São Paulo do ataque dos chamados ‘vermelhinhos’, os aviões do Governo da República, que sobrevoavam a cidade ameaçando bombardeá-la.

Vários partidos políticos tiveram suas sedes no Edifício Martinelli: o antigo Partido Republicano Paulista (PRP), o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e a União Democrática Nacional (UDN). Os clubes da cidade também ocupavam as suas dependências como o Palestra Itália, hoje a Sociedade Esportiva Palmeiras, a Portuguesa de Desportos e o IT Clube, hoje desaparecido.

O arranha-céu, em seu início, foi portador de diversos produtos vindo da Suíça, tais como elevadores e telefones.

Degradação e recuperação


Martinelli, detalhe da fachada do edifício


A partir da década de 50, o edifício entrou em uma fase de degradação extrema, ocupado por moradores de rua, com o lixo sendo jogado nos buracos do elevador e servindo de cenário para alguns dos crimes mais famosos da época.

Em 1975 ele foi desapropriado pela prefeitura e completamente reformado pelo Prefeito Olavo Setúbal. Reinaugurado em 1979, hoje abriga as Secretarias Municipais de Habitação e Planejamento, as empresas Emurb e Cohab-SP, a sede do Sindicato dos Bancários de SP além de diversos estabelecimentos comerciais na parte térrea do edifício.

No 26º andar do prédio existe um belíssimo terraço do qual se tem uma visão panorâmica da cidade, podendo-se avistar pontos como por exemplo o Pico do Jaraguá, as antenas da Paulista e os milhares de prédios que compõe a paisagem urbana da cidade. Também nesse espaço foi construída a ‘Casa do Comendador’, réplica de uma villa italiana, onde a elite de São Paulo se reunia em suntuosas festas. Foi construída como moradia da família Martinelli para ‘provar’ ao povo que o prédio não cairia. O espaço é aberto para visitação de segunda a sábado, e agora aos domingos também, por conta do público da ciclofaixa.

No ano de 2008, a cobertura do edifício passou por reformas em sua infraestrutura. Após dois anos de obras, o local foi reaberto para os visitantes que visavam apreciar a vista da cidade que o prédio proporciona, porém, agora pertencente à prefeitura, com diversos escritórios.  É um prédio com grande símbolo arquitetônico, e já foi lugar para encontros da classe alta paulistana.


Museu do Ipiranga


Museu do Ipiranga, ou Museu Paulista, vista frontal

Museu Paulista da Universidade de São Paulo, mais conhecido como Museu do Ipiranga ou também simplesmente Museu Paulista, é o museu público mais antigo da cidade de São Paulo, cuja sede é um monumento-edifício que faz parte do conjunto arquitetônico do Parque da Independência. É o mais importante museu da Universidade de São Paulo, e um dos mais visitados da capital paulista.

O museu foi inaugurado oficialmente em 7 de setembro de 1895 com o nome Museu de História Natural. Este importante símbolo da Independência do Brasil está vinculado à Universidade de São Paulo desde 1963, como uma instituição científica, cultural e educacional que exerce pesquisa, ensino e extensão com atuação no campo da História.

É responsável por um grande acervo de objetos, mobiliário e obras de arte com relevância histórica, especialmente aquelas que possuem alguma relação com a Independência do Brasil e o período histórico correspondente. Uma das obras mais conhecidas de seu acervo é o quadro ‘Independência ou Morte’, pintado pelo artista Pedro Américo, em 1888, recebendo em média 350 mil visitas anuais. Além de exposições, as atividades do Museu do Ipiranga se estendem por meio de programas educativos, como cursos e pesquisas científicas que fazem uso dos recursos humanos e do acervo permanente da instituição. A ampliação de coleções se faz por meio de doações ou aquisições e parte importante das atividades desenvolvidas no museu envolve a conservação física, estudo e documentação do acervo.

Em 1922, no período do Centenário da Independência, formaram-se novos acervos, principalmente abrangendo assuntos da História de São Paulo, e executaram a decoração interna do edifício, contando com pinturas e esculturas no Saguão, na Escadaria e no Salão Nobre que apresentassem a História do Brasil, para assim reforçar a instituição como um símbolo histórico brasileiro. Foi nesta época que se instalou o Museu Republicano ‘Convenção de Itu’, uma extensão do Museu Paulista no interior do Estado de São Paulo. Desde agosto de 2013, o museu está fechado ao público ‘para obras, restauros e reparos’, após um estudo apontar que a estrutura do prédio estava abalada. A previsão de reabertura é para o ano de 2022, como parte das comemorações do bicentenário da Independência.

