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País em Processo









Não é novidade para ninguém que o Brasil vive hoje uma crise sem precedentes. E, essa crise não é extemporânea. É algo que vem se desenvolvendo há séculos, desde  a sua origem, quando da colonização portuguesa, até que chegou à situação atual. Generalizando, os brasileiros de então, do seu ponto de vista, bem como o Brasil, eram explorados pelos portugueses. E, para compensar, não perdiam nenhuma oportunidade, para roubá-los, deixar de pagar impostos, conquistar territórios, enfim levar vantagem.
Hoje somos representados, liderados, por pessoas que, embora tenham se livrado dos colonizadores, conservaram os vícios atávicos dos nossos antepassados, e utilizam seu poder, principalmente, para mantê-lo. Eles  sabem que, historicamente, detendo o poder, terão grande facilidade para manter e auferir grandes ganhos e patrimônio. 
Chegamos hoje a uma situação limite: baixa produtividade, empresas encerrando suas atividades, desemprego, inflação, povo com dificuldade para pagar o que necessita adquirir para seu consumo quotidiano, corrupção em todos os níveis, descrédito internacional,... Tanto o povo como os representantes da economia produtiva do pais estão revoltados, descrentes. Todos têm consciência de que aqueles que detêm o poder, e que poderiam fazer alguma coisa para interromper, reverter o processo, estão preocupados apenas em manter o que já conquistaram, a continuar levando vantagem, a evitar manchar a sua reputação e, em último caso, evitar serem condenados, presos. Ou seja, a situação não só não está a caminho de uma solução, mas muito pelo contrário, tende a se agravar.
Triste fim para um país com tanto potencial, e que representava esperança para tantos. Será que, como um Fênix, que após morrer ressurge, o Brasil conseguirá superar esse estado de coisas? A primeira pergunta que ocorre na mente de todos é: ‘O que é preciso fazer?’  Infelizmente, nenhuma resposta obtida é de execução simples, factível a curto prazo.
Há necessidade de se definir um plano estratégico que, inicialmente, estabeleça as maiores carências, dificuldades, do país, e a prioridade de cada uma em relação às demais, visando a conquista, no finalmente, de uma melhor qualidade de vida para todos.
A seguir, estabelecer um plano de ação para mudar, para evitá-las. Bem desenvolvido e aplicado, esse plano, à médio e longo prazo, irá viabilizar a mudança cultural tão necessária. As pessoas não pensarão apenas em termos individuais, mas principalmente, coletivos.  
Como os nossos ancestrais pré-históricos perceberam intuitivamente no passado, estarão conscientes que a única maneira da realização individual ser alcançada  e consolidada, é através de um esforço coletivo, bem planejado e executado.
Para definição do plano de ação e sua implantação, é fundamental e indispensável o surgimento de novas lideranças,  capazes, bem intencionadas e que tenham credibilidade junto a todos os segmentos da população. Lideranças que aglutinem as forças necessárias para dar início ao processo. Inicialmente, de forma moderada e, depois, conforme os resultados positivos forem sendo alcançados, consigam conquistar mais aliados, mais e mais, até que esse movimento se torne forte o suficiente para ter a capacidade de ser a alavanca que irá colocar a mudança num processo irreversível, definitivo. Porém, a missão dessas lideranças, desse grupo,  não para aí - não esquecer que, como toda mudança, o processo exigirá que muita gente saia da sua atual área do conforto, e que outros percam as regalias que usufruíram por tanto tempo que já as consideram suas, como ‘de direito’. Estes últimos se oporão, utilizando de todas as armas existentes, legais e ilegais, para inviabilizar. Assim, também deve fazer parte do processo, desacreditá-los, criminalizá-los, afastá-los, torná-los inofensivos.  
Como é próprio de qualquer ‘construção’, sua duração será um  período trabalhoso e difícil. A principal luz que poderá inspirar e motivar os ‘construtores’ a seguir trabalhando, é imaginar  a obra pronta.
Uma boa imagem para essa obra é a de uma ‘casa’. Uma casa bem localizada, planejada e implantada. Que seja ideal para abrigar seus moradores, com conforto, segurança, com os principais recursos funcionais necessários, disponíveis e operantes. E que, quando eles a olharem, sintam orgulho dela. 
E quando isso vai ocorrer? O quando, é agora. Aliás, já está em processo.
Os brasileiros vivem um momento amargo, dominados pelo medo e pela raiva. Muita calma nessa hora. Historicamente, somos predestinados. Não  perder a esperança. Dar o melhor de si, individual e coletivamente, é  o caminho. Resultados positivos estão  a nossa frente. É  só  uma questão de tempo, de oportunidade. As folhas podres, amareladas, cairão pela força da sua natureza, ou pela ação de jardineiros operosos. Elas cederão espaço para as novas, esperadas e necessárias. O futuro já está definido, e é melhor do que poderíamos imaginar.”



 (JA, Fev16)

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