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Pessoas e Palavras


As pessoas são como palavras. Cada uma traz e deixa seu significado gravado no universo.
Algumas são afirmativas, outras negativas, outras tem duplo sentido e, finalmente, outras servem de apoio, de reforço ao que já foi ou será dito, feito. Além disso, quando são  reunidas, organizadas de determinado modo, dão vida a sonhos, a projetos, criam um enredo.
Numa tarde maravilhosa, ensolarada de Outono, de repente, foi ouvido um estrondo muito intenso que parecia não acabar mais – como um grande avião aterrissando sem parar. Em seguida, o céu, que antes brilhava com a luz do sol, foi escurecendo.  Mais tarde ficaram sabendo que aquela escuridão havia sido provocada por imensas naves alienígenas que estavam sobrevoando a cidade.
Então, tudo ficou em silêncio. As naves ainda continuavam no céu. Agora estavam imóveis - estacionadas no espaço, suspensas sabe-se lá como -, enormes, escuras ameaçadoras.
Os carros nas ruas pararam de circular, e todos, por segurança, se recolheram nas suas casas, escritórios, lojas...
Algumas crianças, com idades variando de 8 a 10 anos, estavam nessa hora no pátio de recreio do colégio, e, contrariando a orientação da direção, resolveram sair e voltar para casa. E saíram. Permaneceram juntos, pois  todos moravam mais ou menos próximos.
Num determinado trecho, da grande nave que estava acima deles, saiu uma outra menor – uma espécie de Drone que começou a segui-los à distância. O grupo percebeu e, assustados, se esconderam na primeira porta  que encontraram aberta. ‘Vitória’, uma das meninas do grupo, que era muito esperta, comunicativa, decidida, líder natural, disse a eles:
- Devemos fugir para bem longe daqui, o quanto antes. Pelo poder que eles demonstram ter, por disporem dessas naves, e de terem chegado como chegaram, significa que ninguém conseguirá derrotá-los. Vamos reunir algumas roupas e comida, e partir  para algum lugar distante, assim que escurecer.
O outro participante do grupo, chamado ‘Jamais’, discordou. Na opinião dele, deveriam permanecer, cada um em sua casa, porque, na verdade, ainda não havia acontecido nada que justificasse uma atitude tão extrema.
‘Prudente’, outro membro, disse que, pensando bem, o melhor seria permanecerem escondidos como estavam, e observar o que iria acontecer.
O último do grupo, uma menina que se chamava ‘Dúvida’ colocou que ela não timha certeza do que fazer, mas que, na sua opinião deveriam:
- Permanecer escondidos e observar -sugestão do Prudente
- Dependendo do que acontecesse, percebessem, ou fugir para bem longe -  como sugerido pela     Vitória; ou voltar para casa e aguardar mais algum tempo - sugestão do Jamais.
Todos decidiram fazer o que foi colocado pela Dúvida. E ficaram lá quietinhos. Ficaram lá até que ouviram um som muito bonito, como se fosse uma música celestial – essas de orquestra – e viram que, vindas do céu (das naves), começaram a cair, flutuando no espaço, pequenas folhas brancas que pareciam pétalas de rosa. E, conforme essas folhinhas foram caindo no solo, todos começaram a sentir uma paz interior muito grande e, além disso, começaram a entender coisas que antes não entendiam. Os rancores, ódios, diferenças foram sendo esquecidos, e parecia que não havia necessidade de fazer mais nada, pois tudo que deveria ser feito já havia sido, que tudo já estava resolvido. As naves não os ameaçavam; muito pelo contrário.
Aos pouco, compreenderam e aceitaram que aquelas naves vieram fazer no planeta Terra. Vieram trazer a Redenção prometida e esperada por tantas crenças, sinalizando o fim dos tempos de angústia e sofrimento, e que um novo e maravilhoso porvir estava reservado para aqueles que conseguiram estar ali, naquela época. O espiritismo prega que a alma dos seres humanos reencarna por várias vezes e, cada volta têm como propósito proporcionar nova oportunidade de evolução em relação à(s) encarnação(ções) anterior(es). Será que as pessoas que viviam então, já teriam alcançado esses estágio.  Para pensar...
Na manhã seguinte, as naves já tinham ido embora e, finalmente, ainda sem entender bem o porque e como, as pessoas, a humanidade em geral, passaram a viver num mundo melhor. Um mundo onde prevalecia a igualdade, a fraternidade e a liberdade. Tudo parecia mais fácil – todos eram solidários uns com os outros, trabalhavam, ganhavam o que que era necessário, as doenças eram raras, pararam de envelhecer, e viviam felizes. Mais tarde perceberam que não havia mais nascimentos; por outro lado, ninguém morria, então...
Aquele grupo de garotos se reuniu, anos depois, e comentaram que o que haviam feito naquele dia, foi o mais acertado. Refletiram também sobre como foi importante então a opinião manifestada por cada um. Embora pensassem,  tivessem percebido a situação de forma diferente, o conjunto das opiniões foi fundamental para que fizessem o que deveria ser feito.

Para qualquer realização, definida a melhor estratégia, o que fazer, o como, e o quando, partir para ação. Seja 'prudente' porém 'jamais' tenha 'dúvida' do resultado positivo, da 'vitória' da sua causa.  



(JA, Fev15)

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