Construção política da Independência



Museu do Ipiranga no quadro Paisagem do Campo do Ipiranga, produzido por Antônio Parreiras





Museu do Ipiranga em 1890, foto de Guilherme Gaensly


Festa escolar no Museu do Ipiranga,  1912

Museu do Ipiranga, 1931

Fotografia aérea do Museu Paulista e do Parque da Independência
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A data de 7 de setembro de 1822 como um marco da história nacional foi, também, uma construção política. O ato da proclamação do, então príncipe, Pedro I do Brasil, no Riacho do Ipiranga teve pouca repercussão na imprensa na Corte do Rio de Janeiro. Nem mesmo o próprio protagonista do episódio, D. Pedro, deixou registros a seu respeito na carta que escreveu dirigindo-se aos paulistas no dia seguinte ao Grito do Ipiranga.

Somente em setembro de 1823, na Assembleia Constituinte, é que membros do governo da província de São Paulo iniciaram as discussões sobre a possível construção de um monumento em memória do Grito. Somente em 1826, o Parlamento aprovou a introdução do 7 de setembro na categoria de ‘festividade nacional’.

A partir daí o debate acerca de uma construção imponente de demarcação da data histórica foi ganhando espaço, mas sempre sendo postergada sob a justificativa da falta de recursos. Foi somente entre 1885 e 1890, ao mesmo tempo em que se intensificaram as propagandas republicanas e a luta abolicionista, que se deu a resolução do que órgãos da imprensa paulista da época chamavam de ‘questão do Ipiranga’. Desta forma, em meio a muitos debates e desencontros de ordem política, o Museu do Ipiranga veio para demarcar definitivamente o lugar de proclamação da Independência do Brasil, assinalando no imaginário popular o momento a partir do qual teria se originado a nação brasileira.

O edifício inicialmente projetado para concretizar a versão conservadora da proclamação da independência, adquiriu outros significados a partir da Proclamação da República, dentre eles estava o de ‘renascimento da nação’. Com sua apropriação pelo governo do Estado de São Paulo, o que o transformou em museu público, a ressignificação do monumento passou pela ideia de que a história do progresso nacional era a história do progresso de São Paulo, colocando a colina do Ipiranga como uma caminho articulador das riquezas com o Porto de Santos, então recém inaugurado.

Construção


O arquiteto e engenheiro italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi foi contratado em 1884 para realizar o projeto de um monumento-edifício no local onde aconteceu o evento histórico da Independência do Brasil, embora já existisse esta ideia desde aquele episódio, em 1822. O edifício começou a ser construído em 1885; conta com 123 metros de comprimento e 16 metros de profundidade, com uma profusão de elementos decorativos e ornamentais. O estilo arquitetônico e eclético foi baseado no de um palácio renascentista. A técnica empregada foi basicamente a da alvenaria de tijolos cerâmicos, uma novidade para a época (a cidade ainda estava acostumada a construir com taipa de pilão).

As obras encerraram-se em 15 de novembro de 1890, no primeiro aniversário da República. Cinco anos mais tarde, foi criado o Museu de Ciências Naturais, que se transformou no Museu Paulista. Em 1909, o paisagista belga Arsênio Puttemans executou os jardins ao redor do edifício. Este desenho de jardim foi substituído, provavelmente na década de 1920, pelo paisagismo do alemão Reynaldo Dierberger, desenho que se mantém, em sua maior parte, até os dias atuais.

Problemas com furto


Em agosto de 2007 o Museu Paulista sofreu com problemas relacionados a segurança, quando 900 cédulas e moedas raras foram furtadas. Neste acervo encontravam-se moedas emitidas na Áustria e na Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial e brasileiras do século XX. O furto foi descoberto por um funcionário que, enquanto limpava o banheiro dos funcionários, encontrou em um saco de lixo algumas cédulas antigas e envelopes usados para guardas as peças. Em setembro de 2007 a policia conseguiu recuperar parte do acervo que havia sido furtado, porem ninguém foi preso. Na época o material furtado chegou a valer 100 mil reais.

