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Pote Rachado



“Uma velha senhora tinha dois grandes potes, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava nas costas. Um rachado e o outro perfeito.
Todos os dias ela ia buscar água em um rio, e ao fim da longa caminhada de volta a casa, o pote perfeito chegava sempre cheio de água, enquanto o rachado chegava meio vazio.
Durante muito tempo isso se repetia, dia após dia, com a senhora chegando em casa somente com um vaso e meio de água.
O pote perfeito tinha muito orgulho do seu próprio resultado, e o pobre pote rachado vivia envergonhado do seu defeito, por não conseguir cumprir a sua função. Por mais que se esforçasse, somente a metade da água conseguia armazenar até a chegada a casa.
Ao fim de dois anos, refletindo sobre a sua própria amarga derrota de ser ‘rachado’, durante o caminho para o rio, o pote rachado disse à velha:
- Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que tenho me faz perder metade da água durante o caminho até a sua casa.
A velhinha sorriu:
- Repare as lindas flores no seu lado do caminho, somente no seu lado do caminho.
Eu sempre soube do seu defeito. Por isso plantei sementes de flores na beira da estrada, mas somente do seu lado. Todos os dias, enquanto voltamos do rio, através de sua rachadura, você deixa cair a doce água que fez brotar estas lindas flores. Nestes dois anos que percorremos este caminho, pude apanhar belas flores para enfeitar a mesa e alegrar o meu jantar. Se você não fosse como é, eu não teria a alegria de ter flores tão belas em minha casa.
Pela primeira vez, o pote rachado pode sentir orgulho de si mesmo. E a partir daquele dia, deixou de ver sua rachadura como um defeito, e sim como uma fonte de vida e de alegria.
Cada um de nós tem o seu próprio defeito, mas é este defeito que nos torna únicos, que pode fazer com que nossa convivência seja interessante e gratificante.
Portanto, é preciso aceitar cada um como ele é… e descobrir o que há de bom nele.
Ame as pessoas com seus defeitos... Ame apenas ame!
Desta forma, sempre teremos ‘belas flores’ em nossos caminhos.”   UA


(JA, Mai17)

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