Em consequência deste caso, a segurança do museu foi reforçada em dezembro de 2007, com a adição de novas câmeras de vigilância mais modernas e alarmes, e os funcionários passaram por um treinamento para aprenderem a lidar em casos de furtos e roubos.

Restauração


Em agosto de 2013 o Museu Paulista foi fechado após a constatação de problemas em sua estrutura. Desde então, a maior parte do acervo do Museu foi transferida para imóveis locados exclusivamente para armazenamento desses volumes. Muitas peças do acervo vêm sendo emprestadas a outros museus e espaços culturais para a realização de mostras. A Biblioteca foi reaberta ao público em outro endereço no próprio bairro do Ipiranga, bem como as atividades acadêmicas e educativas que são oferecidas pela instituição. O Museu declarou uma previsão de gastos iniciais de 21 milhões de reais, mas posteriormente alterado para 100 milhões de reais, sem ainda apresentar nenhuma nova execução de obras relevantes. O início das obras de restauração e modernização do museu foi previsto para 2019, e a reabertura prevista para 2022, ano da comemoração do bicentenário da Independência do Brasil.

Acervo


Retrato de Dom Pedro II, por Almeida Júnior, 1889

O Museu Paulista tem em seu acervo de mais de 125 mil artigos, entre objetos (esculturas, quadros, joias, moedas, medalhas, móveis, documentos e utensílios de bandeirantes e índios), iconografia e documentação arquivística, do século XVI até meados do século XX, que servem para a compreensão da sociedade brasileira, com especial concentração na história de São Paulo. Os acervos têm sido mobilizados para as três linhas de pesquisa as quais o museu se dedica: 

- Cotidiano e Sociedade
- Universo do Trabalho
- História do Imaginário

O acervo do Museu Paulista teve origem em uma coleção particular reunida pelo coronel Joaquim Sertório, adquirida pelo Conselheiro Francisco de Paula Mayrink em 1890, e doada, juntamente com objetos da coleção Pessanha, ao Governo do Estado. Em 1891, o presidente do Estado, Américo Brasiliense de Almeida Melo, deu a Albert Löfgren a incumbência de organizar esse acervo, designando-o diretor do recém-criado Museu do Estado. As coleções, ao longo dos mais de cem anos do museu, sofreram uma série de modificações com o desmembramento de parte de seus acervos e incorporações.

O acervo do museu se encontra tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.

Quadro Independência ou Morte, mais conhecido como ‘O Grito do Ipiranga’, 1888,
de Pedro Américo



Escadaria


Vista parcial da Escadaria, com destaque para a escultura de Dom Pedro I
A escadaria propriamente dita representa o Rio Tietê, que foi o ponto de partida dos Bandeirantes rumo ao interior do país. No corrimão há esferas com águas dos rios desbravados pelos paulistas entre os séculos XVI e XVIII, como por exemplo o Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Uruguai e o Rio Amazonas.

Nas paredes do ambiente estão estátuas dos heróis bandeirantes, como Borba Gato e Anhanguera, com as regiões por onde eles passaram mais notoriamente, localizadas nos atuais estados do Rio Grande do Sul até o Amazonas. No salão principal, há as duas maiores estátuas dos dois principais bandeirantes, Antônio Raposo Tavares e Fernão Dias. No centro está a representação de D. Pedro I como o herói da Independência.

Junto às estátuas existem pinturas representando a participação paulista em diversos momentos da história brasileira, como o ciclo da caça ao índio, o ciclo do ouro, e a conquista do amazonas. Acima existem nomes de cidades e seus respectivos fundadores paulistas pelo Brasil, como Brás Cubas e Santos. No teto há pinturas de paulistas importantes na história do país, como o patriarca da independência José Bonifácio.


Biblioteca



A Biblioteca do Museu Paulista faz parte do edifício-monumento desde sua inauguração. Seu acervo conta com 39.831 livros e 39.019 fascículos de periódicos, incluindo obras preciosas sobre a História do Brasil e a História de São Paulo. Nos últimos 20 anos, tornou-se uma Biblioteca especializada nas áreas de História Cultural Material, Estudos de Objetos e Iconografia e Museologia.







Brasão da cidade de São Paulo



Fonte:  WP, Dvs


(JA, Jan19)

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